PENDÊNCIAS RN-Dilma vai comprar todos temendo o impeachment. Ela é capaz de tudo!
Na próxima terça-feira, 13, Dilma Rousseff se reunirá com os integrantes da coordenação política do governo e levará o assunto ao encontro. A intenção é se posicionar e montar uma estratégia para barrar o avanço do pedido de afastamento. O governo tem trabalhado para ampliar o diálogo com a base e cumprir os acordos de distribuição de emendas e cargos de segundo e terceiro escalão determinados na configuração anterior da articulação política.
Dilma Rousseff reclama e cobra dos novos ministros o apoio parlamentar que imaginou que estava comprando com a última “reforma” do Ministério, mas parece não se dar conta da armadilha em que se meteu no desespero para salvar seu mandato: o gigantesco aparelho estatal jamais será suficientemente grande para saciar o apetite dos políticos espertos que se sentem fortes para obter vantagens de um governo politicamente fraco.
E a ironia dessa situação é que ela é produto exatamente da soberba e do autoritarismo com que o lulopetismo pretendeu eternizar-se no poder, estimulando o fisiologismo para obter uma base de apoio parlamentar ampla “como nunca antes na história deste país”. Funcionou enquanto Lula e o PT, num período de prosperidade, contaram com respaldo popular. Mas aí veio à luz, graças à incompetência de Dilma Rousseff, a insustentabilidade do modelo populista. E, hoje, o governo que prometia o paraíso está reduzido à humilhante condição de refém do que existe de pior na política brasileira.
Soberba e autoritarismo. Esse o binômio que caracterizou a ascensão e decretou a decadência do modelo lulopetista de governar.
É curioso notar que, em suas origens, aquilo que se pode chamar de núcleo gerador do Partido dos Trabalhadores (PT) era um movimento sindical restrito à elite do operariado industrial, os empregados da emergente e próspera indústria automotiva, concentrada no ABC paulista. Luiz Inácio da Silva projetou-se no panorama político nacional porque seu carisma e sua capacidade de liderança tinham um foco muito bem definido: os interesses da categoria especial de trabalhadores que representava. Nessa época Lula não escondia que tinha ojeriza pela política.
Estado de São Paulo
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