O confronto se intensificou nos últimos dias com lançamento de foguetes por parte de grupos radicais palestinos em direção ao território israelense e de incursões militar de Israel bombardeando alvos civis na Faixa de Gaza.
Neste sábado, milhares de palestinos do norte da Faixa de Gaza fugiram de casas para abrigos improvisados das Nações Unidas, após o exército israelense alertar os moradores sobre uma possível invasão terrestre. De acordo com as agências internacionais, as estradas de aceso à cidade de Beit Lahiya se encheram de carros, carroças e motos transportando famílias para um lugar seguro.
De acordo com autoridades de saúde de Gaza, o número de palestinos mortos já chega perto de 180 e mais de mil ficaram feridas. Dos mortos, 70% são civis, segundo a ONU. Nas redes sociais, ativistas postam fotos de crianças que teriam sido mortas por mísseis lançados pela aviação israelense.
Aos milhares de fiéis reunidos hoje na Praça de São Pedro, o Papa Francisco comentou o Evangelho de S. Mateus que mostra Jesus em pregação na margem do lago da Galileia. “Quando fala ao povo, Jesus utiliza muitas parábolas – uma linguagem compreensível a todos -, com imagens tiradas da natureza e das situações da vida quotidiana. E a primeira parábola serve de introdução a todas as outras, a parábola do semeador que lança a sua semente para todo o tipo de terreno”, lembrou ele.
Depois do Angelus, e a propósito do persistente e dramático conflito no Médio Oriente, o Papa lançou o seguinte apelo: “Dirijo a todos vós um premente apelo para que continueis a rezar com insistência pela paz na Terra Santa, à luz dos trágicos acontecimentos dos últimos dias. Ainda tenho na memória a viva recordação do encontro de 8 de Junho, com o Patriarca Bartolomeu, o presidente Peres e o presidente Abbas, com os quais invocamos o dom da paz e escutamos a chamada para quebrar o ciclo do ódio e da violência.”
E o Papa acrescentou: “alguns poderiam pensar que esse encontro realizou-se em vão. Mas pelo contrário não, porque a oração nos ajuda a não nos deixarmos vencer pelo mal, nem a resignar-nos que a violência e o ódio levem a melhor contra o diálogo e a reconciliação. Exorto as partes interessadas e a todos aqueles que têm responsabilidades políticas em nível local e internacional, para não poupar a oração e algum esforço para pôr fim a todas as hostilidades e alcançar a paz desejada para o bem de todos.”