SÃO PAULO -SP-BRASIL-Defesa sólida e uma pitada de sorte: Corinthians vence no deserto; análise
Em jogo disputado na cidade de El Salvador, no deserto do Atacama, a 2.300 metros de altitude, o Corinthians teve dificuldades para sair jogando no início. O Cobresal bloqueou as saídas dos laterais Fagner e Uendel e obrigou o Timão a centralizar jogadas. Problema é que o meio-campo estava congestionando, e a equipe visitante tinha dificuldades para criar jogadas de ataque, embora passasse a maior parte do tempo com a bola.
Danilo, que seria o homem mais adiantado da equipe, não foi acionado e recuou muito para receber passes. Acabou virando mais um homem de meio-campo. Assim, o 4-1-4-1 de Tite virou um 4-4-2, e a equipe perdeu a referência.
Aos 12 minutos, o jogo foi interrompido por causa de um apagão no estádio. Foram 16 minutos de paralisação. Na volta, o time chileno se adiantou e deixou o Timão preso em seu campo de defesa.
O atacante Benítez, atuando pelo lado esquerdo, levou dificuldades à defesa corintiana, principalmente a Fagner. O lateral corintiano costuma ser a válvula de escape da equipe de Tite, mas, preso à marcação, mal passou a linha de meio-campo. No segundo tempo, Benítez sofreu grave lesão no cotovelo e foi substituído (veja o vídeo abaixo – a imagem é forte).
No segundo tempo, Tite fez duas mudanças: Romero e Danilo saíram para as entradas de Giovanni Augusto e André (depois, Willians entraria no lugar de Elias). As mudanças não alteraram muito o panorama da partida. O Timão até ficou mais adiantado, mas seguia sem conseguir ameaçar efetivamente o Cobresal, que tentava surpreender nos contra-ataques.
Sem Benítez, porém, o time chileno perdeu muito poderio ofensivo. A forte marcação corintiana também funcionou bem.
Quando o jogo se encaminhava para terminar sem gols, o Timão contou com a ajuda do rival. Estava difícil para os atacantes alvinegros empurrarem a bola para o gol, mas a equipe deu sorte ao ver zagueiro Escalona marcar contra ao tentar cortar cruzamento de Lucca.
O Corinthians esteve longe de ser brilhante, mas foi competitivo. Em Libertadores, isso é fundamental.
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