PENDÊNCIAS RN-“É verdade que são poucos os que se salvam?”
A primeira preocupação daqueles que se encontram com Jesus no caminho, é a própria salvação. “É verdade que são poucos os que se salvam?” (LC 13,23). Por trás dessa pergunta está a preocupação: E eu… vou me salvar? O que preciso fazer para me salvar?
Jesus enxerga além das palavras ditas, ele vê a intenção que está por trás delas e percebe a ânsia de quem faz a pergunta. Por isso sua resposta atinge o âmago da questão: todos desejam ser salvos, mas a salvação exige mais do que apenas seguir Jesus, ouvir seus ensinamentos ou sentar para comer com Ele. A salvação exige uma ação em favor da justiça, a salvação vai alcançar primeiro aqueles que vivem a justiça e o amor ao próximo, mesmo que esses sejam os últimos a conhecer Jesus.
- Primeira questão: O que o texto diz?
O texto nos mostra que para Deus e para a nossa salvação, o que importa verdadeiramente é a prática da justiça. Se formos instruídos por Jesus, se participarmos da mesa eucarística, isso só terá valor se for aliado à prática da justiça. A salvação é para todos, essa é a vontade de Deus, mas a passagem será dada primeiro a quem vive a justiça.
- Segunda questão: O que o texto me diz?
A verdadeira justiça, aquela que faz com que todos sejam irmãos e irmãs, essa é vontade de Deus para a humanidade. Deus não quer que se fique apenas a contemplá-lo, mas que essa contemplação leve as pessoas a uma verdadeira conversão, demonstrada em ações concretas de solidariedade para com os mais pobres, marginalizados e excluídos. Esse será o parâmetro para ser o primeiro a alcançar a salvação.
- Terceira Pergunta:O que Deus diz no texto?
Todos são chamados à salvação, de todos os cantos do mundo. Deus não faz discriminação de povo, raça, cor, e nem mesmo de religião. Porém, a chave que abre as portas do céu é a prática da justiça e do amor ao próximo, que passa pela compaixão que leva a ações de solidariedade para com aqueles que a sociedade deixa de fora. A chave está nas ações que transformam o mundo e ajudam a construir o Reino.
Hoje, nos colocamos diante de Deus e proclamamos que Jesus é o Senhor, ouvimos sua Palavra, seus ensinamentos, erguemos os braços e o louvamos em nossas Igrejas, participando do banquete eucarístico que Ele nos prepara. Mas, se isso não nos levar ao encontro com nossos irmãos e com suas necessidades de justiça, se não nos fizer lutar ao lado deles para que tenham vida digna, estaremos nos distanciando do caminho da salvação.
De nada adianta correr atrás de Jesus, para sermos os primeiros a chegar até Ele, se pelo caminho ignorarmos aqueles que estão caídos, e pior ainda, se formos nós, no afoito de alcançar Jesus, os responsáveis pela queda dos que nos precederam. Pois, mesmo chegando por último, os que estenderem as mãos e ajudarem os feridos pelo caminho a se levantarem, e ainda caminharem com esses até que se fortaleçam, serão os primeiros a entrar no Reino de Deus e a sentar ao seu lado.
- Quarta pergunta: O que Deus me diz por meio do texto?
A partir dessa reflexão, cada um deve dar a sua própria resposta a Deus. Se a reflexão for individual, a resposta deve ser pessoal, um compromisso de vida. Se a reflexão for em grupo, a resposta deve ser comunitária, um compromisso social de transformação das estruturas que geram a injustiça. O importante é anotar esse compromisso, tanto pessoal quanto social, e fazer uma oração para selar esse compromisso com Deus. Use o Diário de Reflexão para isso.
- Quinta pergunta: O que eu digo para Deus, em resposta ao que Ele me diz?
[Obs: Na reflexão do dia 09/08/2010,Leitura orante do Magnificat, você encontra o passo a passo para a Leitura Orante da Palavra de Deus]
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