Blog do Levany Júnior

PENDÊNCIAS RN-A Igreja e o Ensino na Atualidade

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Ensinar é uma das principais missões da igreja. O ensino da Palavra de Deus foi claramente estabelecido no Velho Testamento e grandemente enfatizado no Novo Testamento. Jesus foi Mestre no sentido único. Ele destacou o ensino como o meio principal de moldar o caráter cristão.

A Grande Comissão deveria sair para  ensinar como lemos em  Mateus 28:19 e 20, ordem que vem de Jesus! Os discípulos deveriam pregar e ensinar a Palavra para ganhar as nações para Cristo e depois continuar ensinando-as para crescerem no conhecimento do Senhor.

A Igreja Primitiva, cumprindo essa ordem, “não cessava de ensinar e pregar Jesus Cristo, tanto nas casas como nas sinagogas” Atos. 5:42. O ensino bíblico revela ao homem  seu estado para que ele busque comunhão íntima com Deus e ao mesmo tempo seja guiado, encaminhado  no seu crescimento e desenvolvimento espiritual. “Precisamos ter a mente de Cristo”. I Coríntios 2:16.

Deus estabeleceu o ministério do ensino na igreja em I Coríntios 12:28 e Efésios 4:11. O apóstolo Paulo na carta aos Romanos 12:6 e 7 exorta àqueles que têm o ministério do ensino: EXERÇAM-NO! – É um dom de Deus e também uma arte. – Ensinar não é simplesmente ler uma passagem bíblica ou uma lição da E.B.D. para uma classe de adulto ou contar uma história bíblica para crianças. – É um ministério concedido pelo Espírito Santo para a aprendizagem real da Palavra de Deus e a reprodução do caráter de Cristo na vida dos crentes.

Devemos ler e refletir nas mensagens do texto abaixo, extraindo ensinamentos que, certamente, o Espírito Santo nos falará através desta leitura.

Reflexão de um Professor Aposentado
John White  (texto adaptado)

…Eu ensinei a todos eles… Tendo ensinado no Ensino Fundamental, no Ensino Médio, Superior ou na E.B.D. por muitos anos; durante esse tempo, lecionei para vários tipos de alunos: para um assassino, para um evangelista, para um pugilista, para um ladrão, para um psicótico e para um filho de crente.

– O assassino era um garotinho que sentava bem na frente da sala e me olhava com seus olhos muito azuis.

– O evangelista era o mais popular da escola, era líder dos jogos e programas esportivos da escola.

– O pugilista ficava perto da janela e, de vez em quando soltava uma gargalhada irônica que até fazia tremer a porta e os vitrôs da sala de aula.

– O ladrão era um coração alegre, diria libertino, sempre tinha uma canção jocosa na boca.

– O psicótico, um pequenino animal retraído de olhar macio, dócil, sempre procurando as sombras.

– O jovem filho de crente, criado na igreja, era atencioso, mas muito desligado das programações, acompanhava os pais que também não queriam compromisso.

Hoje, passados muitos anos:

O assassino espera a morte numa Penitenciária do Estado.

O evangelista está enterrado no cemitério municipal da cidade.

O pugilista perdeu a vida numa briga de rua em Hong Kong.

O ladrão, na ponta dos pés, pode ver da cela da prisão, as janelas de meu quarto.

O psicótico, de olhar macio e dócil, bate com a cabeça na parede forrada na cela de um asilo municipal.

O jovem filho de crente não se firmou nos conhecimentos bíblicos, desviou-se e está preso por causa de seu envolvimento com drogas e más companhias.

……Eu devo ter sido uma grande ajuda para estes meus alunos!!!……….

– Eu lhes ensinei historinhas bíblicas, canções, corinhos, acentuação gráfica, ortografia, gramática, leitura, pontuação, redação, interpretação de textos, literatura e uma porção de coisas desnecessárias que eu mesmo não aplicava corretamente, nem avaliava profundamente, tampouco acreditava que resolveria o problema deles.

– Que mais eu poderia ter feito? Tudo está documentado na conta de Deus, só Ele poderá me cobrar!…..

– De hoje em diante estarei atento para todas as situações que ocorrerem à minha volta, principalmente quando se tratar de um ser humano…, especialmente acompanharei e orarei por aquele que está sendo discipulado por mim.

……….

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” II Timóteo 2:15

Somos crentes pela verdade! Provérbios 16:10

A Edução e a Didática

EDUCAR é mostrar que a vida não é uma competição em que um tem de vencer o outro, que o outro não é um inimigo; mas que a vida é, acima de tudo, um ato de cooperação em que ajudamos para sermos ajudados.

EDUCAR é convencer o educando de que ele sempre é capaz de aprender a realizar algo útil para si e para os outros; mostrar à pessoa que ela é capaz de realizar algo de bom e bem feito, que pode superar-se através dos esforços que levem-na para maiores e melhores realizações para si próprio e para a sociedade.

INSTRUIR E EDUCAR, eis as finalidades da escola. Mas como instruir? Como educar?

A DIDÁTICA é a disciplina que diz como a escola deve proceder para que seus alunos aprendam com mais eficiência e de maneira mais integrada.

DIDÁTICA É A ORIENTAÇÃO SEGURA DA APRENDIZAGEM. Ela nos diz como devemos proceder a fim de tornarmos o ensino mais proveitoso para o educando; como proceder para que o estudante queira educar-se; como proceder para que a escola não se transforme numa camisa de força, mas sim que seja uma indicadora de caminhos libertadores da personalidade.

A didática deve levar o aluno à realização plena através de uma orientação ajustada à maneira e à capacidade de aprender de cada um. Deve vir acompanhada de compreensão, de segurança, de carinho, de apoio, de estímulo e de motivação!

A atuação do professor como orientador do ensino e sua personalidade marcante devem impressionar o educando, juntamente com as técnicas de ensino, estimulando, tornando-o mais eficiente e interessado pelos estudos.

O Professor e a Didática

É a didática que deve ajudar o professor ou o educador em sua posição de transmissor do conhecimento. Sem didática o ensino torna-se difícil e contraproducente!

É comum ouvirmos os alunos elogiarem certos professores quanto a seus conhecimentos, mas criticando-os como professores.

– “Ele é um gênio, mas não sabe ensinar”.

– “A aula do professor ……. até que é boa, mas a bagunça em classe não deixa a gente aprender”.

– “Eu preciso desta matéria, deste conhecimento, mas o professor faz cada confusão na cabeça da gente, que não adianta prestar atenção na aula.”

A didática mostra ao professor como ver e entender a matéria/conteúdo de ensino e como ver o aluno como seu instrumento de trabalho. A MATÉRIA, ou CONTEÚDO, não como um fim em si mesmo, mas como um meio de educação; o ALUNO, não como um adulto realizado, mas como uma pessoa em formação, cheia de dificuldades e com muitas dúvidas.

Considerações Gerais

O segredo para o bom ensino é o preparo de um bom planejamento ou um bom plano de aula. II Tim. 2:15; I Tim. 4:13

Lembre-se dos 7 fatores que contribuem para um bom ensino:

1º – Professor: dinâmico, entusiasmado, que acredita e pratica aquilo que ensina. Heb. 5:12; Heb.4:12; I Tim. 4:16

2º – Aluno: motivado, interessado (disciplina na classe para poder aprender). Prov. 8:30

3º – Linguagem: professor que chega no aluno, promove interação ensinando e aprendendo (professor x aluno) – emissor x receptor. João 8:43; Tito 2:8; I Pedro 3:10

4º – Lição: que seja do interesse do professor e do aluno, que seja uma lição motivadora (deve preparar, pesquisar o assunto). II Tim. 4:13

5º – A atitude do professor: metodologia, didática, como o professor vai agir e motivar a classe para ocorrer o aprendizado (agente modificador). I Tim. 4:6

6º – Disposição do aluno: interessado, que goste do professor e que interaja trocando experiências.  II Tim. 3:14 a 17

7º – Avaliação (prática do aprendizado): aplicação prática daquilo que o professor ensinou; demonstração de que o aluno aprendeu. Deut. 31:13; Salmo 27:4

Plano de Aula

1º – Assunto da aula: documentar com textos bíblicos para que os alunos pesquisem e discutam em classe (se for possível distribuir os textos um domingo antes).

2º – Objetivos: são alvos que o professor pretende atingir no final da aula (prepare pelo menos um objetivo).

3º – Conteúdo: resumo do trabalho a ser desenvolvido com os alunos em sala de aula, podendo ser dividido em tópicos os quais deverão ser estudados em, pelo menos, 40 minutos de aula).

4º – Metodologia ou didática: maneira como o professor vai conduzir a aula, para isso precisa conhecer os métodos práticos de dar seqüência a uma aula. (Lembre-se de que simpatia e dinamismo contam vários pontos na didática!)

5º – Estratégias: recursos didáticos que o professor vai utilizar no decorrer da aula (perguntas, retro projetor, data show, ilustrações, depoimentos, revistas ilustradas,  desenhos, quadro negro, canetas, quadro branco, giz etc. )

6º – Avaliação: pode ser escrita, oral ou troca de experiência prática que o professor poderá observar na conduta ou atuação do aluno no dia-a-dia dele na igreja ou onde encontrá-lo.)

 

Stenio Esteter, professor e diácono na Igreja Batista Betel, em SP.

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