O ex-senador Eduardo Suplicy publicou a seguinte mensagem no Facebook:
“Felizmente o WhatsApp voltou a funcionar. Como para milhões de brasileiros, o aplicativo é imprescindível nas minhas comunicações de trabalho, com amigas e amigos, familiares e amorosas. É importante que haja bom senso nesse tipo de decisão.”
Sou admirador de Eduardo Suplicy e até narrei aqui minhas experiências durante a campanha dele para Prefeito de São Paulo. Mas sou advogado e não tenho razões para comemorar a rapidez do TJSP neste caso, pois nos outros casos (os dos meus clientes) o Judicário é lento lentíssimo. Como disse no Facebook de Suplicy:
“NÃO VOU COMEMORAR A RAPIDEZ DO JUDICIÁRIO PORQUE ELE É LENTO NOS OUTROS CASOS IGNORADOS PELO SENHOR. Em 16/09/2015 distribui uma Ação Revisional de Alimentos e requeri tutela antecipada para reduzir o valor dos alimentos pagos ao réu, primeiro filho do autor, para que meu cliente possa aumentar o valor que paga ao outro filho que teve com a segunda ex-esposa. Já estamos em 17 de dezembro e a tutela antecipada não foi apreciada. Reclamei duas vezes ao Ouvidor do TJSP e não fui atendido. Representei o Juiz e o Ouvidor do TJSP no CNJ requerendo que aquele órgão determinasse ao Juiz de primeira instância que decidisse a tutela antecipada que lhe foi requerida. O CNJ indeferiu a liminar http://www.jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/10-anos-de-cnj-nada-a-comemorar. Isto é o que WhatsApp na Justiça quando os interesses de um cidadão e de um menor estão em jogo. Quando o que está em jogo é o WhatsApp a Justiça é bem mais rápida.”
No Brasil, ser tratado com justiça ou injustiça pelo Estado é uma questão de classe. Rapidez e lentidão judiciária também são, infelizmente.
Comentários
marcio valley
Fábio, somos ambos
sab, 19/12/2015 – 16:53
Fábio, somos ambos profissionais do Direito, você de um lado do balcão, eu do outro. A lentidão da justiça, ainda que com variação de graus, é um problema no mundo inteiro simplesmente porque é quase impossível praticar justiça célere sem prejuízo do direito de defesa. Ao contrário do pensamento comum, o tratamento diferenciado que os ricos recebem da Justiça não está na lei, mas no dinheiro e no poder de influência. Ricos pagam os melhores escritórios de advocacia, os quais possuem advogados também ricos que são amigos dos juízes e, com essa condição, recebem uma celeridade somente possível nos bastidores, vide o caso de advogados que conseguem acessar ministros do Supremo mesmo em suas férias, o que é quase impossível para os mortais comuns. Ricos conduzem seus processos até as últimas[…]ver mais