REFLEXÃO; A ARMADURA DE DEUS (Ef 6.10-20)
INTRODUÇÃO
lutar nessa guerra, não são armas carnais, porque a luta é espiritual, nossa luta não é contra seres humanos, mas contra Satanás.
I – UMA ARMADURA COMPLETA.
A armadura à disposição do crente tem seis peças principais: O cinto, a couraça, as sandálias, o escudo, o capacete e a espada. A armadura é de Deus (Is 59.17), mas hoje Ele possibilita que nos revistamos dela, a fim de estarmos devidamente equipados. É uma armadura perfeitamente adequada para a luta. Nenhuma de suas peças são dispensáveis. Paulo insiste: “Tomai toda armadura de Deus” (Ef 6.13).
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O Cinto da Verdade
- O cinto do soldado antigo envolvia a sua cintura e servia para prender a túnica e segurar a espada. O cinto do soldado cristão é a “verdade”, isto é, a sinceridade ou integridade.
- Deus requer que sempre falemos a verdade (Ef 4.25). Nada de hipocrisia, insinceridade, ou fingimentos.
- Precisamos “andar na verdade”, orientar nossa conduta pela verdade (2 Jo 4). Caso contrário, estaremos fazendo o jogo do Diabo e não poderemos vence-lo.
- A Couraça da Justiça
- O soldado antigo dispunha de uma couraça que protegia todas as suas partes vitais. Era a principal peça da armadura. A couraça do cristão é a “justiça” de Deus; a justiça que Deus a ele atribui.
- A justiça que temos em Cristo é nossa proteção contra as acusações de Satanás (Rm 8.1,33). Mas a couraça da justiça pode ter também o sentido de justiça de caráter e de conduta que se exige do cristão (Ef 4.24).
- Em todas as coisas, grandes e pequenas, o crente em Cristo precisa agir com justiça. E se ocorrer de vir a pecar, esta justiça pode lhe ser aplicada mediante o arrependimento e confissão (1 Jo 1.9).
- O soldado antigo calçava sandálias que eram feitas de couro, tinham cravos na sola, eram presas nos calcanhares e nas canelas tinham tiras que subiam nas pernas.
- Serviam para equipa-lo para as marchas e evitavam que os pés deslizassem. As sandálias do cristão são a “preparação do evangelho da paz”. Podemos aplicar este termo em dois sentidos:
- A prontidão para anunciar o evangelho da paz.
- A experiência da paz.
- O escudo da fé.
- O escudo do soldado antigo lhe servia para aparar as flechas que eram lançadas pelo exército inimigo. O escudo do cristão é fé. Com este escudo ele pode aparar todos os mísseis incendiários, os dardos inflamados que o Diabo lança contra o exército de Cristo.
- Os dardos podem ser de várias espécies, podem ser as acusações maliciosas, as insinuações da impureza e da malícia, os indesejados pensamentos de dúvidas, de desobediência, de rebeldia e de medo.
- Precisamos do escudo da fé que nos habilita a confiar plenamente em Deus e a descansar na Sua fidelidade.
- O capacete é a proteção para a cabeça. O do soldado antigo era feito de bronze ou de ferro, forrado com material que o tornava confortável à cabeça.
- O capacete do soldado cristão é a salvação. Ele o usa no sentido de que possui a salvação, que já lhe está garantida.
- A salvação é sua possessão eterna. Tendo este conhecimento, o soldado cristão enfrenta confiante o inimigo (1 Ts 5.8). A certeza da vida eterna alimenta sua confiança na luta diária com o inimigo.
- A espada do espírito.
- A espada é a única arma ofensiva do cristão. Cinco peças da armadura para a defesa, e só uma para o ataque. Isto pode significar que antes de responder aos golpes de Satanás, temos que saber nos defender dele.
- A espada do soldado cristão é a Palavra de Deus (Hb 4.12). É a revelação escrita de Deus dada aos homens por inspiração do Espírito Santo (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21).
- Munidos dela, o cristão pode derrotar o inimigo, como Jesus o fez (Mt 4.4,7,10), e também consegue se livrar das impurezas que querem invadir sua alma, porque a Palavra santifica (Ef 5.26).
- Mas para manejar bem esta arma é preciso treinar. O treinamento se dá mediante a leitura, meditação e estudo da Bíblia Sagrada (2 Tm 2.15).
II – O SEGREDO DA VITÓRIA.
Depois de descrever a armadura, o apóstolo Paulo acrescenta a necessidade da oração e dá a entender que devemos vestir cada peça com oração, e então continuar ainda em toda oração e súplica.
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Uma oração constante.
- Orando em todo o tempo (1 Ts 5.17), isso significa que devemos nos manter o máximo possível sintonizado com o Senhor.
- Precisamos aprender a reservar tempo para nos dedicar a oração e saber da necessidade de se buscar o Senhor nas diversas situações da vida, colocando tudo sob Sua orientação e vontade.
- Devemos cobrir todas as esferas da nossa vida pela oração, a fim de que Satanás não obtenha vantagem em nenhum de seus ataques.
- Orar no Espírito.
- Orar no Espírito é dirigir-nos a Deus na dependência do Espírito Santo, contando com o Seu auxílio (Rm 8.26). Pelo fato de não sabermos orar como convém, o Espírito Santo que conhece a mente do Senhor, interpreta diante dEle as nossas orações.
- Há orações carnais, à moda daquela do fariseu (Lc 18.11,12), que são feitas sem nenhuma dependência do Espírito Santo, e há orações espirituais, mesmo estas precisam da assistência do Espírito Santo.
- Satanás tenta induzir o cristão à arrogância espiritual manifestada nas orações, por isso a ordem é para orarmos no Espírito (Jd 20).
- Orar com perseverança.
- A perseverança é essencial, pois o inimigo está disposto a nos desanimar; aproveitando-se do nosso cansaço físico, das preocupações, do trabalho e das dúvidas, e agindo para nos fazer desistir de orar. Jesus nos ensina a orar sempre e nunca esmorecer (Lc 18.1).
- Nossas necessidades leva-nos à prática da oração egoísta, mas outros também estão necessitados e as vezes muito mais do que nós mesmos, estamos todos juntos nesta batalha, carecendo de forças para lutar.
- A nossa união em Cristo é tão real que se um membro sofre, todos sofrem com ele. A vitória total da Igreja de Cristo depende da vitória individual de cada crente.
- A Cada dia devemos suplicar por toda Igreja, para que seja fortalecida e dinamizada para a luta contra o mal.
- Orar pelos missionários.
- O apóstolo Paulo pede oração por ele, porque era suficientemente sábio para saber da sua própria necessidade de força para ficar firme contra o inimigo, e era também suficientemente humilde para pedir que seus amigos orassem com ele e por ele.
- Com isso aprendemos da necessidade de orar pelos missionários. Eles, como o apóstolo Paulo, estão motivados a pregar o Evangelho e precisam que peçamos a Deus que lhes dê sabedoria e ousadia.
- O apóstolo Paulo embora estivesse preso não pediu que orasse por sua libertação, mas que intercedesse pelo grande ministério que ainda lhe cabia.
CONCLUSÃO
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