Por Rui Daher
da CartaCapital
A Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul (um país como sabemos), vinculada a falido governo estadual, concluiu que em 2015 o agronegócio brasileiro teve uma perda líquida de 46,1 mil vagas em trabalhos formais, incluídos os segmentos antes, dentro e depois da porteira.
Foram usadas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), recolhidas do Ministério do Trabalho, que as compila desde 2007.
O ano passado revelou-se o pior da série, com uma perda de 1,1% sobre o total de 4,2 milhões de empregos formais.
A estratificação do emprego na atividade mostra o seguinte perfil: 6,1% antes (insumos, máquinas e implementos), 35,5% dentro (agropecuária e pesca), e 58,4% fora (alimentos, fumo, têxteis, couro, madeira, celulose e papel, biocombustíveis).
O primeiro segmento é de capital intensivo, altos investimentos, concentrado e constituído, na maioria, por empresas estrangeiras.
O terceiro, bastante diversificado, é o mais intensivo, tanto em capital como força de trabalho. Daí ser o mais representativo.
Resta-nos os campesinos, caboclos, sertanejos e ruralistas, em faixa enganosamente intermediária, quando assim classificados.