PENDÊNCIAS-MACAU-GUAMARÉ-CARNAUBAIS-ALTO DO RODRIGUES-ASSU-IPANGUASSU-NATAL-RN-“Se tivesse alguns dias a mais, teria vencido no primeiro turno”, diz Robinson Faria
O candidato do PSD a governador, Robinson Faria, disputará o segundo turno das eleições ao governo do Rio Grande do Norte. Ao avaliar o resultado das urnas, ele declarou estar agradecido à população do Estado, e disse ter enfrentado a maior estrutura política já montada em torno de um candidato a governador, no caso, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB). “Enfrentei o candidato com o segundo cargo mais importante do país e a maior estrutura já vista na história do Estado em torno de um candidato a governador. E fui para o segundo turno”, disse Robinson, nesta manhã, em entrevista a O Jornal de Hoje.
Ainda ao analisar o resultado das urnas, que lhe deram 623.614 votos, ou 78.582 votos a menos que o candidato do PMDB, Henrique Alves, que somou 702.196, Robinson disse que as urnas mostraram que o eleitor consciente, de voto livre, dos grandes centros do Estado, como Natal, Caicó, Pau dos Ferros, Mossoró e Assú, dentre outros, votaram com ele, enquanto que “o candidato do acordão” venceu nos currais eleitorais.
“No Estado inteiro aconteceram fenômenos que mostram que o nosso nome cresceu no voto livre. Caso de Pau dos Ferros e Assú, em que os dois lados apoiaram o candidato do acordão, mas o nosso nome venceu. É uma conclusão de uma confiança no nosso nome, e a motivação agora está multiplicada, com a ida para o segundo turno. Até quem não acreditava ou me subestimava, agora me enxerga de forma diferente”, destacou.
Robinson destacou o caso de Natal, em que Henrique conta com o apoio do prefeito, Carlos Eduardo Alves (PDT), e de 95% dos vereadores da Câmara. “Em Natal o prefeito está com meu adversário e apenas três dos 29 vereadores estão comigo. E conseguimos quase um empate em Natal. Veja que nos grandes centros, em Parnamirim, meu adversário tem o apoio do deputado estadual Agnelo Alves (PDT) e do prefeito Mauricio Marques (PDT), e eu venci. Eu venci as grandes forças tradicionais municipais, ganhei no voto espontâneo. Henrique venceu nos currais eleitorais. Ele foi o candidato dos pequenos currais onde ele venceu”, disse.
Segundo Robinson, além de estrutura financeira, Henrique tinha 130 prefeitos, dos 167 existentes no estado. “Então agora no segundo turno as coisas são mais equilibradas. O pensamento de que eu não seria competitivo não existe mais. A população já conhece Robinson. Mudou tudo, meu nome ganhou dimensão estadual. O tempo de TV será igual, as condições são bem diferentes. Eu acho que enfrentei o candidato com o segundo cargo mais importante do país, e enfrentei a maior estrutura já vista na história do RN em torno de um candidato a governador, e fui para o segundo turno”.
Robinson reconhece que inicia o segundo turno numa curva de ascensão de aceitação perante a população do Rio Grande do Norte. “Avalio o resultado das urnas com muita gratidão ao povo do RN. Estamos vivendo um momento de ascensão. Só não vencemos no primeiro turno porque o crescimento foi na reta de chegada. Se tivesse demorado alguns dias a mais, eu teria vencido no primeiro turno. A prova é a pequena diferença entre minha votação e a votação do meu adversário. A motivação da militância aumenta. Temos agora ao nosso lado a senadora eleita da nossa coligação, que vai ajudar bastante”.
Ao falar sobre a vitória de Fátima Bezerra (PT) para o Senado, Robinson ressaltou a lealdade existente entre os grupos do PT e do PSD no Rio Grande do Norte. “Todos nós votamos em Fátima. Agradeço a lealdade da militância do PT à minha campanha. Colaboraram 100%. PT e PC do B foram partidos que foram extremamente corretos com Robinson. É uma parceria que nasceu com confiança e continuará assim no segundo turno”.
Para o segundo turno, o pessedista diz que irá “continuar a caminhada”. Para ele a campanha não teve erros; foi desigual. “Nós lutamos Davi contra Golias, o tempo todo desigual. Tem cidade em que eu chegava e não tinha ninguém. Nossa campanha não teve erros, mas falta de apoiadores. O povo que fez nossa campanha”.
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