Além do abastecimento do mercado interno, o setor ceramista tem hoje cerca de 186 empresas em funcionamento e produz o suficiente para atender toda a demanda da construção civil local, como também fornece produtos a outros estado do Nordeste.
Leia a entrevista na íntegra.
1 – Como está a indústria ceramistas no RN?
Nossos produtos sempre foram bastante conhecidos pelo alto padrão da matéria prima extraída no estado (argila). Atualmente, a indústria cerâmica do Rio Grande do Norte vive um momento diferenciado, em que a busca pela qualificação e modernização é uma meta perseguida com dedicação e persistência pelas empresas. Nos últimos meses, cinco fábricas receberam a aprovação e certificação no Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), do governo federal, por meio do Programa Setorial de Qualidade das Indústrias de Cerâmica Vermelha (PSQ). O PSQ é desenvolvido pela Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer) e cobra adequações na fabricação e comercialização de produtos, em busca da segurança e conforto nas construções. Não é uma missão simples, mas, com muito trabalho, estamos colhendo o resultado de alcançar todas as adequações exigidas pelos órgãos reguladores.
2- Qual a atuação do sindicato atualmente? Apoio e diálogo entre as empresas e o poder público?
O sindicato, que tem como papel principal a defesa dos interesses do setor, tem buscado atuar, principalmente, na consolidação de suas empresas, estimulando a regulamentação no âmbito trabalhista, tributário, ambiental e produtivo. Isso é feito através de um diálogo permanente com os órgãos reguladores e também por meio de parcerias técnicas com instituições e entidades, como a Anicer, UFRN, SEBRAE/RN UFRN, SEBRAE/RN, FIERN, SENAI/RN, SESI/RN e IEL/RN. Com o intuito de levar cada vez mais informações para as empresas, mostrando as vantagens da busca pela qualificação de produtos e de funcionar dentro da legalidade.
3 – A indústria ceramista já foi considerada fonte de geração de emprego e renda no RN. Qual a atual situação do setor?
Continuamos como uma das principais fontes de geração de empregos e renda no estado, pois geramos empregos em mais de 50 cidades no interior, sendo, em muitos casos, a única indústria da cidade. O setor é responsável pela geração de aproximadamente 15 mil empregos diretos no RN, sem falar nos indiretos. Hoje, com cerca de 186 empresas em funcionamento, a indústria cerâmica produz o suficiente para atender toda a demanda da construção civil local, como também fornece produtos a outros estado do Nordeste.
4- O Seridó já foi celeiro de muitas empresas ceramistas e depois, as regiões Oeste e Vale do Açu despontaram para o setor. Onde estão a maior quantidade de empresas do setor?
A maioria das empresas está localizada na região do seridó, é de lá que sai a maior parte dos produtos distribuídos dentro e fora do RN. Temos três grandes polos de produção: polo Parelhas- Carnaúbas dos Dantas, polo Vale do Açu e polo São Gonçalo.
5- Qual a prioridade do sindicato para o próximo ano?
Incrementar ainda mais as ofertas de cursos em formação de mão de obra e de gestão e continuar oferecendo conhecimento em ações de melhoria do processo produto e de comercialização. Objetivo também fortalecido através da promoção de palestras técnicas para o setor e do estímulo à participação dos empresários em encontros nacionais e regionais. Outra meta é ampliar a interação com os associados através dos nossos canais de comunicação (redes sociais, boletins semanais, telefone e revista bimestral).