PENDENCIAS RN-Helena Chagas: No jogo do mata-mata, impeachment não é passeio
Por Helena Chagas
Entramos na fase do tudo ou nada, matar ou morrer. O Planalto desistiu de manter as aparências. Dilma Rousseff defende Lula abertamente, o novo ministro da Justiça assumiu com um discurso duro de autoridade em cima da PF e deve substituir o diretor Leandro Daiello. O juiz Sérgio Moro abandonou a postura de magistrado e agora é, claramente, parte na disputa política. Quer derrubar o governo e varrer o PT da cena.
Nesse quadro, o impeachment é hoje a possibilidade mais provável, não ainda uma certeza absoluta. Vivemos sob a espada do imponderável, num ambiente de alta volatilidade. Mas as chances de afastamento da presidente pelo Congresso são maiores do que as de sua permanência na cargo.
Uma coisa é certa: o impeachment não será um passeio. Se houve algum recado nas manifestações pro-governo desta sexta-feira é o de que a situação vivida hoje é muito diferente do que foi o impeachment de Fernando Collor – um outsider da política, sem base social nem partidária.
O PT e seus movimentos sociais irão para a rua e vão fazer barulho. Ainda que minoritários diante das multidões de domingo, podem atrapalhar e atrasar o rito que muita gente pensa que será célere. Mais: na oposição, também vão dificultar muito a vida do futuro governo Temer.
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