Pendências RN; Litoral nordestino vira principal rota do narcotráfico colombiano
O litoral brasileiro, principalmente o nordestino, virou rota dos grandes traficantes colombianos que querem transportar cocaína para a Europa. A afirmação foi do superintendente da Polícia Federal (PE) em Pernambuco, Marcello Cordeiro Diniz. Segundo ele, o entorpecente não fica no Brasil porque os valores pagos pelo mercado europeu são muito maiores. O esquema trabalha com carregamentos volumosos como o que foi descoberto na abordagem ao veleiro Rody. A embarcação era conduzida pelo mecânico holandês Raymond Knobbe, 48 anos, preso em flagrante no Arquipélago de Fernando de Noronha no dia 1º deste mês. No total, 631 quilos de cocaína foram encontrados no interior da embarcação.
“Isso corresponde a um fato inédito no Estado de Pernambuco. É a maior apreensão desse tipo de droga aqui”, revelou Diniz. O superintendente acredita que não haja mais droga escondida no veleiro, mas a PF fará nova verificação no barco. Ao término do processo, a embarcação deve ser leiloada e a renda revertida para programas antidrogas. A suspeita sobre a viagem de Raymond Knobbe foi lançada pela Agência Nacional de Crimes da Grã-Bretanha (NCA). Antes de seguir para Noronha, onde foi preso, o holandês parou no Recife. A movimentação dele na Capital foi monitorada pela PF, mas não foram dados detalhes de quanto tempo ele ficou na Cidade, nem seus passos. Questionado sobre há quanto tempo o estrangeiro estava circulando pelo litoral brasileiro ou sobre a parada em outras cidades da costa, o superintendente preferiu não antecipar informações. “Os locais ainda estão sendo verificados. Estamos trocando informações com outras agências policiais, inclusive estrangeiras. Vamos levantar mais dados que possam dar um contexto mais amplo de tudo que aconteceu realmente”, justificou.
O momento escolhido para a abordagem ao barco foi quando o estrangeiro já se preparava para deixar o País. O destino final possivelmente era a Europa, mas se cogita que ele entregaria parte dos tabletes na África também. A maioria dos pacotes de coca encontrados com o holandês trazia um emblema de escorpião, mas havia outros com a imagem de um grande A. A investigação vai buscar, por meio das marcas, conhecer a origem da droga, mas é quase certo que elas pertençam a cartéis do narcotráfico colombiano.
“A partir do momento que a perícia fizer esse levantamento, o laudo vai entrar no nosso banco de dados e vamos po – der ter mais detalhes de onde estaria vindo a droga. Tudo indica que venham mesmo da Colômbia”, disse. Também está sendo apurado se a carga era de um ou mais cartéis.
Fonte: Terra
Descubra mais sobre Blog do Levany Júnior
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Comentários com Facebook