SÃO GONÇALO DO AMARANTE RN-Síndrome do pânico: sintomas, tratamentos e causas
A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente.
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Quem sofre do Transtorno de Pânico sofre crises de medo agudo de modo recorrente e inesperado. Além disso, as crises são seguidas de preocupação persistente com a possibilidade de ter novos ataques e com as consequências desses ataques, seja dificultando a rotina do dia a dia, seja por medo de perder o controle, enlouquecer ou ter um ataque no coração.
Síndrome do pânico: transtorno de ansiedade gera ataques de medo intenso
Especialistas respondem:
Qual a diferença entre síndrome do pânico e ansiedade?
Síndrome do pânico pode matar?
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Causas
As causas exatas da síndrome do pânico são desconhecidas, embora a Ciência acredite que um conjunto de fatores possa desencadear o desenvolvimento deste transtorno, como:
- Genética
- Estresse
- Temperamento forte e suscetível ao estresse
- Mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações.
Alguns estudos indicam que a resposta natural do corpo a situações de perigo esteja diretamente envolvida nas crises de pânico. Apesar disso, ainda não está claro por que esses ataques acontecem em situações nas quais não há qualquer evidência de perigo iminente.
Fatores de risco
As crises de síndrome do pânico geralmente começam entre a fase final da adolescência e o início da idade adulta. Apesar disso, podem ocorrer depois dos 30 anos e durante a infância, embora no último caso ela possa ser diagnosticada só depois que as crianças já estejam mais velhas.
A síndrome do pânico costuma afetar mais mulheres do que homens e pode ser desencadeada por alguns fatores considerados de risco, como:
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- Situações de estresse extremo
- Morte ou adoecimento de uma pessoa próxima
- Mudanças radicais ocorridas na vida
- Histórico de abuso sexual durante a infância
- Ter passado por alguma experiência traumática, como um acidente.
Algumas pesquisas indicam que se um gêmeo idêntico tem síndrome do pânico, o outro gêmeo também desenvolverá o problema em 40% das vezes. Pode acontecer, no entanto, de a doença se manifestar sem que haja histórico familiar dela.
Especialista responde: crises de síndrome do pânico são comuns em homens ou só nas mulheres?
Sintomas
Sintomas de Síndrome do pânico
Ataques de pânico característicos da síndrome geralmente acontecem de repente e sem aviso prévio, em qualquer período do dia e também em qualquer situação, como enquanto a pessoa está dirigindo, fazendo compras no shopping, em meio a uma reunião de trabalho ou até mesmo dormindo.
O pico das crises de pânico geralmente dura cerca de 10 a 20 minutos, mas pode variar dependendo da pessoa e da intensidade do ataque. Além disso, alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. É bom ficar atento, pois muitas vezes um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco.
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As crises de pânico geralmente manifestam os seguintes sintomas:
- Sensação de perigo iminente
- Medo de perder o controle
- Medo da morte ou de uma tragédia iminente
- Sentimentos de indiferença
- Sensação de estar fora da realidade
- Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto
- Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia
- Sudorese
- Tremores
- Dificuldade para respirar, falta de ar e sufocamento
- Hiperventilação
- Calafrios
- Ondas de calor
- Náusea
- Dores abdominais
- Dores no peito e desconforto
- Dor de cabeça
- Tontura
- Desmaio
- Sensação de estar com a garganta fechando
- Dificuldade para engolir
Uma complicação frequente é o medo do medo, ou seja, o medo ter outro ataque de pânico. Esse medo pode ser tão grande que a pessoa, muitas vezes, evitará ao máximo situações em que essas crises poderão ocorrer novamente.
Os ataques de pânico podem alterar o comportamento em casa, na escola ou no trabalho. As pessoas portadoras da síndrome muitas vezes se preocupam com os efeitos de seus ataques de pânico e podem, até mesmo, despertar problemas mais graves, como alcoolismo, depressão e abuso de drogas.
Não há como prever as crises de pânico. Pelo menos nos estágios iniciais do transtorno, parece não haver nada específico capaz de desencadear o ataque. Mas há indícios de que lembrar-se de ataques de pânico anteriores possam contribuir e levar a uma nova crise.
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Especialistas esclarecem sintomas de síndrome do pânico:
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Falta de apetite é sintoma de síndrome do pânico?
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Quem tem síndrome do pânico consegue ficar em locais com muitas pessoas ou som alto?
Diagnóstico e Exames
Buscando ajuda médica
Se você teve qualquer sintoma típico de crises de pânico, procure ajuda médica o quanto antes. Os ataques são difíceis de controlar por conta própria e podem piorar se não houver acompanhamento médico e tratamento adequados. Você deve procurar ajuda médica.
Na consulta médica
Não tenha medo ou vergonha de procurar ajuda médica. O trabalho de um especialista é importante para encontrar meios seguros para tratar a síndrome do pânico.
É interessante que o paciente vá à consulta acompanhado de uma pessoa confiança, seja parente ou amigo, tanto para dar apoio moral quanto para ajudar a descrever o problema, já que a ansiedade pode dificultar o relato dos sintomas. Além disso, durante a consulta, o paciente deve descrever detalhadamente todos os sintomas, para que o diagnóstico possa ser realizado corretamente.
Esteja preparado, também, para responder às perguntas que o médico deverá fazer. Veja alguns exemplos:
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- Quais são seus sintomas? Quando você os notou pela primeira vez?
- Com que frequência os ataques de pânico acontecem? Quanto tempo eles costumam durar, aproximadamente?
- Há alguma situação ou comportamento específicos que possam desencadear um ataque de pânico?
- Você evita contatos sociais ou determinadas atividades por medo de ter outro ataque?
- O quanto os sintomas e o medo de ter outro ataque atrapalham sua vida pessoal, profissional e social?
- Você passou por algum evento traumático na infância ou em qualquer outro momento da vida?
- Passou por situação traumática, como assalto ou violência? Há quanto tempo?
- Como você descreveria sua relação com os membros mais próximos da família?
- Você ou sua família têm histórico médico de síndrome do pânico ou de algum outro transtorno?
- Você já foi diagnosticado com outro problema de saúde?
- Você consome cafeína, bebidas alcóolicas e drogas recreativas? Com que frequência?
- Você pratica exercícios físicos? Com que frequência?
Diagnóstico de Síndrome do pânico
Para realizar o diagnóstico, o médico poderá pedir vários exames e testes. Para começar, o especialista realizará um exame físico no paciente. Em seguida, pedirá exames de sangue, a fim de checar o funcionamento da tireoide, e um eletrocardiograma, para verificar como está o coração. Além da avaliação física, uma avaliação psiquiátrica também é necessária para que o diagnóstico seja finalizado. Esta deverá ser feita por um psiquiatra. Durante a conversa, o profissional falará a respeito dos sintomas, situações que podem ter desencadeado momentos de estresse intenso, medos e preocupações, problemas de relacionamento e outras questões que possam estar prejudicando o paciente.
O diagnóstico será positivo para a síndrome do pânico se:
- A pessoa sofrer de ataques de pânico inesperados e frequentes
- Pelo menos um dos ataques tenha sido acompanhado de medo e angústia pela recorrência de um novo ataque e pelas consequências dessa nova crise, como perda de controle, ataque cardíaco ou mudanças súbitas de comportamento
- A pessoa evitar situações que possam desencadear em uma nova crise
- As crises de pânico não forem causados por abuso de substâncias.
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Síndrome do pânico
O principal objetivo do tratamento da síndrome do pânico é reduzir o número de crises, assim como sua intensidade e recuperação mais rápida. As duas principais formas de tratamento para esse transtorno é por meio de psicoterapia e medicamentos. Ambos têm se mostrado bastante eficientes. Dependendo da gravidade, preferência e do histórico do paciente, o médico poderá optar por um deles ou até mesmo por ambos, já que a combinação dos dois tipos de tratamento têm se mostrado ainda mais eficaz do que um ou outro operando isoladamente.
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A psicoterapia é geralmente a primeira opção para o tratamento de síndrome do pânico. Existem diversas formas de psicoterapia, sendo a mais estudada e que comprovadamente tem efeitos benéficos nesse transtorno a chamada de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Ela poderá ajudar o paciente a entender os ataques de pânico, a como lidar com eles no momento em que acontecerem e como ter uma vida cotidiana normal sem medo de ter um novo ataque.
Já o tratamento à base de medicamentos inclui antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, como por exemplo a Paroxetina ou citalopran. Benzodiazepinas também podem ser prescritos pelos médicos.
Os sintomas devem reduzir progressivamente em algumas semanas. Se não melhorarem, converse com seu médico. Não suspenda a medicação sem antes consultar seu médico.
Especialistas respondem:
Existe cura para a síndrome do pânico?
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Existem alimentos que possam controlar a ansiedade na síndrome do pânico?
Medicamentos para Síndrome do pânico
Os medicamentos mais usados para o tratamento dos sintomas de síndrome do pânico são:
- Alprazolam
- Alenthus XR
- Anafranil
- Apraz
- Assert
- Clomipramina
- Clonazepam
- Citalopram
- Clopam
- Diazepam
- Efexor XR
- Escitalopram
- Exodus
- Frontal
- Lexapro
- Paroxetina
- Rivotril
- Sertralina
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Convivendo (prognóstico)
Convivendo/ Prognóstico
O tratamento ajuda o paciente a se recuperar da síndrome do pânico, mas algumas medidas auxiliares podem tornar o resultado ainda melhor que o esperado. Veja alguns exemplos:
- Siga à risca o tratamento e as orientações médicas
- Faça parte de um grupo de apoio e compartilhe suas experiências sobre a síndrome do pânico
- Evite o consumo exacerbado de cafeína e bebidas alcoólicas
- Corte as drogas recreativas
- Pratique exercícios de relaxamento, como alongamentos, yoga, respiração profunda e relaxamento muscular
- Pratique exercícios físicos regularmente, principalmente atividades aeróbicas
- Vá dormir cedo e descanse. Horas regulares de sono podem ajudar a controlar o medo e ansiedade.
Especialistas respondem:
Como ajudar o parceiro que está com síndrome do pânico?
Complicações possíveis
Síndrome do pânico não tratada pode levar a complicações que podem comprometer seriamente a qualidade de vida social, profissional e de relacionamento. Entre as complicações que podem ser provocadas estão:
- Desenvolvimento de algumas fobias específicas, como agorafobia
- Pessoas com síndrome do pânico têm mais probabilidade de ficar desempregadas, ser menos produtivas no trabalho e de ter relações pessoais difíceis, inclusive problemas matrimoniais
- Depressão
- Suicídio
- Alcoolismo e abuso de drogas
- Problemas financeiros.
A dependência de medicamentos contra ansiedade é uma possível complicação do tratamento. A dependência envolve a necessidade de um medicamento para poder agir normalmente e para evitar sintomas de abstinência. Não é o mesmo que vício.
Síndrome do pânico tem cura?
Os ataques de pânico podem durar muitos anos e ser de difícil tratamento. Algumas pessoas com essa síndrome podem não se curar totalmente com o tratamento. Entretanto, a maioria das pessoas obtém grande melhora com uma combinação de medicamentos e psicoterapia.
Prevenção
Prevenção
Não há formas de prevenir a síndrome do pânico, pois as causas exatas são desconhecidas.
Referências
Revisado por: Cyro Masci, psiquiatra e Diretor da Clínica Masci, em São Paulo (CRM/SP 39126)
Associação Brasileira de Psiquiatria – entidade sem fins lucrativos, representativa dos psiquiatras no país. Defende um sistema que dê à população um atendimento de qualidade e informações necessárias à compreensão dos transtornos mentais para seus portadores e familiares.
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