RECIFE-PE-Ameaças a alunos de escola estadual no Recife deixam pais e estudantes assustados; polícia investiga o caso



Alunos de escola de referência são ameaçados pelas redes sociais

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Alunos de escola de referência são ameaçados pelas redes sociais

Ameaças postadas em uma rede social sobre um possível massacre na Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Professor Trajano de Mendonça, no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife, têm deixado estudantes e pais de alunos assustados desde quinta-feira (28). No dia seguinte, vários estudantes faltaram às aulas e o motivo seria o medo do que poderia acontecer no local (veja vídeo acima).

A técnica de enfermagem Aldenize Rodrigues, que é mãe de uma aluna que estuda há três anos nessa escola, ficou muito apreensiva com essa situação e foi até a unidade de ensino na segunda-feira (3) para saber que medidas seriam adotadas pela direção.

Erem Trajano de Mendonça fica no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife — Foto: Reprodução/TV Globo

Erem Trajano de Mendonça fica no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife — Foto: Reprodução/TV Globo

“Eu nunca tive problema algum na escola. E a gente fica [com medo] porque a gente não sabe até que ponto é verdade. Disse que a pessoa se redimiu na sexta-feira pela internet dizendo que era uma brincadeira, mas ninguém sabe até que ponto é essa brincadeira”, afirmou Aldenize.

Aldenize ainda relatou que, segundo a escola, a Secretaria de Educação de Pernambuco soube das ameaças e aguardava a resposta de uma queixa feita à Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil (confira, mais abaixo, resposta do governo estadual).

Mãe de uma aluna da escola, Aldenize Rodrigues ficou apreensiva e resolveu buscar respostas na unidade de ensino — Foto: Reprodução/TV Globo

Mãe de uma aluna da escola, Aldenize Rodrigues ficou apreensiva e resolveu buscar respostas na unidade de ensino — Foto: Reprodução/TV Globo

De acordo com o delegado do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente, Fábio Rabelo, o autor das ameaças está sujeito às penalidades contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“A gente tem essa percepção que o adolescente está retornando para a escola em um momento conturbado, mas a gente tem o dever de alertar que pode se tratar de um ato infracional, e não de uma brincadeira”, declarou Fábio.

Segundo estudantes, após a repercussão das ameaças, o perfil anônimo teria publicado uma postagem com um pedido de desculpas — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo estudantes, após a repercussão das ameaças, o perfil anônimo teria publicado uma postagem com um pedido de desculpas — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo estudantes procurados pela TV Globo, o conteúdo das mensagens postadas era de ameaça. Um perfil anônimo no Instagram anunciava que um massacre ocorreria na escola em algum momento do mês de maio.

Logo após a repercussão da postagem, alunos disseram que o perfil teria mudado de nome e publicado, em seguida, um pedido de desculpas.

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“Dizendo que era só para dar uma susto em quem merecia, em quem fazia bullying na escola, e não era para repercutir como repercutiu para os pais. Eu fiquei sabendo aqui: teve um monte de pai de aluno que vieram buscar os alunos porque estavam com medo”, contou o estudante Felipe Fiel.

De acordo com outro estudante, que não foi identificado, após a queixa na delegacia, a polícia enviou uma viatura para a unidade de ensino, mas os policiais não permaneceram no local por muito tempo.

Resposta do governo

 

Por meio de nota, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco afirmou que, após ficar sabendo das ameaças a estudantes na internet, a gestão escolar prestou um boletim de ocorrência.

“Desde então, a Polícia Civil e o Conselho Tutelar da região estão acompanhando o caso de ameaças, por meio de redes sociais. As aulas da unidade de ensino seguem acontecendo normalmente”, disse o governo de Pernambuco, no texto.

Ainda no comunicado, a secretaria recomendou que “casos como estes sejam denunciados imediatamente para a direção escolar”. Além disso, citou medidas implementadas em “todas as escolas da rede pública” estadual de ensino.

Entre elas, estão “ações e projetos de prevenção e conflitos, enfrentamento à violência, bom relacionamento, respeito e cultura de paz, além de ter uma proposta pedagógica pautada em uma filosofia de valores, tais quais respeito às diferenças, bom convívio e diálogo”.

Outro caso

 

Escola Estadual Francisco de Paula Correia de Araújo fica no bairro do Timbi, em Camaragibe — Foto: Reprodução/Google Street View

Escola Estadual Francisco de Paula Correia de Araújo fica no bairro do Timbi, em Camaragibe — Foto: Reprodução/Google Street View

No dia 18 de abril, a Polícia Militar foi acionada após alunos e funcionários da Escola Estadual Francisco de Paula Correia de Araújo, no bairro do Timbi, em Camaragibe, no Grande Recifereceberem ameaças. As mensagens foram postagens anônimas em uma página na internet e em um grupo de WhatsApp.

A mãe de uma aluna da escola que não quis se identificar e conversou com o g1, no dia 19 de abril, contou que o clima no local era de tensão e medo. Diante desse cenário, a diretora da escola enviou um comunicado aos pais e responsáveis pelos estudantes.

Na mensagem enviada às famílias dos alunos, a gestora da escola afirmou que o caso é investigado pela Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil.

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