Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos. E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós, a vida. E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri; por isso, falei. Nós cremos também; por isso, também falamos, sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus e nos apresentará convosco. Porque tudo isso é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, torne abundante a ação de graças, para glória de Deus. O desígnio e efeito das aflições. As coisas visíveis são contrapostas às invisíveis Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas. (2Co 4.6-18)
Paulo nos lembra que, embora, às vezes, possa parecer que estamos quase vencidos, nunca devemos perder a esperança. Nosso corpo perecível está sujeito a pecar e sofrer, mas Deus nunca nos abandona. Se experimentarmos a presença de Cristo e o seu poder em nossa vida, absolutamente nenhuma aflição, perturbação, enfermidade ou tragédia provocará nossa derrota espiritual. Por Cristo ter vencido a morte temos a vida eterna. Todos os nossos riscos, humilhação e provas são oportunidades de Cristo demonstrar seu poder e sua presença em nós e por nós. Paulo começa a explicar o que significa ser quebrado: “Em tudo somos atribulados.” Alguns crentes não conseguem ver a mão de Deus no meio da tribulação; mas o mesmo Deus que permite a tribulação nos dá uma palavra de conforto: “Atribulados, porém não angustiados.” As lutas vêm, aparecem as dificuldades, as perseguições, mas eu não fico angustiado. Porque eu olho para Deus, para a sua graça e para sua bendita Palavra.
Paulo enfrentou sofrimentos, aflições e angústia ao pregar o evangelho. Mas sabia que isto terminaria e que ele obteria o descanso e as recompensas de Deus. Lembro-me do episódio de Paulo e seu companheiro Silas, quando foram presos por pregar o evangelho. Foram brutalmente açoitados e depois de todo o maltrato, foram lançados na prisão. Agora podemos imaginar os dois servos de Cristo, machucados, pois as chicotados deixaram marcas dolorosas, com as costas cheias de cortes e presos a correntes e grilhões. Para alguns seguidores da Teologia da Prosperidade os dois servos poderiam ouvir que estavam em pecados, pois todo aquele sofrimento, prisão era conseqüência do erro deles. Paulo entendia os propósitos de Deus em sua vida e de seu companheiro não era de envergonhá-los nem de puni-los por pecados cometidos, mas de manifestar seu poder e sua presença através deles. Observamos que a Bíblia diz que eles começaram a louvar ao Senhor. Após começarem a cantar hinos de louvores a Deus o que vimos na sequência segundo a narrativa bíblica é que um terremoto tomou conta do lugar arrebentando as cadeias e libertando os presos. O poder de Deus foi manifesto através destes dois homens de Deus onde houve conversões de almas para Cristo. O interessante nisto é que eles não começaram a murmurar indagando onde está Deus? Pois sabiam que Deus estava trabalhando em vossas vidas. De certa forma consolando-os dizendo meus filhos vocês estão abatidos, mas não foram destruídos. Você está perplexo, assustado com essa situação? Adore, louve ao meu Nome.
Nós temos de aprender a olhar para Deus. A nossa tendência é olhar mais as dificuldades. Mas se começar a olhar para Deus, verá que Ele está no controle se permitiu isso, entenda apenas os propósitos que tem no meio dessa situação.
Você tem pai e, saiba disso, você parará por quebrantamento. Ele vai moldar, ele porá limites, e dará direção. Ele sabe o que é melhor, nós é que temos de olhar as coisas do ponto de vista de Deus. Não importa o que nos aconteça nesta vida, temos a garantia da vida eterna, quando todo o sofrimento terminará e toda tristeza desaparecerá.
E os resgatados do SENHOR voltarão e virão a Sião com júbilo; e alegria eterna haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido. (Is 35.10)
Nossa maior esperança quando estamos enfrentando uma enfermidade terrível, perseguição ou dor é a certeza de que esta vida não é tudo o que há, existe vida após a morte. Saber que viveremos para sempre com Deus em um lugar sem pecado e sofrimento pode nos ajudar a viver acima da dor que enfrentamos nesta vida.
Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas. (2C0 4.16-18).
Paulo faz uma comparação entre a tribulação e a glória no versículo 17, ele da dois qualificativos da tribulação: a tribulação é leve e momentânea, e a glória é:Eterna e pesada. A tribulação, o sofrimento, a humilhação, as perseguições, as perplexidades, o desamparo, isso tudo é leve e momentâneo, passageiro. Mas, a glória de Deus que ele nos deu, é eterna (E eu dei-lhes a glória… Jo 17.22), e ninguém tira de nós. Glórias ao Senhor!
O apóstolo Paulo, importante homem de Deus, pouco depois de se converter foi descido das muralhas de Damasco pelo elevador daquele tempo que era um cesto pendurado em uma corda. Ele teve de fugir humilhado, teve de sair correndo porque os judeus enfurecidos queriam matá-lo. Deus estava operando, estava quebrando o vaso para o tesouro aparecer.
Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. (2C0 4.6-7)
Se Paulo teve inspiração do Espírito para trazer essa palavra para nós, é porque ele foi quebrado, e nós precisamos de mais Paulo quebrados para que o tesouro apareça.
Deus abençoe vossas vidas e lhes conceda mais de sua graça para suportar as aflições do tempo presente.
Uilson Camilo.