SANTA CATARINA SC-Casa geriátrica de SC tem quinta morte de idoso com coronavírus


Uma instituição de longa permanência de idosos de Antônio Carlos, na Grande Florianópolis, registrou mais uma morte por coronavírus: Uma idosa de 83 anos é a quinta moradora a morrer com diagnóstico positivo para o Covid-19. A morte dela está entre as 52 confirmadas pelo Governo do Estado no fim de semana.

São 2.519 casos da doença, desses ao menos 28 são em lares de idosos em Antônio Carlos e também em Camboriú, no Litoral Norte. Com a saúde já mais debilitada, seis idosos que estavam nesse tipo de instituição morreram em decorrência do coronavírus no estado: Cinco no lar de repouso em Antônio Carlos e um em uma casa geriátrica de Camboriú.

A idosa que morreu na manhã de sábado (2) estava desde 11 de abril internada com Covid-19 e, assim como outros idosos que morreram com coronavírus, possuía doenças pré-existentes, segundo o Governo do Estado. Ela está entre as 11 pessoas da casa de repouso de Antônio Carlos que contraíram a doença, incluindo dois funcionários.

Prefeitura de Antonio Carlos contabiliza quatro das seis mortes em ILPIs em SC por coronavírus — Foto: Lenadro Robeto Pauli/Prefeitura de Antônio CarlosPrefeitura de Antonio Carlos contabiliza quatro das seis mortes em ILPIs em SC por coronavírus — Foto: Lenadro Robeto Pauli/Prefeitura de Antônio Carlos

Prefeitura de Antonio Carlos contabiliza quatro das seis mortes em ILPIs em SC por coronavírus — Foto: Lenadro Robeto Pauli/Prefeitura de Antônio Carlos

Há quase um mês o local não registra aumento de diagnosticados devido às medidas de isolamento e outras orientações sanitárias que vem sendo tomadas. Os novos casos que surgiram na cidade foram em outras localidades.

Mortes em ILPIs de SC

A prefeitura de Antônio Carlos contabilizava quatro das cinco mortes dos idosos da casa geriátrica, pois a primeira vítima fatal estava há menos de uma semana no local e era morador de Porto Belo, no Litoral Norte, onde a morte foi contabilizada. O homem de 86 anos foi a primeira a pessoa a morrer com Covid-19 em Santa Catarina. Após a morte dele, os idosos do lar de repouso em Antônio Carlos e os funcionários foram testados na mesma semana, e os filhos, quase um mês depois na capital.

Cinco dos idosos que morreram em ILPIs passaram pelo lar de Antônio Carlos: Além do idoso de 86 anos, morreram duas idosas de 65 e 66 anos, um idoso de 79 anos e a morte mais recente, da idosa de 83 anos.

Em Camboriú, no Litoral Norte, 17 pessoas, entre idosos e funcionários de dois asilos, também tiveram coronavírus. Um idoso morreu e outros conseguiram se recuperar, segundo a prefeitura municipal. Camboriú tem 73 casos de Covid-19, incluindo total de três mortes.

Em Antônio Carlos, além da casa geriátrica, a prefeitura contabiliza dois casos de coronavírus no Centro da cidade e de um na localidade de Rio Farias. Nesta comunidade a prefeitura ainda acompanha a situação de três pessoas que não foram testadas, mas tiveram sintomas e contato com uma pessoa que testou positivo para o Covid-19. Na cidade pelo menos nove pessoas se recuperaram da doença, segundo último boletim sobre os pacientes divulgado ainda em abril pela prefeitura.

Entenda algumas das expressões mais usadas na pandemia do covid-19

 

 

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Cuidados com as ILPIs

Mesmo com casos de coronavírus nas ILPIs, especialistas ouvidos pelo G1 orientam que as famílias evitem buscar os idosos nas casas de longa permanência durante a pandemia, pois esses locais ainda são mais seguros para eles. Isso porque na casa da família os idosos podem ter mais contato com crianças e pessoas que circulam na rua, enquanto que nas casas geriátricas a equipe toma precauções quando vai trabalhar. Além disso, às vezes a residência não tem estrutura para receber o idoso de volta.

Segundo Ivani Coradi, presidente, e Ariane Angioletti, vice-presidente do Conselho Estadual do Idoso de Santa Catarina, a preocupação com os idosos de lares de repouso é maior, pois geralmente eles já apresentam problemas de saúde. A situação das instituições vem sendo acompanhada pelo órgão.

“Culturalmente no Brasil os idosos que vão para casas geriátricas já são doentes com muitas comorbidades, já tem um perfil de saúde mais fragilizada. Essa pessoa que está institucionalizada já apresenta uma condição de saúde deficitária, um patamar de capacidade de autodefesa mais fragilizado. Eles estão mais suscetíveis. Por isso a nossa preocupação com o idoso na casa geriátrica. É claro que todo idoso é grupo de risco, mas esse idoso da casa geriátrica a gente entende que está um passo à frente com relação a uma saúde mais debilitada”, detalha Ariane, advogada e integrante do Conselho do Idoso..

Enquanto isso, essas instituições precisam redobrar os cuidados com os idosos acolhidos, suspendendo as visitas, tendo uma equipe multidisciplinar para atendê-los, além do uso de máscaras por todos, especialmente os funcionários, que também precisam usar luvas e aventais descartáveis. A orientação é que as casas busquem meios para que os idosos mantenham contatos com suas famílias.

“No caso dos idosos que estão em início demencial, por exemplo, a ausência da família pode acelerar o processo”, detalha Ariane.

Doações

Idosos estão no grupo de risco e precisam de cuidados especiais — Foto: Diorgenes Pandini/NSCIdosos estão no grupo de risco e precisam de cuidados especiais — Foto: Diorgenes Pandini/NSC

Idosos estão no grupo de risco e precisam de cuidados especiais — Foto: Diorgenes Pandini/NSC

A atenção deve ser ainda maior quando há casos de coronavírus confirmados nessas casas, sendo necessário manter os pacientes em quartos separados dos demais. A limpeza desses lares também foi intensificada com mais uso de álcool e água sanitária, por exemplo.

Cerca de 100 casas geriátricas em Santa Catarina estão contando com doações para se manterem durante a pandemia do novo coronavírus, incluindo o lar de repouso em Antônio Carlos. Em muitas das ILPIs os funcionários estão fazendo plantão de 15 dias para evitar circular fora dos lares e diminuir, assim, o risco de levar o coronavírus para o local.

Com os cuidados redobrados que precisam ser tomados com as pessoas do grupo de risco, essas instituições de longa permanência de idosos (ILPIs) aumentaram muito as despesas, especialmente as que tiveram confirmações da doença, e precisam de auxílio com equipamentos de proteção individual (EPIs), álcool, materiais de limpeza e higiene, fraldas e alimentos.

As doações podem ser feitas diretamente às instituições. No site do Conselho Estadual do Idoso estão os endereço das casas, o contato e o que cada uma está precisando. Veja aqui a relação por município em ordem alfabética.

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