Blog do Levany Júnior

PENDÊNCIAS RN-Nordeste: Energia eólica veio para ficar?

Como o Nordeste virou principal polo da energia eólica no Brasil

Por Rafael Barifouse e Mariana Schreiber

Da BBC Brasil

Em menos de uma década, o Brasil passou de um país nulo em energia eólica para se tornar o 10º maior produtor do mundo – e, no centro desta mudança, a região Nordeste é protagonista.

Até 2006, a geração de eletricidade a partir do vento era inexpressiva no Brasil. Isso havia começado a mudar antes, em 2002, com o lançamento de um programa de incentivo a fontes de energia renovável pelo governo federal.

E ganhou força a partir de 2009, quando passaram a ocorrer leilões para a criação de usinas e a contratação do fornecimento desse tipo de energia, como o que foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta sexta-feira (saiba mais no quadro ao lado).

Mas a geração de energia eólica é alvo de críticos que veem prejuízos ambientais e privatização de áreas comunitárias para a criação dos parques. Além disso, ainda há dificuldades na transmissão energética.

Há hoje no país 322 usinas, com capacidade de produção de 8,12 gigawatts, o equivalente à usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, a segunda maior em operação no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Essa fonte de energia responde atualmente por 5,8% da matriz nacional e abastece 6 milhões de residências.

De acordo com o Conselho Global de Energia Eólica, o Brasil tem a 10ª maior capacidade de geração do mundo e, em 2014, foi o quarto que mais ampliou esse potencial, atrás de China, Alemanha e Estados Unidos.

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Vídeos

Uma viagem no rastro dos ventos da Serra Geral na Bahia poderia sugerir aventura, não fossem também rastros de devastação deixados pelos Parques Eólicos. Este vídeo-documentário faz esta viagem e revela o lado sujo da energia gerada dos ventos, decantada pela propaganda de governos e empresas como “energia limpa”. As enormes torres, suas pás e aerogeradores, centenas já erguidas, ocupam grandes áreas e impactam negativamente natureza e comunidades humanas. Mas, são altamente lucrativas. Sua implantação não tem sido muito diferente de outros grandes projetos de energia como as hidrelétricas. Infraestrutura e tecnologia avançada para a aceleração do crescimento econômico não se justificam sem desenvolvimento humano e respeito verdadeiro aos direitos humanos, sociais, culturais e ambientais, como requer o século XXI. Parece ser esta uma das conclusões a que leva este vídeo. Mas, não precisava ser assim…” – Ruben Siqueira (CPT Bahia)
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