OS FRACOS E OS FORTES
Números 13-14
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
1. INTRODUÇÃO
A história da espionagem hebréia da terra de Canaã nos apresenta dois grupos de pessoas: o primeiro é constituído dos dez que não quiseram avançar sobre a terra prometida; o segundo é formado pelos dois que ousaram ir à luta pela conquista.
Diante dos obstáculos e mesmo diante da vida, eles nos tipificam. Nós somos os dez. Nós somos os dois. Os dez são os fracos. Os dois são os fortes. Os dez são os medrosos. Os dois são os corajosos. Os dez são os desanimados. Os dois são os animados.
É natural pensarmos que os desanimados estão entre os adultos e os idosos. No entanto, temos visto cada vez mais que o desânimo não respeita experiência; há, cada vez mais, jovens e adolescentes com baixa disposição para enfrentar seus desafios.
Por isto, em diferentes idades, “há pessoas que parecem fadadas ao fracasso e à derrota. Foram tantas vezes vencidas pelo torvelinho do mundo que a única coisa que esperam da vida são as pancadas que lhes destroem as forças” (TOURNIER, Paul. Os fortes e os fracos. São Paulo: ABU, 1999, p. 18).
2. ELOGIO DOS 12
O que fizeram de certo os 12?
Releiamos parte da história.
[NÚMEROS 13.1-3a]
Então disse o Senhor a Moisés:
— Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel. De cada tribo de seus pais enviarás um homem, sendo cada qual príncipe entre eles.
Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra de Canaã, com a instrução de percorrem as montanhas e os vales, verificarem as defesas militares, visitarem as cidades e as aldeias e observarem a produtividade do campo.
[13.21-26]Assim subiram, e espiaram a terra desde o deserto de Zim, até Reobe, à entrada de Hamate. E subindo para o Neguebe, vieram até Hebrom, onde estavam Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Anaque. (…) Depois vieram até o vale de Escol e dali cortaram um ramo de vide com um só cacho, o qual dois homens trouxeram sobre uma verga; trouxeram também romãs e figos. (…) Ao fim de 40 dias voltaram de espiar a terra.
E, chegando, apresentaram-se a Moisés e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel, no deserto de Parã, em Cades; e deram-lhes notícias, a eles e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra.
Então toda a congregação levantou a voz e gritou; e o povo chorou naquela noite. E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e Arão; e toda a congregação lhes disse:
— Antes tivéssemos morrido na terra do Egito, ou tivéssemos morrido neste deserto! Por que nos traz o Senhor a esta terra para cairmos à espada? Nossas mulheres e nossos pequeninos serão por presa. Não nos seria melhor voltarmos para o Egito? (…) Constituamos um por chefe o voltemos para o Egito.
1. Os 12 foram escolhidos porque eram os melhores. A seleção deles obedeceu a rigorosos cuidados, como acontece, por exemplo, com os agentes secretos de qualquer grande serviço. Nenhum deles era príncipe no sentido hereditário, mas todos foram considerados como tais por suas qualidades, como a inteligência, a força, a perspicácia e a coragem.
Nós também temos qualidade, aos nossos próprios olhos e aos olhos daqueles que nos querem bem. Os pais nunca se esqueçam que seus filhos geralmente os consideram inteligentes, fortes, perspicazes e corajosos. Os filhos nunca se esqueçam que seus pais sempre os consideram os melhores, mesmo que não falem. Quando nossa visão a nosso próprio respeito estiver em baixa, lembremo-nos que, para muitas pessoas, nós somos “alguém”; eles esperam de nós que não fracassemos. Aqueles 12 foram à luta porque eram considerados príncipes, mas principalmente porque eles mesmos se consideravam príncipes. Com esta visão de si mesmo, puderam partir para a luta.
Como nos ensina a Bíblia, cada um de nós foi feito à imagem e semelhança de Deus, não de nós mesmos ou de um animal qualquer. Mais que isto, cada de nós foi criado com um status superior aos anjos e menor apenas de Deus mesmo (Salmo 8.5). Quando visitado por Deus, Gideão vivia obscuramente, filho de uma família obscura, numa aldeia diminuta. No entanto, o Senhor o chamou de “homem valente”, de “homem de valor”. Nem ele mesmo tinha esta visão a seu respeito, mas Deus o via assim, como me vê a mim e a você, não importa o que achamos de nós mesmos.
2. Os 12 tiveram a coragem de executar a tarefa para qual a foram designados. Sua missão comportava riscos de vida para eles e para o seu povo. Se fossem descobertos, pagariam com a vida; ademais, a peregrinação do seu povo em direção à terra prometida quatro séculos antes teria muitas dificuldades para continuar. Além de arriscada, sua tarefa implicava numa imensa responsabilidade.
Sabemos, por experiências próprias, que não existe tarefa de valor que não nos seja difícil levá-la a cabo. Não podemos desistir antes de começar. Tudo o que vale a pena fazer ou viver tem um preço. Precisamos saber disso antes mesmo de nos pormos no caminho. Precisamos de coragem para começar, coragem para continuar, coragem para chegar ao fim. Pedro pôde andar sobre as águas, porque teve coragem de se lançar sobre elas. Se mais tempo não andou, é porque o medo venceu a coragem (Mateus 14.29-30).
3. Os 12 se empenharam em conhecer a realidade. A conquista da terra dependia do conhecimento da terra. Não se conquista o que não se conhece. A experiência ficaria: mais tarde, quando intentaram conquistar Jericó, os hebreus lançaram mão de recurso semelhante, quando seus espiões tiveram que se esconder numa casa de prostituição (Josué 2.1).
Tertuliano cunhou uma frase infeliz, que tem perseguido os crentes desde o século terceiro: “tudo o que é humano é estranho ao cristão”. Se ficarmos com Jesus, no entanto, recordaremos que sua oração foi para que não fôssemos tirados do mundo, mas preservados do mal nele existente. Tudo o que é humano deve ser familiar ao cristão, que deve estar sempre bem informado e bem formado, capaz de saber e capaz de interpretar o que ouve, lê e sente.
Nós precisamos conhecer a realidade, seja para mudá-la, seja para nos adaptarmos a ela. Precisamos ser cuidadosos e competentes como os 12, neste conhecimento. Viver sem problemas não significa ignorar os problemas. Pelo contrário, só poderemos superá-los, se os conhecermos. Pedro só pôde ser o líder da Igreja apostólica depois que conheceu um pouco mais acerca do seu caráter, naquele encontro final com Jesus Cristo (João 21). Jesus pôde enfrentar os fariseus porque os conhecia profundamente (Marcos 2.8).
4. Os 12 levaram completaram sua tarefa. Não pararam no caminho. A descrição bíblica sobre este trabalho é jornalisticamente detalhada. O trabalho durou 40 dias. Embora não tivessem binóculos, nem radares, nem satélites-espiões, eles fizeram cuidadosamente o que lhes pedido. Eles começaram por Neguebe, no sul da terra a ser espionada. Observando cidades e campos, rios e mar, montanhas, desertos e vales, aldeias civis e acampamentos militares, os 12 subiram em direção ao norte, alcançando Hebrom, ao centro, e Reobe, no extremo norte, andando cerca de 200 km. Na volta, fizeram outro percurso, em mais outros 200 km. Ao todo, percorreram 40 quilômetros, a pé, escondidos e camuflados, para não serem descobertos. E ainda voltaram com provas, formadas não por um álbum de fotografias ou por uma coleção de fitas de vídeo ou DVD, mas por um gigantesco cacho de uvas sobre as costas de dois deles.
Não devemos desistir antes de terminar — eis o que nos aconselham, com ações concretas, os 12 espiões. Certamente, foram muitas as dificuldades, mas eles não desanimaram. Bateu neles a saudade de casa, mas eles continuaram. Os perigos faziam disparar a adrenalina, mas eles prosseguiram. Eles tinham um alvo (e aqui muitos falhamos por falta de metas concretas) e miraram em sua direção até realizá-lo. Eles fizeram como o apóstolo Paulo, que prosseguia para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Filipenses 3.14).
3. OS ERROS DOS 10
Depois de realizado o seu trabalho, de terem alcançado o abjetivo proposto, os 12 voltaram para casa. Foram recebidos em festa, como heróis, como são recebidos os soldados que retornam de suas campanhas.
Reunida a assembléia do povo, os 12 começaram a dar o seu relatório, conforme tinham combinado.
[NÚMEROS 13.27-29]
— Fomos à terra a que nos enviaste. Ela, em verdade, mana leite e mel; e este é o seu fruto. Contudo o povo que habita nessa terra é poderoso, e as cidades são fortificadas e muito grandes. Vimos também ali os filhos de Anaque. Os amalequitas habitam na terra do Neguebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus habitam nas montanhas; e os cananeus habitam junto do mar, e ao longo do rio Jordão.
Foi um balde de água fria sobre a cabeça do povo do deserto. A multidão começou a se agitar. E muitos olhares passaram a fulminar o líder Moisés.
Travou-se, então, uma disputa pública. Calebe e Josué de um lado, os outros 10 (alguém sabe os seus nomes?) do outro.
A maioria venceu, ao dizer
[NÚMEROS 13.31-14.4]
— Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. A terra, pela qual passamos para espiá-la, é terra que devora os seus habitantes; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos.
Então toda a congregação levantou a voz e gritou; e o povo chorou naquela noite. E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e Arão; e toda a congregação lhes disse:
— Antes tivéssemos morrido na terra do Egito ou tivéssemos morrido neste deserto! Por que nos traz o Senhor a esta terra para cairmos à espada? Nossas mulheres e nossos pequeninos serão por presa. Não nos seria melhor voltarmos para o Egito? (…) Constituamos um por chefe o voltemos para o Egito.
Em que erraram os dez, que seriam mortos logo em seguida?
1. Eles se esqueceram de Deus, ou melhor, eles se esqueceram de Quem Deus é.
Deus era aquele que concordara com a estratégia de se enviar espiões à terra, mas sobretudo era aquele que estavam enviando o Seu povo para habitar na terra. A conquista da terra não dependia do trabalho dos espiões. A terra já estava dada.
Por não conhecerem Deus, os dez acharam que eram eles quem conquistariam a terra, que as coisas dependiam dele, e sucumbiram diante de tanto peso. Deus já dera a conhecer a Sua vontade. Era só fazer o que mandava. Eles preferiam seguir sua própria visão, contra a visão de Deus.
Gosto de uma mãe, que conheço e que sempre diz à sua filha, quando em tribulação:
— Minha filha, Deus alguma vez te abandonou?
Podemos perdermos todas as visões, mas não podemos perder a visão de Deus. Nossa força é a presença de Deus. Nosso vigor é ter os olhos fitos em Deus. Nossa esperança é vivendo segundo as Suas promessas. Fora disso, somos calados pelo desânimo, paralisados pelo medo, derrubados pela tragédia nunciada (imaginada).
2. Eles se deixaram vencer pelo medo.
Sem a visão de Deus, foram tomados pelo medo. Sua visão se alterou e começaram a ver fantasmas. “O medo cria aquilo que teme” (TOURNIER, Paul. Op. cit., p. 18). Eles não eram gafanhotos e nem os seus adversários eram realmente gigantes, embora os guerreiros a enfrentar fossem altos, fortes e valentes.
Sabemos que “o medo é o catalizador da sugestão e a sugestão [é] a semente de um sem- número de temores absurdos e persistentes no coração do homem, inclusive dos mais inteligentes e valentes” (TOURNIER, Paul. Op. cit., p. 72).
Comportamo-nos assim, às vezes. Quando sentimos medo, diante de uma grande obra, e o medo nos vence, deixamos de fazer o que podemos fazer. Colombo pode ter sentido medo diante de oceanos a vencer, mas Colombo venceu o medo e descobriu o que descobriu. A família Schürmann, quando se põe a um novo projeto nos mares, pode ter medo, mas toma os cuidados que precisa tomar, põe os perigos nos devidos lugares e se lança aos oceanos.
Quando sentimos medo, diante de um problema, e o medo nos vence, o problema se torna maior que nós, e nós nos sentimos cada vez menores diante dele. É perfeita a imagem bíblica: o medo nos torna gafanhotos e agiganta os nossos problemas.
Os dez não puderam entrar na terra que lhes fora prometida porque a conquista exigia visão de Deus e coragem. Eles não tinham nem uma nem outra. Sem a visão de Deus e sem coragem, não podemos alcançar as bênçãos que tem para nós.
3. Eles se importaram demais com que o povo poderia vir a pensar a seu respeito.
Desde meninos aprendemos a repetir que “enquanto os cães latem, a caravana passa”. A sabedoria popular foi esquecida pelos dez espiões. Eles temeram os cães antes que começam a latir. Eles buscaram a agradar os cães, não os líderes que os enviaram, nem o Deus que lhes dera a missão.
Em lugar de buscar agradar a Deus, renunciaram sua liberdade e passaram a pensar aquilo que imaginaram que o povo queria que pensassem. Nesta hora, encheram-se de coragem, para enfrentar seus líderes e mesmo o seu Deus. Resolveram ficar com o povão. O que diriam seus parentes e amigos se trouxessem um relatório otimista, quando as coisas piorassem e as derrotas na frente de batalha viessem.
Não há pessoas assim? Não agimos por vezes deste modo? Prevemos o pior, para podermos dizer algo como: “eu sabia que isto iria acontecer”.
Eles acreditaram demais em si mesmos e na opinião das pessoas a seu respeito, esquecidos que precisavam se firmar nas promessas de Deus, que não muda jamais. Afinal, toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança (Tiago 1.17).
4. OS ACERTOS DOS DOIS
O comportamento e as palavras dos dois foram bem diferentes.
[NÚMEROS 13.30; 14.6-9]
Então Calebe, fazendo calar o povo perante Moisés, disse:
— Subamos animosamente, e apoderemo-nos dela; porque bem poderemos prevalecer contra ela.
E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo:
— A terra, pela qual passamos para a espiar, é terra muitíssimo boa. Se o Senhor se agradar de nós, então nos introduzirá nesta terra e no-la dará; terra que mana leite e mel. Tão somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo desta terra, porquanto são eles nosso pão. Retirou-se deles a sua defesa, e o Senhor está conosco; não os temais.
Estas não são palavras decoradas de algum livro de auto-ajuda. Não são elas tributárias de nenhum tipo de crença no poder do pensamento positivo.
1. São palavras e ações de homens de fé.
Enquanto se preparavam para a espionagem, Calebe e Josué não desgrudaram de Deus. Enquanto percorriam a terra inimiga, os dois não perderam a visão de Deus. Enquanto relataram ao povo o que viram, ambos não se esqueceram da promessa de Deus.
Eles conheciam a Deus e sabiam, por isto, qual era a Sua vontade. Deus já lhes tinha dado a terra, não importavam quão armadas estivessem as tropas inimigas e quão inexpugnáveis fossem as fortalezas adversárias. Eles tomaram o recuo diante dos problemas como uma rebeldia diante de Deus.
Pela fé, então, eles viram não uma terra a ser conquistada, mas uma terra já conquistada. A fé renovada aumentou neles a dependência de Deus e a confiança nEle. Sua fé lhes levou a olhar para o Senhor.
2. São palavras e ações de homens que venceram o medo.
Josué e Calebe também tiveram medo, porque os fortes também o sentem. Os que seguem ao Senhor também têm medo. A fé não o elimina dos nossos corações, mas nos estimula a continuar lutando. Na presença de Deus, podemos confessar nossos medos e encará-los de frente (TOURNIER, Paul. Op. cit., p. 100).
Forte é quem vence o medo, sem o negar, sabendo que pequenas derrotas são possível, mas que a vitória é certa, porque prometida pela Palavra de Deus. Suas palavras devem ecoar em nossas vidas: “Gente, não tenham medo. Estes gigantes aí serão transformados em gafanhotos diante de Deus. Eles não nos vão devorar; nós é que os devoraremos. Gente, o Senhor está conosco. Por que haveremos de ter medo?”
Quando vencemos o medo, com a graça de Deus em nós, transformamos os perigos em oportunidades, as dificuldades em trampolins para a vitória.
3. São palavras e ações de homens que não se importaram com as opiniões dos outros, nem com as opiniões reais e muito menos com as opiniões imaginadas.
Josué e Calebe não foram na onda. A turma dizia: “não conseguiremos”. Eles diziam: “nós conseguiremos”.
Calebe e Josué não ficaram ouvindo palavras que sequer foram ditos, como acontece conosco. Achamos que estão falando de nós e nos recolhemos. Mesmo que estejam falando de nós, ouçamos (se tem algo de proveitoso), mas sigamos em frente. A voz do povo não é a voz de Deus. A voz de Deus é a voz de Deus. A ela ouçamos. Nosso lugar é o lugar onde Deus nos põe.
5. PORQUE DESANIMAMOS COMO OS DEZ E COMO PODEMOS OUSAR COMO OS DOIS
Não nos esqueçamos que, mesmo os envolvidos pela Graça, nos sentimos fracos ou fortes, mesmo os apaixonados por Deus nos sentimos desamparados. O importante é que nos lembremos também que “o perigo não é cair lutando, mas permanecer no chão depois de haver caído” (João Crisóstomo. Citado por TOURNIER, Paul. Op. cit., p. 83).
Nós também, mesmo os envolvidos pela Graça, nos sentimos fracos ou fortes.
5.1. Porque desanimamos como os dez
Parte de nosso desânimo advém da adversidade da realidade. Há problemas reais a serem enfrentados. A vida não é um conto de fadas. O peso, às vezes, é insuportável e achamos melhor parar, desistir. Estas são realidades de nossas vidas.
No entanto, parte de nosso desânimo advém de nossa visão inadequada da realidade. Podemos vez gigantes onde há pessoas de estatura mediana. Podemos ver montanhas onde há apenas um morrinho.
Mais que isto, parte de nosso desânimo advém de nossa visão errada de Deus. Quando descreveram a nova terra, os dez reconheceram nela as virtudes da promessa, mas acrescentaram um conectivo que os derrubou: CONTUDO, MAS, PORÉM. É como se dissemos:
Eu creio no poder de Deus, CONTUDO… eu não serei alcançado. Eu conheço as suas promessas, MAS… não as mereço. No passado já venci inimigos como estes, agora PORÉM… as coisas são diferentes.
Haveria obstáculos para a tomada da terra. As coisas não são fáceis, mesmo quando resultantes da intervenção especial de Deus. Ele nunca dispensa a nossa participação Uma evidencia e que a iniciativa de espionar a terra foi uma estratégia militar humana, com a qual Deus concordou (Deuteronômio 1.22-23).
Eles caíram por se afastarem de Deus, que permaneceu como se distante deles, pela falta de fé. Depois, chegaram ao cúmulo de irem para uma batalha sem a bênção de Deus. A derrota foi fragorosa (Números 14.44-45).
5.2. Como ousar como os dois
Precisamos de atitudes como a de Josué e Calebe. Somos convidados a ser como os dois, não como os dez.
Devemos ver a Deus como Moisés O via, como somos recordados ainda nesta mesma história (Números 14.14): Tu, o Senhor, estás no meio deste povo; pois tu, o Senhor, és visto face a face, a tua nuvem permanece sobre eles, e tu vais adiante deles numa coluna de nuvem de dia e numa coluna de fogo de noite. Precisamos confiar que Deus vai adiante de nós, nos nossos projetos e nos nossos problemas.
Devemos olhar para o nosso passado, lembrando o que Deus já fez em nós e por nós. Lembrar do Ele já faz ajuda-nos a confiar no que Ele faz. Josué e Calebe sabiam Quem era Deus e O conheciam em suas próprias vidas.
Devemos olhar melhor a realidade. Para tanto, apuremos nossa razão, a fim de não tremermos diante de fantasmas ou de temermos diante de realidades que nós mesmos inventamos. Apuremos nossa razão, mesmo sabendo que ela é insuficiente.
Devemos obedecer a Deus, fazendo com persistência o que Ele nos pede para fazer e permitindo que Ele harmoniza nossos sentimentos. Nossa oração deve ser para que Ele nos ajude a enfrentar nossa própria natureza, nossa luta maior.
Comentários
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