A PALAVRA DO DIA- A Santificação e a Vontade de Deus
Em Efésios 5, Paulo fala sobre a importância da santificação entre o povo de Deus. Não podemos viver segundo as práticas pecaminosas da carne. Devemos fazer morrer o Velho homem, por meio da Palavra de Sagrada.
É muito importante que aprendamos a compreender a vontade do Senhor Deus em nossas vidas. Somos tentados a seguir tantas coisas, e no final o que importa é agradá-lo.
Existe uma necessidade muito grande de sermos cheios do Espírito Santo. Para isso, mais uma vez Paulo exorta os efésios a não viverem na prática do pecado.
Seus cultos devem ser voltados para Deus, com:“salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Esboço de Efésios 5:
Efésios 5.1 – 7: A santificação entre o povo de Deus
Efésios 5. 8 – 17: Procurando compreender a vontade do Senhor
Efésios 5.18 – 30: Sendo cheios do Espírito Santo e recomendações
Efésios 5.31 – 33: O casamento
Fique Longe da Impureza
“Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual nem de qualquer espécie de impureza nem de cobiça; pois estas coisas não são próprias para os santos”. (Efésios 5:3)
Esses versículos incluem uma precaução contra toda forma de impureza, com os corretivos e argumentos apropriados propostos. Mas algumas precauções são acrescentadas, e outros deveres, recomendados.
As paixões imundas devem ser subjugadas, para que o amor santo possa prevalecer. “… andai em amor” e evitai “… a prostituição e toda impureza”.
A prostituição é cometida entre pessoas não casadas. Toda impureza inclui toda sorte de desejos imundos, que eram bastante comuns entre os gentios.
Ou avareza, que por estar conectada dessa forma e mencionada como uma coisa que sequer deveria ser nomeada, entendem alguns, no estilo puro das Escrituras, que isso deve ser uma referência ao desejo contrário às leis da natureza.
Outros entendem essa palavra da maneira mais comum, ou seja, um desejo exagerado de ganhar riquezas, ou um amor insaciável por elas, que é o adultério espiritual.
Porque por meio dela, a alma, que está desposada com Deus, se afasta dele, e abraça o seio de um estranho; portanto, pessoas mundanas e carnais são chamadas de adúlteras:
“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?” (veja Tiago 4.4).
Esses pecados devem ser temidos e detestados da forma mais intensa: “…nem ainda se nomeiem entre vós”, jamais aproveis, mas repugnai, “…como convém a santos”, pessoas santas, que estão separadas do mundo e dedicadas a Deus.
Ainda Mais…
“Não haja obscenidade nem conversas tolas nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ação de graças”. (Efésios 5:4)
O apóstolo não somente adverte contra atos vulgares do pecado, mas contra aquilo que alguns poderiam achar desculpável, “…nem torpezas…”. Que pode ser entendido como todos os gestos e comportamentos devassos e inconvenientes.
“…nem parvoíces…”, isto é, discursos obscenos e lascivos, ou, de modo mais geral, discursos vãos que revelam muita insensatez e indiscrição, e estão muito distantes de edificar os ouvintes.
“…nem chocarrices…”. A palavra grega eutrapelia é a mesma que é tornada em virtude por Aristóteles, em Ética: deleite de conversa.
O apóstolo certamente não está proibindo um gracejo inocente e inofensivo. Alguns acham que ele usa essas reflexões abusivas visando expor os outros e fazê-los parecer ridículos. Isso seria extremamente maldoso.
O contexto parece restringir esse termo a um discurso jocoso, imundo e obsceno, que ele também entende como uma comunicação torpe, ou pútrida e podre (Efésios 4.29).
Acerca dessas coisas ele diz o seguinte: “…que não convêm”. Na verdade, não se trata de uma mera inconveniência, mas, sim, de muita maldade envolvida.
Essas coisas estão muito distantes de serem úteis, e, na verdade, poluem e envenenam os ouvintes. Assim, o significado é o seguinte: Essas coisas não pertencem aos cristãos e são muito inconvenientes para a sua profissão de fé e caráter.
A Alegria Pura do Cristão
Os cristãos têm a permissão de serem animados e agradáveis, mas eles também devem ser alegres e sábios. O apóstolo acrescenta: “…mas, antes, ações de graças”.
A alegria do cristão deve ficar bem longe desse humor obsceno e profano, para que possa deleitar a sua mente e tornar-se alegre, ao lembrar-se com gratidão da bondade e misericórdia de Deus e ao abençoá-lo e louvá-lo por isso.
Deveríamos aproveitar todas as oportunidades para apresentar ações de graças e louvores a Deus pela sua bondade e favor por nós.
Uma reflexão acerca da graça e da bondade de Deus por nós, com o intento de despertar nossa gratidão a Ele, é apropriada para revigorar e alegrar a mente do cristão e torná-lo contente.
O Dr. Hammond acha que eucharistia pode significar um discurso gracioso, piedoso e religioso de modo geral, em oposição ao que o apóstolo condena.
Nossa alegria, em vez de irromper naquilo que é vão e pecaminoso e numa profanação do nome de Deus, deveria expressar-se como é digno de um cristão, e glorificar o Senhor.
Se as pessoas estivessem mais cheias de expressões piedosas, elas não seriam tão inclinadas a infortúnios e palavras inconvenientes.
Acaso bênção e maldição, perversidade e ações de graças, procedem de uma mesma boca? (veja Tg 3.10). (Henry, Matthew, Comentário de Atos a Apocalipse)
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