Uma referência. Assim se considera o Corinthians quando o assunto é redes sociais. Clube brasileiro com o maior número de curtidas no Facebook (10,4 milhões), o Timão aparece na segunda posição no ranking por municípios em levantamento da rede social em parceria com o GloboEsporte.com, sendo o clube mais acompanhado em 1.489 cidades do Brasil.
O Flamengo, que lidera em 2.639 locais, aparece na ponta desta pesquisa, embora tenha 10,1 milhões de curtidas, cerca de 300 mil a menos que o Timão.
Superintendente de marketing do Corinthians, Gustavo Herbetta exalta a força do Timão na internet e afirma acreditar que o clube trabalhe de uma maneira diferente de seus adversários. Além do Facebook, a equipe é líder em seguidores no país no Twitter (3,6 milhões), onde firmou parceria inédita no Brasil neste mês, Instagram (785 mil), Google+ (729 mil) e Vine (27 mil). Tem ainda 158 mil inscritos em seu canal do Youtube e entrou no Viber nesta semana.
– Pelos números de poder de alcance, engajamento e pelo tipo de conteúdo que a gente costuma usar, o Corinthians é uma referência no Brasil. Tem alguns clubes que fazem um trabalho parecido, mas a gente acaba sendo mesmo uma referência. Criamos conteúdo e linguagem própria para nos comunicarmos. Sabemos a linguagem certa que nossa torcida gosta para conversar com o Corinthians – afirmou Herbetta ao GloboEsporte.com.
Tão logo os números foram divulgados na sexta-feira, o Timão estipulou uma meta: alcançar a primeira colocação em curtidas nas únicas seis cidades paulistas que não contam com o clube alvinegro como “preferido”: Santos, São Vicente e Guarujá, territórios santistas; Divinolândia, na microregião de São João da Boa Vista, que tem pequena superioridade de são-paulinos; além de Arapeí e Bananal, cidades vizinhas ao Rio de Janeiro que têm o Flamengo como mais curtido.
E MAIS: Parceria GloboEsporte.com/Facebook mostra curtidas na página do Timão
Outro objetivo do departamento de marketing do Corinthians é se aproveitar desta ferramenta para nacionalizar ainda mais a marca alvinegra, aumentando o número de torcedores pelo Brasil.
– Hoje não discutimos internacionalização. Essa é uma palavra já banalizada na estratégia dos clubes. Falamos de nacionalização. Temos potencial para a obtenção de mais torcedores dentro do país. Essa iniciativa (do Facebook) nos dá visão de onde podemos atacar. Nas seis cidades, por exemplo, podemos tentar fazer algum tipo de projeto. Existem estudos sendo discutidos para que, no ano que vem, comecemos a tentar ampliar nossa ação no território nacional – disse o superintendente de marketing do Corinthians.
LEIA TAMBÉM: Na Guaiçara de Beto Biriba, do cachorro Timão e da “metade fiel”
A liderança do Flamengo por municípios vem principalmente das regiões Norte e Nordeste. O Corinthians reina quase absoluto no estado de São Paulo e também em boa parte do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, na região sul de Minas Gerais e em algumas localidades de Bahia, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Pará e Rondônia.
Hoje, o Facebook permite que o clube faça postagens direcionadas a determinadas cidades. Municípios do Norte do Paraná e Sul de Minas Gerais, por exemplo, onde há grande e conhecida concentração de corintianos, são alvos do departamento de comunicação, principalmente quando o assunto é o plano mais barato do Fiel Torcedor, focado em quem não vive em São Paulo.
Além de aumentar o número de torcedores e, por consequência, clientes, o clube busca ainda mais parceiros. Com força nas redes sociais, tem conseguido monetizar ações em diversas plataformas para trazer recursos para o clube. A expectativa é que, na próxima temporada, os resultados financeiros obtidos com a internet sejam próximos a de um patrocínio de camisa.
– As redes sociais são nosso principal canal de relacionamento com o torcedor. E as marcas estão amadurecendo, vendo que o futebol dá visibilidade. Vários anunciantes nos procuram por causa das redes sociais. Antes era contrapartida, hoje é propriedade. O amadurecimento do mercado somado à crise fazem os anunciantes se relacionarem mesmo sem ter poder de consumo de uma propriedade de maior impacto. Por isso, os canais digitais são fundamentais – explicou Gustavo Herbetta.