ALTO DO RODRIGUES RN-“Oportunidade de mercado’, diz Amaro Sales sobre saída da Petrobras do RN


Empresa anunciou nesta segunda-feira 24 a venda do Polo Potiguar, que reúne todas as operações no estado
Redação
26/08/2020 | 05:38

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Amaro Sales, defendeu que a saída da Petrobras do Rio Grande do Norte tem caráter positivo. A empresa anunciou nesta segunda-feira 24 a venda do Polo Potiguar, que reúne todas as operações no estado. Para Amaro, a decisão pode ser vista como uma “oportunidade de mercado”.

“A Petrobras tem mais de 30 anos de atividade no território potiguar. A saída dela, à princípio, é preocupante por todo o histórico de contribuição. Mas vejo a situação mais como uma oportunidade de mercado e de negócio do que qualquer outra coisa. Não podemos chorar sobre o leite derramado quando há uma perspectiva promissora”, disse o representante da Fiern ao Agora RN.

A estatal afirmou que pretende vender a totalidade de suas participações em um conjunto de 26 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, que formam o Polo Potiguar. O ativo compreende os subpolos Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana, com 23 concessões terrestres e três marítimas, e que também inclui acesso a infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural.

“O modelo da empresa está ultrapassado – vinha definhando há um tempo. A Petrobras não estava promovendo investimentos e tinha uma atenção voltado apenas para as grandes produções, como o pré-sal. Lá atrás, quando foi noticiado que a estatal sairia do RN, fiquei em choque. Mas, com a venda dos primeiros campos maduros, começamos a conviver com um momento melhor. Do ano passado para cá, trouxemos novas empresas que já começam a aumentar a produção local”, contou Amaro.

O presidente da Fiern acredita que a chegada de outros exploradores e fornecedores trará uma gestão mais focada na produção do estado. “Haverá a desconcentração de uma única empresa que, aliás, variava entre estatal e privada quando era conveniente. Agora, com a possibilidade das novas companhias locais, o sistema econômico terá melhorias. Precisaremos de mão de obra qualificada e os empregos não devem diminuir. Para as empresas prestadoras de serviço, que estavam largadas, haverá um campo enorme de bons proveitos”.

Amaro também afirmou que a Fiern, através do Senai e CTgas-ER, tem a intenção de promover em setembro um fórum potiguar de petróleo e gás para mostrar o potencial do próximo ciclo para o estado.

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