A tragédia neoliberal e as cadeias de valor, por Danilo Caser
Foto: Cícero Omena
A TRAGÉDIA NEOLIBERAL E AS CADEIAS DE VALOR
No dia 16 de agosto de 2012 a polícia Sul Africana interveio em um conflito entre os trabalhadores da mina de platina de Marikana perto de Joanesburgo, e os responsáveis pela exploração dos recursos, os acionistas da companhia Lonmin, cuja sede fica em Londres. As forças policiais atiraram nos grevistas com munição de verdade; no balanço 34 trabalhadores mortos. Como é muito comum nesses casos, o foco do conflito era a QUESTÃO SALARIAL. Os mineiros reivindicavam que sua remuneração passasse de 500 para 1000 euros por mês. Depois dos trágicos acontecimentos a empresa propôs, por fim, um aumento de 75 euros mensais.
Alguns dos dogmas do Consenso de Washington, a bíblia do neoliberalismo, são a eliminação das restrições ao investimento estrangeiro direto e a desregulamentação das leis trabalhistas. O conflito de Marikana é um exemplo perfeito da tragédia do neoliberalismo no mundo. Empregados que reivindicam direitos a empregadores sem rosto nem identidade com quem não podem conversar, que auferem seus lucros longe das fábricas e das minas explorando o suor e sugando o sangue dos trabalhadores, com o apoio e a repressão do estado como requinte de crueldade. Pode se afirmar por este e inúmeros outros casos parecidos que quanto maior uma empresa e quanto mais internacionalizado seu capital mais desumana ela é.
Nesse contexto as CADEIAS DE VALOR, um dos temas em debate na próxima Conferência Internacional do Trabalho em 2016, representam para o trabalhador mais precarização e tragédias como a de Marikana e para as empresas aumento de lucro. Isto porque a lógica em curso é de deslocar para as regiões periféricas as operações de produção, pela utilização da mão de obra barata e precarizada, pelos incentivos fiscais e a repressão dos governos as reivindicações sindicais e concentrar nos grandes centros econômicos as operações de gestão administrativa e elaboração dos projetos que requerem mão de obra especializada e a realização dos lucros.
Como exemplo desta realidade da internacional exploração do trabalho dentro das cadeias de valor, empresas com
Foto: Cícero Omena
A TRAGÉDIA NEOLIBERAL E AS CADEIAS DE VALOR
No dia 16 de agosto de 2012 a polícia Sul Africana interveio em um conflito entre os trabalhadores da mina de platina de Marikana perto de Joanesburgo, e os responsáveis pela exploração dos recursos, os acionistas da companhia Lonmin, cuja sede fica em Londres. As forças policiais atiraram nos grevistas com munição de verdade; no balanço 34 trabalhadores mortos. Como é muito coum nesses casos, o foco do conflito era a QUESTÃO SALARIAL. Os mineiros reivindicavam que sua remuneração passasse de 500 para 1000 euros por mês. Depois dos trágicos acontecimentos a empresa propôs, por fim, um aumento de 75 euros mensais.
Alguns dos dogmas do Consenso de Washington, a bíblia do neoliberalismo, são a eliminação das restrições ao investimento estrangeiro direto e a desregulamentação das leis trabalhistas. O conflito de Marikana é um exemplo perfeito da tragédia do neoliberalismo no mundo. Empregados que reivindicam direitos a empregadores sem rosto nem identidade com quem não podem conversar, que auferem seus lucros longe das fábricas e das minas explorando o suor e sugando o sangue dos trabalhadores, com o apoio e a repressão do estado como requinte de crueldade. Pode se afirmar por este e inúmeros outros casos parecidos que quanto maior uma empresa e quanto mais internacionalizado seu capital mais desumana ela é.
Nesse contexto as CADEIAS DE VALOR, um dos temas em debate na próxima Conferência Internacional do Trabalho em 2016, representam para o trabalhador mais precarização e tragédias como a de Marikana e para as empresas aumento de lucro. Isto porque a lógica em curso é de deslocar para as regiões periféricas as operações de produção, pela utilização da mão de obra barata e precarizada, pelos incentivos fiscais e a repressão dos governos as reivindicações sindicais e concentrar nos grandes centros econômicos as operações de gestão administrativa e elaboração dos projetos que requerem mão de obra especializada e a realização dos lucros.
Como exemplo desta realidade da internacional exploração do trabalho dentro das cadeias de valor, empresas como Nike, Zara, Mc Donalds, Walmart e outras marcas internacionais são acusadas de trabalho escravo e das mais variadas práticas antissindicais.
Autor: Danilo Caser Vice-Presidente da CNPL, representante da UGT.
Fontes: Livro O Capital no Século XXI Thomas Piketty;, Seminário Regional sobre políticas de Empleo y Trabalho Decente, Oficina Regional da OIT para América Latina e Caribe Lima Peru 15 a 24 de Julho de2015.
o Nike, Zara, Mc Donalds, Walmart e outras marcas internacionais são acusadas de trabalho escravo e das mais variadas práticas antissindicais.
Autor: Danilo Caser Vice-Presidente da CNPL, representante da UGT.
Fontes: Livro O Capital no Século XXI Thomas Piketty;, Seminário Regional sobre políticas de Empleo y Trabalho Decente, Oficina Regional da OIT para América Latina e Caribe Lima Peru 15 a 24 de Julho de2015.
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