Na vida cristã temos diversas ordens divinas a serem cumpridas. Entre os princípios divinos está o princípio do amor. O amor não é apenas um sentimento qualquer, mas um mandamento divino que deve ser observado por todos os homens e mulheres, jovens e crianças de todo o planeta. Para solidificar ainda mais estas verdades podemos meditar num texto maravilhoso, escrito na Bíblia Sagrada. Quando Jesus foi interrogado por um certo fariseu acerca do maior mandamento, respondeu com as seguintes palavras:
“Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas” (Mt 22.37-40).
Nas palavras de Jesus, percebemos que a ênfase dos dois mandamentos cruciais da lei de Deus estão firmados na necessidade de amar. O primeiro grande mandamento, como percebemos, diz respeito ao amar a Deus, o nosso criador; o segundo, por sua vez, diz respeito ao amor a todas as criaturas humanas de Deus. Não anulamos a importância do primeiro grande mandamento, mas nos deteremos em estudar o segundo grande mandamento: Amar ao próximo, o amor fraternal.
O amor ao próximo deve seguir um modelo fácil de ser entendido: “… como a ti mesmo”. Quando nos deparamos com esta afirmação da parte do próprio Deus, entendemos porque Jesus ensinou os seus discípulos a amarem até mesmo os seus inimigos (Mt 5.44). Se nos colocarmos no lugar de cada pessoa à nossa volta, entenderemos a importância do amor. Ponha-se no lugar do mendigo que pede esmolas e perceba a importância que existe em um gesto amoroso. Ponha-se no lugar do alcoólatra que não consegue se libertar do vício, e aprenda como é importante ter um ombro amigo para chorar. Ponha-se no lugar das miseráveis prostituas que vendem o corpo, e logo entenda que uma palavra amorosa de esperança pode mudar um coração. Ponha-se no lugar do próximo e entenda que ninguém deseja viver sem o carinho e o amor dos outros.
Por que Cristo nos amou?
As Santas Escrituras nos dão conta da atitude amorosa de Cristo para com as nossas vidas:
“Antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que a sua hora de passar deste mundo para o Pai já havia chegado, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13.1) [grifo do autor].
“Como o Pai me amor, também eu vos amei. Permanecei no meu amor. O meu mandamento é este: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a própria vida pelos seus amigos” (Jo 15.9,12,13) [grifo do autor].
Jesus, durante toda a sua eternidade, nos mostra um exemplo brilhante de amor. O seu amor é incomparável e incondicional. Os manuscritos originais das Escrituras utilizam o termo grego “ágape” para se referirem ao amor de Deus, e somente ao amor de Deus. O amor ágape não depende de qualquer atração física, ligação familiar, troca ou condicionamento. Ele é incondicional porque provém de Deus, que nos ama sem fazer acepção de pessoas (Rm 2.11).
Diante de todas estas afirmações , vem a seguinte pergunta: “Mas por que Cristo nos amou?”. Certamente Jesus tem muitas razões para nos odiar. Entre elas citamos as seguintes:
1. A Bíblia diz que Jesus veio inicialmente para o seu povo, o povo judeu, e os judeus o rejeitaram (Jo 1.11);
2. Os discípulos que o seguiam eram imperfeitos e cheios de mazelas humanas: Tomé só cria quando via (Jo 20.25); Pedro o negou três vezes (Jo 18.17,25,27); Tiago e João eram sem misericórdia para com os outros (Lc 9.54) e Judas Iscariotes o traiu no momento mais difícil (Lc 22.1-6);
Jesus nos ama porque o seu amor é incondicional. Ele quer nos amar ainda que não o amemos.
POR QUE AMAR O PRÓXIMO
Se precisamos de razões para amar o próximo, a Bíblia nos aponta diversas. Analisemos algumas destas razões:
Devemos amar o próximo porque é instrução de Deus
“Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que voz escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que voz ameis uns aos outros” (1Ts 4.9).
Deus não nos criou para vivermos em contendas nem para tirarmos a vida do nosso próximo. Os propósitos especiais de Deus para a vida do homem abrangem também a paz entre ambas as pessoas de todos os gêneros, cores, condições sociais, etc. Para aqueles que são crentes, amar o próximo se constitui um princípio de obediência às ordens divinas, pois não é mandamento dos homens.
Devemos amar o próximo porque o amor é a marca do discípulo de Cristo
Jesus veio a esta terra semeando o amor aos corações quebrantados que o escutavam. Era comum nos dias do seu ministério terreno encontra-lo demonstrando a sua compaixão pelas pessoas. Com muito amor ele ajudava os necessitados e menos favorecidos. Importava-se com os transgressores das leis divinas e ensinava-lhes o caminho da salvação. Todas as provas imagináveis de amor encontramos em Jesus Cristo, o Filho de Deus. Assim sendo, o que devemos esperar daqueles que são discípulos do Jesus amoroso apresentado nas Escrituras? Para que sejamos reconhecidos como discípulos de Cristo precisamos praticar o exercício do amor:
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35)
Devemos amar o próximo, porque aquele que não ama demonstra falta de amor a Deus
“Se alguém disser: Eu amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso. Pois aquele que não ama a seu irmão, a quem viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento, que quem ama a Deus, ame também a seu irmão” (1Jo 4.20,21).
Temos, certamente, muitas pessoas ao nosso redor que poder ser alvos do nosso amor. Não é à toa que estas pessoas estão próximas a nós. Nos versículos supra-citados, entendemos claramente que aquele que ama a Deus com amor verdadeiro não terá dificuldades em amar o seu próximo. Querido leitor, quando os seus olhos contemplarem alguém carente de ajuda, lembre-se que os olhos de Deus também estão te contemplando e esperando uma atitude amorosa da sua parte.
CONCLUSÃO
A palavra da vida nos impulsiona a amarmos até mesmo os nossos inimigos mais ferrenhos. Com a graça de Deus e a ajuda do Espírito Santo, sempre será possível estendermos a nossa mão para socorrermos os nossos irmãos. Que o amor incomparável de Deus inunde o seu coração e que o Espírito divino te ensine a amar mais e mais.
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