A PALAVRA DO DIA -CHAMADO A PERSEVERAR NA FÉ (10.19-12.29)


Como dissemos, a epístola de Hebreus foi escrita, provavelmente, antes de 70 d.C., com a finalidade de incentivar a fidelidade a Cristo e à sua nova aliança mostrando que ele é o novo, último e superior sumo sacerdote. Estamos vendo o capítulo 12/13.

Breve síntese do capítulo 12.

Depois de abrir e encerrar o capítulo 11 discorrendo sobre o bom testemunho da fé; no capítulo 12, ele começa já a falar da grande nuvem de testemunhas que estão a nos rodear servindo elas de exemplos para assim nos desembaraçarmos do que nos impede e correr a nossa carreira com perseverança.

Correr não como quem corre à toa, mas olhando firmemente para o Autor e Consumador de nossa fé, Jesus. Ele diz que Jesus suportou a cruz em troca da alegria que lhe estava proposta. Nós também devemos suportar com paciência nossos momentos aqui na terra em que o mundo parece nos odiar pela alegria que nos está proposta em Cristo Jesus.

Sendo assim, devemos lutar, correr, ter paciência e aceitar a disciplina do Senhor.

Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:

  1. CHAMADO A PERSEVERAR NA FÉ (10.19-12.29) –continuação.

Como dissemos, a responsabilidade de permanecer fiel até o fim é intensificada na nova aliança, até mesmo nos tempos mais difíceis. Dos vs. 10.19 ao 12.29, veremos esse chamado a perseverar na fé. O autor voltou-se para o seu quinto interesse principal: exortar a ser fiel até o fim.

Sua discussão foi dividida, conforme a BEG, em 4 seções: A. A aliança superior e a responsabilidade maior (10.19-39) – já vimos; B. Exemplos de vida de fé (11.1-40) – já vimos; C. Os verdadeiros filhos de Deus (12.1-17) – veremos agora; e, D. A Jerusalém celestial (12.18-29) – veremos agora.

  1. Os verdadeiros filhos de Deus (12.1-17).

Dos vs. 1 ao 17, estaremos vendo como os verdadeiros filhos de Deus alcançarão a maturidade. Para incentivar a fidelidade, o autor explicou que o sofrimento é disciplina divina muitas vezes designada para testar os verdadeiros filhos de Deus e levá-los à maturidade.

Para não desanimarmos pelo caminho, estamos cercados de uma grande nuvem de testemunhas. Os cristãos estão realmente disputando uma corrida diante de uma multidão de pessoas que já terminaram a corrida com honra.

Elas são exemplos do passado que nos incentivam e nos exortam no caso de tropeçarmos. Assim, devemos desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia.

Entre as dificuldades a serem lançadas fora estão:

  • O medo que faz retroceder diante do sofrimento (10.38-39).
  • As raízes da amargura que contamina os outros por meio da dúvida (vs. 15).
  • A sensualidade que busca gratificação imediata (vs. 16).

As competições atléticas dos gregos forneceram uma analogia comum no Novo Testamento para a vida dos cristãos (1Co 9.24-27; Fp 2.16; 2Tm 2.5; 4.7-8). Como um corredor, o cristão deve estar em constante movimento rumo ao objetivo, apesar da oposição. Isso exige esforço diligente e resistência, os quais são obtidos mediante constante disciplina.

Em nossa corrida que já começou, para onde deveremos fixar os nossos olhos? No vs. 2 está escrito que devemos estar olhando firmemente para Jesus.

A nuvem de testemunhas do Antigo Testamento nos inspira, mas o nosso principal incentivo é encontrado na pessoa e na obra de Cristo, que, tendo ido antes de nós como o “Autor e Consumador da fé”, é o exemplo supremo de fé na corrida (vs. 3).

Jesus é o Autor e o Consumador da fé. Jesus dá a fé a todos aqueles que se aproximam de Deus por meio dele para prestar a adoração agradável que é aceitável para Deus e ofertada em sua presença (10.14; 11.40; 12.28).

Havia um prêmio para a fidelidade do próprio Senhor? Sim, foi em troca da alegria que lhe estava proposta que ele pode vencer. Ou, “pela alegria que lhe estava proposta”. Jesus sofreu na cruz em antecipação da alegria de ser o Salvador de seu povo, uma vez que o sofrimento necessário estivesse terminado.

Como Moisés olhava para frente, para o galardão (11.26), do mesmo modo Jesus estava consciente da vinda do seu próprio galardão. Se a primeira interpretação for considerada (“em troca da alegria…”), Jesus escolheu o sofrimento em lugar da “alegria” (ou seja, ao invés de viver uma vida tranquila, ele escolheu morrer), pois ele poderia ter permanecido no céu (Fp 2.6) ou pelo menos evitado a execução na cruz (Jo 10.17-18; 12.27).

No entanto, ele nem fez caso da ignomínia. A crucificação era um modo tão vergonhoso de execução que era proibida para os cidadãos romanos; além disso, os judeus acreditavam que ser “pendurado em madeiro” era ser amaldiçoado por Deus (Dt 21.23; GI 3.13).

No entanto, ele suportou tamanha oposição. A palavra grega pode sugerir palavras duras e zombaria (Mt 27.39-44), provações com as quais os leitores tinham alguma experiência (10.33). Isso para que nós não venhamos a nos fatigarmos – uma advertência de Pv 3.11-12 que é citada nos vs. 5-6.

No entanto, ele resistiu até ao sangue. Os leitores tinham sofrido perseguição, mas nada tão sério como o que Jesus sofreu ou, de fato, com o que está catalogado em 11.35-38. Não era o tempo de eles pensarem em desistir. Na luta contra o pecado, diz o autor de Hebreus, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue que foi o que o Senhor fez – vs. 4.

O autor elaborou sobre Pv 3.11-12 para apoiar a visão sobre o sofrimento na vida cristã que ele estava para apresentar.

O plano de Deus para guiar muitos filhos para a glória significava que o autor da salvação deles tinha de ser aperfeiçoado pelo sofrimento (2.10), embora ele fosse o Filho que não merecia sofrer (5.8).

Não é de admirar que os filhos que o seguem deveriam estar preparados para receber sua herança mediante a disciplina dolorosa.

Quando provações e sofrimentos vêm para os cristãos, eles deveriam ser vistos como treinamento ou disciplina benignos de Deus. A disciplina demonstra o amor de Deus, e não castigo da parte dele. O Pai que ama disciplina e corrige a seu filho, mas o diabo, por exemplo, satisfaz-lhe todos os desejos.

O autor estava possivelmente se referindo – vs. 8 – ao fato de que muitos nobres romanos tinham filhos bastardos que eram sustentados financeiramente, mas deixados virtualmente sem disciplina.

Por outro lado, o filho da esposa legítima do nobre, aquele que levaria o nome e herdaria a riqueza do pai, era submetido a um duro regime de treinamento que era comparável à escravidão (GI 4.1-2).

Num contraste direto com o “Pai espiritual”. Esse argumento do menor (paternidade humana) para o maior (paternidade divina) é completado no vs. 10.

A disciplina dos nossos pais terrenos é limitada pelo tempo e pela sua falível falta de sabedoria. A disciplina do Pai celestial é planejada pela sua sabedoria infinita para “aproveitamento” e nos torna santos assim como ele é santo (vs. 14; 1Pe 1.15-16).

Assim, nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento da sua execução, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz (isso dá alguma ideia do que a santidade envolve – vs. 10,14) para aqueles que por ela foram exercitados – vs. 11 – com essa palavra, ele faz um retorno à analogia com o atletismo do vs. 1.

Portanto, em conclusão, ele exorta a fortalecer as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. A corrida será completada com êxito somente se os ferimentos do passado espiritual estiverem curados (vs. 12) e os perigos do futuro forem evitados (vs. 13).

O contexto de Is 35.3,  do qual “restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos”, foi tomado, é de encorajamento para o medroso (Is 35.4).

Compare o chamado do autor para o encorajamento mútuo (p. ex., 3.13), incluindo o que se segue em 12.15, com a advertência contra os desanimados (vs. 3,5).

O contexto de Pv 4.26 (a origem de “fazei caminhos retos para os pés”) é um chamado à fidelidade sincera à vereda da retidão (Pv 4.25,27). A metáfora de restabelecer as mãos descaídas e os joelhos trôpegos para participar da corrida é esclarecida pelas ordens específicas (vs. 14-17).

No vs. 14 ele nos pede esforço para seguirmos a paz com todos. Quando perseguidos, somos tentados a retribuir o mal com o mal; no entanto, deveríamos viver em paz com todos “quanto depender de [nós]” (Rm 12.18), da mesma maneira como nosso Senhor negou revidar com insultos ou ameaça (1 Pe 2.23).

Hebreus mostra como o sacrifício de Jesus nos tornou santos de uma vez por todas (10.10), dando-nos confiança para nos aproximar de Deus. Aqui, no entanto, “santidade” refere-se à pureza da vida. Isso é concedido por Deus (13.21) e guiado pela sua disciplina (vs. 10).

Embora seja a graça de Deus que purifica os cristãos, cada cristão deve empreender “todo esforço”.

Assim, sem a santidade, ninguém verá o Senhor. Isto é, estará com Deus, o objetivo da salvação (Ap 22.4). Aqueles que agora pela fé veem a glória de Deus na face de Cristo (2Co 3.18; 4.6), verá de fato o Senhor e se tomará como ele (1Jo 3.2).

Também se deveria tomar cuidado para que ninguém fosse excluído da graça, para que ninguém fosse faltoso. Os cristãos têm a responsabilidade de cuidar uns dos outros, não permitindo que nenhum deles seja “faltoso”, ou tido como “falho” da (4.1, onde o mesmo verbo grego é usado) graça de Deus.

A raiz de amargura em Dt 29.18, era a “raiz que produzia erva venenosa e amarga” referindo-se à pessoa que propagava dúvida e deslealdade com respeito ao Senhor entre o povo da aliança. Essa mesma era a especialidade de Satanás desde o início quando procurou levar (gerar) a dúvida no coração de Eva.

Aqui, também, a raiz amarga refere-se à pessoa que pode “causar problemas” e “manchar” outros. Para nos apoiarmos mutuamente quanto à fé, devemos encorajar o fraco e opor-nos ao apóstata, que pode influenciar os outros.

Que nenhum de nós fosse imoral ou profano como Esaú que é apresentado como um exemplo de alguém que desprezou a herança do povo de Deus e tal perda foi irrevogável (vs. 17).

Moisés trocou os tesouros do Egito pela desonra de Cristo porque ele viu o galardão (11.26); em contraste, Esaú negociou seu direito de primogenitura por uma tigela de lentilhas que era tudo o que ele podia ver (Gn 25. 29-34).

Como o filho mais velho, Esaú tinha um “direito de primogenitura” especial (Gn 25.31-34; 27.36). Mais tarde, sob a lei mosaica, o direito de filho mais velho era o dobro da porção de tudo quanto o pai possuía (Dt 21.17). Esaú desprezou o privilégio de ser o herdeiro das promessas da aliança de Deus.

No vs. 17, ele nos lembra que Esaú tentou reverter o seu quadro. Foi um chamado a relembrar um segundo estágio da perda de Esaú: seu irmão Jacó usurpou o lugar que era dele por direito quando seu pai, Isaque, deu a bênção solene (Gn 27).

Essa bênção incluía a substancia da promessa feita a Abraão (Gn 12.2-3; 27.29), mas não achou lugar de arrependimento. Literalmente “sem arrependimento”. Embora Esaú lamentasse sua perda com lágrimas (Gn 27.38; cf. 2Co 7.10), ele não se arrependeu do pecado de ter desprezado as promessas de Deus. O que ele sentia era puro remorso, como Judas ao trair Jesus, mas não arrependimento.

  1. A Jerusalém celestial (12.18-29).

A antiga e a nova aliança são comparadas em termos das montanhas (Sinai e Sião) associadas a cada uma delas. O temor era o motivo dominante no Sinai, uma montanha palpável (e, assim, terrena e mutável) na qual as leis foram dadas (vs. 18-21). A alegria e a confiança caracterizam a celestial (e, assim, eterna) Sião porque o Salvador está lá com o sangue do perdão (vs. 22-24).

Como o santuário estabelecido pela primeira aliança (9.1,11,24), a montanha na qual as leis foram dadas fazia parte das “coisas como tinham sido feitas” (vs. 27) que eram destinadas a serem “abaladas” (vs. 27) e eliminadas pela voz de Deus no céu. A palpabilidade do Sinai testifica da temporaneidade da primeira aliança (8.13).

Por causa do medo que tinham do contato direto com a santidade impressionante do Senhor que os destruiria (Êx 20.19), os israelitas suplicaram a Moisés para mediar as palavras de Deus a eles.

Essa foi uma escolha interessante do povo que foi aprovada pelo Senhor. Deus falou teofanicamente com eles e houve chamas, trevas, escuridão e tempestade, ao soar da trombeta e ao som de suas palavras – vs. 18 e 19.

A concessão da lei aconteceu cum uma impressionante demonstração do poder de Deus. O medo foi uma reação apropriada (cf. Is 6.4-5; Mt 17.6; Ap 1.17). Conforme o escritor de Hebreus, o próprio Moisés disse ter ficado apavorado e trêmulo.

Embora em nossa peregrinação terrena, ainda não tenhamos chegado à cidade permanente (13.14), nós, todavia, chegamos pela fé na Jerusalém celestial por causa de Jesus nosso precursor, e podemos agora entrar no Santo dos Santos em adoração (10.19-22).

Em comparação com eles, nós chegamos

  • Ao monte Sião.
  • À Jerusalém celestial.
  • À cidade do Deus vivo.
  • Aos milhares de milhares de anjos em alegre reunião.

Ou seja, às hostes de anjos, que sempre servem à majestade de Deus (Dt 33.2; SI 68.17; Dn 7.10). Aqui eles estão reunidos como se fosse para uma festa ou para uma celebração festiva.

  • À igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus.

Todos os primogênitos em Israel eram santificados na época da Páscoa dos judeus e consagrados para servirem na presença de Deus, mas os levitas serviam no santuário no lugar deles (Nm 3.11-13).

Na assembleia celestial, todos os cristãos redimidos da destruição são “primogênitos”; eles são consagrados a Deus e recrutados como seus sacerdotes.

Ao contrário de Esaú, que desprezou o seu direito de primogenitura (vs.16), todos os verdadeiros cristãos agradecidamente compartilham a herança de Jesus o primogênito (1.6,14; 2.11-12) e se unem na adoração da assembleia celestial, quer estejam no céu ou na terra (10.19-25).

  • A Deus, juiz de todos os homens.
  • Aos espíritos dos justos aperfeiçoados.

Estes são os espíritos daqueles que morreram no Senhor (2Co 5.8-10; Ap 14.13). Particularmente estão sendo considerados os santos do Antigo Testamento e do período intertestamentário, cuja retidão pela fé o próprio Deus testificou (11.2,4-5,39); porém, essa retidão não foi acompanhada pela perfeição até a vinda de Jesus (11.40).

  • A Jesus, mediador de uma nova aliança.

A presença de Jesus na Sião celestial explica a atmosfera de alegria e confiança. O sangue de Abel clamou por vingança da terra (Gn 4.10), mas o sangue de Jesus, para usar a mesma figura, “fala coisas superiores” de perdão para os filhos de Deus e castigo para os ímpios (9.12-15; 10.19-22).

  • Ao sangue aspergido, que fala melhor do que o sangue de Abel.

CUIDADO! NÃO REJEITEM AO QUE FALA.

Com essa exortação: “Cuidado! Não rejeitem aquele que fala” começou o versículo 25. A voz de Deus revelando o evangelho deve ser ouvida e obedecida com maior atenção ainda do que aquela em que ele revelou a lei no Sinai (2.1-4; 3.1-5; 10.28-29).

O contraste entre a mensagem do Antigo Testamento e a mensagem por meio do Filho do céu retorna a 1.1-4. Ao fechar o círculo, o autor conduziu seus argumentos em direção à conclusão.

A comparação é forte: se os que se recusaram a ouvir aquele que os advertia na terra não escaparam, quanto mais nós, se nos desviarmos daquele que nos adverte dos céus? – vs. 25.

As palavras “ainda uma vez” – veja o vs. 26 – indicam a remoção dessas coisas abaladas. Cristo enrolará os céus e a terra “qual manto” (1.12), mas ele permanecerá. O desaparecimento da primeira aliança “antiquada e envelhecida” (8.13), com o santuário (9.8) e sacrifícios (10.9), é a antecipação desse abalo final.

Se já estamos recebendo, como está escrito, um reino inabalável, sirvamos a Deus de modo agradável ou sejamos agradecidos. A gratidão deriva do conhecimento de que o nosso nome está escrito no céu (Lc 10.20) e da nossa experiência com o “dom inefável” de Deus: Jesus Cristo (2Co 9.15).

A reverência e o santo temor vêm do reconhecimento de quem é Deus (vs. 29) e a adoração agradável combina esses motivos.

Essa citação de Dt 4.24 de que “Deus é fogo consumidor” fornece uma conclusão adequada para essa exortação, que enfatiza a santidade de Deus e a finalidade do seu julgamento dos apóstatas (10.27).

Hb 12:1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos

tão grande nuvem de testemunhas,

desembaraçando-nos

de todo peso

e do pecado que tenazmente nos assedia,

corramos, com perseverança,

a carreira que nos está proposta,

Hb 12:2 olhando firmemente para

o Autor e Consumador da fé,

Jesus, o qual, em troca da alegria

que lhe estava proposta,

suportou a cruz,

não fazendo caso da ignomínia,

e está assentado à destra

o trono de Deus.

Hb 12:3 Considerai, pois, atentamente,

aquele que suportou tamanha oposição

dos pecadores contra si mesmo,

para que não vos fatigueis,

desmaiando em vossa alma.

Hb 12:4 Ora, na vossa luta contra o pecado,

ainda não tendes resistido até ao sangue

Hb 12:5 e estais esquecidos da exortação que,

como a filhos, discorre convosco:

Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor,

nem desmaies quando por ele és reprovado;

Hb 12:6 porque o Senhor corrige a quem ama

e açoita a todo filho a quem recebe.

Hb 12:7 É para disciplina que perseverais

(Deus vos trata como filhos);

pois que filho há que o pai não corrige?

Hb 12:8 Mas, se estais sem correção,

de que todos se têm tornado participantes,

logo, sois bastardos e não filhos.

Hb 12:9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne,

que nos corrigiam, e os respeitávamos;

não havemos de estar em muito maior

submissão ao Pai espiritual

e, então, viveremos?

Hb 12:10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo,

segundo melhor lhes parecia;

Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento,

a fim de sermos participantes da sua santidade.

Hb 12:11 Toda disciplina, com efeito, no momento

não parece ser motivo de alegria,

mas de tristeza;

ao depois, entretanto, produz fruto pacífico

aos que têm sido por ela exercitados,

fruto de justiça.

Hb 12:12 Por isso,

restabelecei as mãos descaídas

e os joelhos trôpegos;

Hb 12:13 e fazei caminhos retos para os pés,

para que não se extravie o que é manco;

antes, seja curado.

Hb 12:14 Segui a paz com todos

e a santificação,

sem a qual ninguém verá o Senhor,

Hb 12:15 atentando, diligentemente,

por que ninguém seja faltoso,

separando-se da graça de Deus;

nem haja alguma raiz de amargura que,

brotando, vos perturbe,

e, por meio dela, muitos sejam contaminados;

Hb 12:16 nem haja algum impuro ou profano,

como foi Esaú, o qual, por um repasto,

vendeu o seu direito de primogenitura.

Hb 12:17 Pois sabeis também que, posteriormente,

querendo herdar a bênção,

foi rejeitado, pois não achou

lugar de arrependimento, embora,

com lágrimas, o tivesse buscado.

Hb 12:18 Ora, não tendes chegado

ao fogo palpável e ardente,

e à escuridão, e às trevas,

e à tempestade,

Hb 12:19 e ao clangor da trombeta,

e ao som de palavras tais,

que quantos o ouviram suplicaram

que não se lhes falasse mais,

Hb 12:20 pois já não suportavam o que lhes era ordenado:

Até um animal, se tocar o monte, será apedrejado.

Hb 12:21 Na verdade, de tal modo era horrível o espetáculo,

que Moisés disse: Sinto-me aterrado e trêmulo!

Hb 12:22 Mas tendes chegado

ao monte Sião

e à cidade do Deus vivo,

a Jerusalém celestial,

e a incontáveis hostes de anjos,

e à universal assembléia

Hb 12:23 e igreja dos primogênitos arrolados nos céus,

e a Deus, o Juiz de todos,

e aos espíritos dos justos aperfeiçoados,

Hb 12:24 e a Jesus,

o Mediador da nova aliança,

e ao sangue da aspersão

que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.

Hb 12:25 Tende cuidado,

não recuseis ao que fala.

Pois, se não escaparam aqueles que recusaram ouvir quem,

divinamente, os advertia sobre a terra,

muito menos nós,

os que nos desviamos daquele que dos céus nos adverte,

Hb 12:26 aquele, cuja voz abalou, então, a terra;

agora, porém, ele promete, dizendo:

Ainda uma vez por todas, farei abalar

não só a terra,

mas também o céu.

Hb 12:27 Ora, esta palavra:

Ainda uma vez por todas

significa a remoção dessas coisas abaladas,

como tinham sido feitas,

para que as coisas que não são abaladas

permaneçam.

Hb 12:28 Por isso, recebendo nós um reino inabalável,

retenhamos a graça,

pela qual sirvamos a Deus

de modo agradável,

com reverência

e santo temor;

Hb 12:29 porque o nosso Deus

é fogo consumidor.

Receberemos um reino inabalável e portanto devemos reter a graça para servirmos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor.

A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete.

http://www.jamaisdesista.com.br

Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra – disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 – preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: [email protected].

Rate this post



Comentários com Facebook




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.