PENDÊNCIAS RN -Contas altas; orçamento curto
Os potiguares terão que aguardar o resultado computado nas urnas neste domingo, dia 26, para conhecer o próximo gestor. Independente do nome ou legenda escolhido pela maioria, o que já se conhece é o cenário pouco promissor que aguarda o eleito. Com serviços e estruturas sucateados, salários do funcionalismo pagos em atraso e a descrédito da atual gestão, a expectativa nas ruas e nas entidades de classe gira em torno de melhorias em serviços essenciais e na retomado do crescimento do Estado.
Educação, Segurança, Saúde, restabelecer o equilíbrio nas contas públicas e um governo eficiente foram eleitos, na opinião do eleitor potiguar ouvido pela TRIBUNA DO NORTE, as áreas que merecem atenção especial de forma mais imediata para os próximos anos.
Acelerar o crescimento da economia e a escalada nos indicadores sociais exigirá ao novo governador rever as contas e controlar os gastos públicos, para fazer voltar a crescer a capacidade de investimentos do Estado. O sucessor do governo Rosalba encontrará pela frente uma previsão orçamentária que em quase nada avançou (1,5%) na comparação com os recursos disponíveis para o exercício de 2014 e serviços “sucateados”.
Retomar o crescimento e a credibilidade do Estado, segundo a cientista social e coordenadora do curso de gestão pública da Universidade Potiguar (UnP), Tânia Inagaki, passará sobretudo na capacidade de aumentar a receita do Estado para garantir os investimentos necessários a todas as áreas do governo. “É preciso atrair empresas e aumentar a arrecadação local, por meio de um planejamento a longo prazo”, disse.
O aumento na violência com o crescimento dos casos de homicídio, cujo índice em Natal e no RN são os maiores do país, am onda de arrastões em estabelecimentos privados, assaltos a ônibus que já somam 635 casos este ano foram lembrados pela maior parte dos entrevistados. “Temos índices alarmantes de violência, vivemos com medo”, disse o contador Donizetti Ferreira.
As greves na saúde e educação, além do sucateamento de escolas, hospitais e a falta de medicamentos foram outros pontos citados. “É preciso fazer o Estado voltar a crescer e reduzir o custo de vida que está muito alto. Além de melhorar a questão da educação”, deseja a dona de casa, Nazaré Pessoa, de 66 anos, moradora do Alecrim.
Para dar mais eficiência ao Estado, além da realização de concurso, valorização do servidor de carreira por meio de planos de cargos e carreiras, o presidente do Sindicato da Construção Civil, Arnaldo Gaspar Júnior, destaca a necessidade de rever as contas a partir da taxação abaixo de 20% da média nacional dos orçamentos destinados aos demais poderes.
“Um choque de gestão passa ainda pela redução dos cargos comissionados e pela equiparação dos salários de governador e secretários aos de desembargador e de juízes para garantir o interesse de pessoas competentes nos cargos”, disse.
Amaro Sales, presidente da Fiern, destacou o diálogo permanente entre a gestão pública e a iniciativa privada. A infraestrutura logística e o fomento à pesquisa são outras prioridades, segundo a reitora Ângela Paiva, para que a educação.
Descubra mais sobre Blog do Levany Júnior
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Comentários com Facebook