Chegou-me por WhatsApp uma lista em que aparece um “Reinaldo Azevedo” como um dos beneficiários da Odebrecht. E, claro!, a canalha faz a festa. É estupefaciente. Coisa destes tempos. Ontem, e renovo o pedido agora, cobrei que a ministra Cármen Lúcia quebrasse o sigilo das delações. E justamente para evitar esse tipo de baixaria.
“Você nunca teve relações com a Odebrecht?” A empresa foi anunciante da revista e do site “Primeira Leitura”, que fechou em 2006. Desses veículos e de uma infinidade de outros. A isso se resume a minha “relação” com a empresa. Ah, sim: tudo devidamente registrado, com nota fiscal e impostos pagos.
Vai ver os interesses da Odebrecht, ao longo desses anos, se cruzavam com os meus, né? Vai ver as coisas que eu dizia sobre o governo Lula eram do interesse da empresa, e, então, ela houvesse por bem me financiar. Enquanto mantinha as relações que admite impróprias com o governo, sustentava aquele que denunciava o regime dos “petralhas”.
Faz sentido!
A lista aparece com a marca da Presidência do STF.
“Ah, mas você criticou a homologação feita por Cármen Lúcia.” Claro que sim! É ilegal! É tarefa do relator. Mas isso basta para tentar enlamear a reputação alheia: “Ah, criticou a homologação porque está na lista”.
Até parece que, não fosse a homologação de Cármen, a lista — a verdadeira — permaneceria secreta.
Mais uma tentativa de intimidação. Não é a primeira. Não será a última.
Inútil desta vez, como foi inútil nas outras.