A Casa Civil da Presidência da República anunciou o cancelamento de portaria do Ministério do Meio Ambiente que proibia a captura e pesca de cerca de 4.500 espécies de peixes e crustáceos. A portaria estava pronta para ser publicada e incluía as novas espécies entre os animais ameaçados de extinção sob a proteção do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio).

Ao tomar conhecimento da suspensão da portaria do Ministério do Meio Ambiente, o líder dos pescadores, Abraão Lincoln, agradeceu ao deputado Henrique Alves o apoio ao pleito dos pescadores e empresários do setor. Entre as espécies que entrariam na lista, com proibição de captura e pesca, algumas delas por tempo indeterminado, estavam: o pargo; a lagosta; e o caranguejo, de um total de 300 tipos de peixes e crustáceos com alto valor comercial, inclusive de água doce.

Henrique Alves conversou com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ponderando os riscos de desemprego em massa, inclusive na área turística. O deputado fez o apelo depois de se reunir na última terça-feira (4) com uma delegação de pescadores e empresários do setor pesqueiro, liderados pelos presidentes da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores, Abraão Lincoln, e do Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura, Armando Burle.

Eles alertaram o presidente da Câmara dos Deputados para a ameaça que a portaria representava para o setor, que gera 6 milhões de empregos na pesca artesanal, aquicultura e indústria pesqueira. O ministro da Aquicultura e Pesca, Eduardo Lopes, também participou do encontro e manifestou a mesma preocupação dos líderes dos trabalhadores e dos empresários do setor.