FOTOS IMAGENS-Homem é baleado em ataque a acampamento pró-Lula em Curitiba


Um homem de 39 anos foi baleado após um ataque a tiros ao acampamento de apoiadores do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Curitiba, na madrugada deste sábado (28), por volta das 4h.

Jeferson Lima de Menezes foi atingido no pescoço, conforme a Polícia Militar (PM). Ele está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Trabalhador e seu estado de saúde é grave, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (Sesa).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), as primeiras informações são de que um indivíduo a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento.

Homem baleado no pescoço está internado na UTI do Hospital do Trabalhador (Foto: Fábio Gomes/RPC)Homem baleado no pescoço está internado na UTI do Hospital do Trabalhador (Foto: Fábio Gomes/RPC)

Homem baleado no pescoço está internado na UTI do Hospital do Trabalhador (Foto: Fábio Gomes/RPC)

Outro tiro atingiu um banheiro químico os estilhaços feriram uma mulher, sem gravidade, no ombro. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou em uma publicação na rede social que o acampamento foi alvo de um “atentado”. O homem ferido pelo tiro, conforme ela, mora em São Paulo.

Gleisi Lula Hoffmann

@gleisi

Muito grave o atentado nesta madrugada ao acampamento da vigília democrática de solidariedade ao Lula. Companheiro Jeferson, de São Paulo, baleado no pescoço corre risco de morte. Esperamos providência rigorosa por parte das autoridades de segurança

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), que que fica a 800 metros de onde está o acampamento, desde 7 de abril. Ele foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, na Operação Lava Jato.

Pela manhã, os manifestantes que se encontram acampados fizeram um protesto, por aproximadamente uma hora, por causa dos tiros que atingiram o acampamento.

A segurança será reforçada nas imediações do acampamento, segundo a Sesp, com um carro da PM circulando pela região.

‘Foi desesperador’

A empresária Jamile Demeterco, que mora perto do terreno do acampamento, contou à RPC que ouviu os tiros cerca de meia hora depois de chegar à residência.

“Eu estava acordada ainda, mexendo no celular. De repente, escuto aquela sessão de tiros, mais ou menos uns dez tiros que eu consegui contar, e foi desesperador. Fiquei muito preocupada, muito assustada. Primeira coisa foi passar a mão no celular, que já estava na mão, e ligar para a polícia”, afirmou.

Ela também disse que, até o momento do ocorrido, a situação no local era calma. “Depois, a gritaria foi tremenda. Eles começaram a soltar fogos depois, mas antes disso, não ouvi nada não. Estava tudo tranquilo. Eu cheguei em casa, e eles estavam ali na frente sentados”, relatou.

“A preocupação era essa, de haver um confronto, um tiroteio, algo parecido. E, realmente, nessa madrugada isso se concretizou”, pontuou a moradora.

Nota de repúdio

Por meio de nota, a vigília Lula Livre informou que repudia de forma veemente o ataque a tiros contra o acampamento Marisa Letícia.

“A sorte de não ter havido vítimas fatais não diminui o fato da tentativa de homicídio, motivada pelo ódio e provocação de quem não aceita que a vigília é pacífica”, diz um trecho da nota.

Homem é baleado em ataque a acampamento pró-Lula em Curitiba

Homem é baleado em ataque a acampamento pró-Lula em Curitiba

O acampamento

Desde 17 de abril, os manifestantes pró-Lula acampam em um terreno vazio de 1.600 metros quadrados, a 800 metros de distância da PF. De acordo com o PT, o terreno foi alugado por 30 dias.

Até então, os movimentos sociais que apoiam Lula estavam em um acampamento erguido no entorno da PF.

A mudança aconteceu depois de um acordo assinado entre representantes dos movimentos, da Sesp, do Ministério Público estadual (MP-PR) e da Polícia Federal, para que o acampamento fosse retirado do entorno.

A Justiça proibiu a ocupação do entorno da PF, sob pena de multa diária de R$ 500 mil aos movimentos que desobedecessem.

Apoiadores de Lula ficaram acampados no entorno da Superintendência da PF, em Curitiba, por 10 dias (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)Apoiadores de Lula ficaram acampados no entorno da Superintendência da PF, em Curitiba, por 10 dias (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

Apoiadores de Lula ficaram acampados no entorno da Superintendência da PF, em Curitiba, por 10 dias (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

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