RN tem queda em petróleo e gás-ALTO DO RODRIGUES -PENDÊNCIAS-MACAU-GUAMARÉ-CARNAUBAIS-ASSU-RN
Editora e Repórter
A produção nacional de petróleo e gás bateu recorde em maio, com 2,721 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), um crescimento de 10,4% sobre maio do ano passado e de 2% em relação a abril deste ano. No Rio Grande do Norte, porém, não há motivos para comemorar. O estado registra queda de 1,36% em relação ao mesmo período do ano passado e amarga o terceiro pior desempenho entre os 10 estados produtores no Brasil. Também sofreram recuo a Bahia (-5,60%) e o Ceará (-20,58%).
Os números foram divulgados ontem pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e revelam perda de força no RN principalmente na produção de gás.
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De acordo com os dados, o volume de gás cai de forma contínua desde janeiro deste ano, quando alcançava 1,46 milhão de metros cúbicos por dia. Em maio, essa produção ficou em 1,35 milhão de metros cúbicos/dia – uma queda de 1,45% sobre maio de 2013 e de 15,80% em relação a maio de 2012.
Com o resultado, a participação do Rio Grande do Norte na produção nacional de gás foi de 2,4% em 2012 para 1,6% em maio de 2014. A fatia do estado na produção de petróleo também encolheu.
No caso do petróleo, a produção recuou 1,35% entre maio do ano passado e maio deste ano, passando de 58.251 barris por dia para 57.462 barris. Em relação a maio de 2012 a queda foi de 5,05%. Com essa redução, a participação potiguar no total do país passou de 3,0% em maio de 2012 para 2,6% neste ano.
Produção
O levantamento da ANP não especifica se o mau desempenho ocorre em terra, no mar ou em ambos, mas segundo o coordenador geral do Sindicado dos Petroleiros do RN (Sindipetro RN), José Araújo, o problema está em terra e é decorrente principalmente da falta de investimentos na busca de petróleo novo.
A Petrobras, maior produtora no segmento, foi procurada no final da tarde de ontem para comentar os números, mas não dispunha de porta-voz em função do horário e se comprometeu a responder aos questionamentos – que recebeu por e-mail, da reportagem – ainda esta semana.
Em dezembro, a estatal confirmou a primeira descoberta de óleo em águas profundas no Rio Grande do Norte. Ainda não foi detalhado como a descoberta vai influenciar a produção. Mas especialistas ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE em dezembro avaliaram que possíveis reflexos vão demorar de três a cinco anos.
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