TEATRO MUNICIPAL POTI CAVALCANTI, JÉSSICA DÉBORA OU PEDRO MIRANDA?
A construção do Teatro Municipal foi uma decisão pessoal do ex-prefeito de São Gonçalo do Amarante, RN, Poti Júnior, em 2001, início do seu segundo mandato. Tão pessoal quanto à homenagem feita a Poti Cavalcanti, seu pai.
A sua decisão de colocar o nome no Teatro Municipal Prefeito Poti Cavalcanti até hoje gera polêmica. Além de ser acusado pelos ativistas culturais são-gonçalenses de ter usado o poder do cargo para impor a sua vontade.
As obras do teatro estavam em fase de acabamento quando o vereador Teófilo Neto, incentivado pela secretária de Educação, Maria Tereza de Oliveira, sua irmã, teve a iniciativa de fazer o projeto de lei para homenagear o pedreiro, o palhaço e brincante Pedro Miranda.
Quando a notícia chegou aos ouvidos do prefeito rapidamente colocou a tropa de choque em ação. Logo o vereador Jessé Tavares de Morais sugeriu aos seus colegas o nome da professora Jéssica Débora, esta para educação do município não conheço legado de tal relevância. Mas o objetivo era dividir o movimento.
Da trincheira de Pedro a soldado Tereza e seu irmão desertaram. O terceiro suplente Geraldo Veríssimo de Oliveira assumiu por 30 dias em lugar do vereador Neto. Apesar de Veríssimo ser correligionário de Poti Júnior, desafiou o chefão e não retirou o projeto de pauta.
No momento da votação Chico Lima, saudosa memória, convenceu os ativistas culturais, entre estes, Gláucio PéduBreu, a se reunirem com ele numa sala anexa ao plenário da Câmara Municipal. Este foi o golpe mortal no movimento pró-Miranda.
Pois eles se reuniram acreditando que iriam decidir quem seria o homenageado. Enquanto isso o ex-presidente da Casa dos Bons Homens Maninho presidia a sessão que aprovou o nome do ex-prefeito Poti Cavalcanti. Logo após a votação, Geraldo foi até a sala e avisou que eles tinham sido enganados.
Ainda hoje há um abaixo-assinado com aproximadamente 200 assinaturas feito em defesa do nome de Pedro Miranda. Entretanto, quem andou publicando que os artistas vão usá-lo para retomar essa luta estão na verdade alimentando os discursos oportunistas dos políticos.