A fruta é a principal fonte de renda de 500 famílias no município, incluindo a de Haas. A diretora da Associação dos Bananicultores de Corupá, Eliane Müller, afirmou que o fenômeno prejudicou todas elas.
“Todas as localidades foram afetadas e todos os produtores perderam muita fruta. Nós temos relatos de produtores que perderam 40%, 50%, 60% e até 90% da área plantada”, afirmou.
Nesta sexta-feira, agricultores e cooperativas devem se reunir com representantes da Epagri para fazer o levantamento dos danos.
Principal exportadora de bananas no estado, Corupá estima prejuízo de até 90% na produção — Foto: NSC TV/Reprodução
Terceira crise no ano
Essa é a terceira crise que o bananicultor catarinense enfrenta neste ano. Antes do ciclone destruir as plantações, a estiagem já havia prejudicado a produção e as vendas da fruta haviam sido afetadas pela pandemia de coronavírus.
Para o diretor técnico da secretaria de Desenvolvimento Econômico de Corupá, Lucas Trevisan, o cenário pode ficar ainda mais crítico.
“A gente costuma dizer que este primeiro semestre que passou do ano de 2020, técnicos e produtores devem esquecer aqui na bananicultura. Mas ainda tem um fenômeno que é adverso para cultura da banana, que corre o risco, já pela previsão, que é a geada. Se vir a geada ainda neste mês, corre o risco ainda de secar todas as folhas dos pés de banana que sobraram aqui no município”, afirmou.
O cultivo da fruta também foi afetado em municípios do Vale do Itajaí e do Sul do estado. Em Luiz Alves, 50% das plantações de bananas também foram destruídas. O número equivale a cerca de 400 propriedades afetadas.
Muitos pés da fruta também tombaram em Jacinto Machado, e a maioria deles sequer estava pronta para a colheita. Os municípios ainda calculam o valor dos prejuízos.
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