Quando o juiz apitar o início do clássico entre Corinthians e Santos neste domingo, às 16h (de Brasília), na Arena Corinthians, válido pela 14ª rodada do Campeonato Paulista, os olhos dos santistas estarão direcionados para um jogador em especial do time – o goleiro Vladimir.

O que seria a primeira e grande oportunidade de disputar o clássico contra o Corinthians, virou um jogo de “vida ou morte” para o goleiro. Vladimir não transmite confiança à torcida santista, que o critica bastante em jogos e redes sociais. Pressionado, o atleta sabe que não pode falhar contra o arquirrival, caso queria seguir sua carreira no clube.

“Temos que procurar melhorar, porque não sabemos quando a oportunidade vem. A gente entra no campo e acaba esquecendo o que está ao redor [desconfiança da torcida]. Temos que nos concentrar. Mas, com certeza, amo essa torcida, temos confiança”, afirmou Vladimir.

“Com certeza [acabar com a desconfiança]. Crítica e cobrança sempre vão existir. Tem que saber absorver. Tem que trabalhar para corrigir e mostrar no jogo para a torcida”, completou.

O UOL Esporte apurou que após Vanderlei sofrer a fratura na face, a diretoria santista recebeu diversas ligações de empresários oferecendo goleiros. A cúpula avaliou todos os nomes, mas pretende ver o desempenho de Vladimir no clássico contra o Corinthians antes de avançar em qualquer negociação.

Para alguns dirigentes, chegou o momento de Vladimir mostrar em campo o que costuma fazer durante os treinos há anos.

Vladimir é conhecido entre dirigentes, conselheiros, jornalistas e até torcedores como o “craque dos treinos”. O jogador sempre teve desempenho acima dos outros goleiros nas atividades no CT Rei Pelé.  A fama de bom goleiro nos treinos, inclusive, garantiu ao atleta a renovação contratual por mais uma temporada no início deste ano, incluindo aumento salarial.

Vladimir já brilhava nos treinamentos quando Rafael foi promovido a titular do Santos em 2010. No entanto, o novo titular do gol santista se lesionou quando o então técnico Dorival Júnior queria colocá-lo no time na vaga de Felipe. Com isso, Rafael ficou com a vaga e só largou quando assinou sua transferência para o Napoli, da Itália.

“Já pensei de tudo [se pensou em deixar o clube após o ocorrido em 2010]. Nenhum jogador gosta de ficar na reserva. Tem que mostrar insatisfação, mas mostrar e buscar. Agora caiu a oportunidade nos meus braços, não tenho dúvida que vou ser abençoado e quero mostrar nos jogos meu trabalho”, disse.

Vladimir sabe que uma grande atuação no clássico deste domingo pode garantir sua titularidade pelo menos até a recuperação de Vanderlei, que passou por cirurgia na face e deve desfalcar o Santos entre dois e três meses.