SÃO GONÇALO DO AMARANTE RN -Coteminas vai reformular projeto de R$ 1,1 bilhão
Passados quase dois anos e meio de seu lançamento, o projeto de um complexo imobiliário de R$ 1,1 bilhão da Coteminas, em São Gonçalo do Amarante, passa por reformulação e não tem data para início da obra. De acordo com o diretor da Companhia no Rio Grande do Norte, João Lima, a decisão de readequar o projeto foi tomada após a companhia tomar conhecimento, em 2013, de que Aeroporto Internacional Aluizio Alves deverá atrair investimentos dentro do conceito de aeroporto-cidade. A expectativa da companhia é de ter até dezembro deste ano a definição de um modelo de negócio para a área, mas o projeto não tem data de conclusão.
“Nós não temos urgência em fazer o projeto. Temos a consciência de fazer o melhor possível para o empreendimento, para nós, como investimento, e para a Zona Norte. Estamos escutando os envolvidos para saber o que é o melhor a se fazer”, explicou João Lima.
Com a reformulação, novas parcerias e tipos de negócio estão sendo definidos. Segundo o diretor da Coteminas no RN, uma das possíveis parcerias é para a abertura de um home center – loja de grande porte com produtos para casa. Também são novidades que poem ser incorporadas ao projeto uma faculdade, um atacado e um negócio de logística que serviria de apoio às atividades do aeroporto. João Lima não revelou quem seriam os parceiros em negociação e qual seria a participação deles nos investimentos previstos.
“Tem coisas que nós já sabemos que vão ter ali, estão definidas, mas não sabemos quem vai ser o parceiro. Não podemos dar muitos detalhes agora porque também estamos vendo como funciona esse conceito de aeroporto-cidade onde ele existe. Temos uma empresa fazendo um estudo de quais os negócios podem ser colocados para não podermos oportunidades”, afirmou João Lima.
Incluído no projeto original, um hotel com 720 apartamentos permanece no empreendimento, assim como um centro empresarial e um condomínio residencial que terá 2.500 apartamentos e capacidade para 12 mil pessoas. Com a readequação, o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) do projeto passará por adequações para dar início a um novo processo de licenciamento ambiental.
Batizado de Horizontes do Potengi, o complexo terá área construída de 40 hectares. A área total do terreno é de 123 hectares. Inicialmente, além do condomínio residencial, do centro empresarial e do hotel, que foram mantidos, a Coteminas tinha a intenção de fazer um shopping center com 300 lojas, centros de convenções e de artesanato, um parque ecológico, praça, escola e creche, posto de saúde e um clube. O diretor não garantiu que esses espaços continuem no projeto.
Produção
Para viabilizar o complexo, uma parte da área fabril da companhia, que envolve fiação e tecelagem, foi desativada e direcionada para Campina Grande. Além da mudança para a Paraíba, o fechamento das áreas culminou na saída de 520 pessoas da unidade; 364 funcionários desse grupo foram treinados e reinseridos no mercado de trabalho e outros 156 foram para a unidade de Macaíba, conforme a Coteminas. Foram mantidas em São Gonçalo apenas a tinturaria e a estamparia.
Hoje, o tecido natural fabricado em Campina Grande vai para São Gonçalo do Amarante, onde passa pelas fases de tinturaria e estamparia e segue para o beneficiamento, em Macaíba, de onde saem peças de cama, mesa e banho para todo o Brasil. Atualmente, a Coteminas conta com 700 funcionários em cada uma das fábricas mantidas no RN.
Questionado sobre números da produção no estado, João Lima explicou que não poderia falar porque a Coteminas é uma empresa de capital aberto e só o diretor de Relações com o Mercado ou o presidente poderiam divulgar os dados. A reportagem procurou o presidente da Companhia, Josué Gomes da Silva, mas ele indicou João Lima para tratar do projeto.
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