A PALAVRA DO DIA-0 Romanos 14 1-23 – A LIBERDADE, A CARIDADE E A TOLERÂNCIA.


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Romanos 14 1-23 – A LIBERDADE, A CARIDADE E A TOLERÂNCIA.

Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual, notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus; ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.

Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).

São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 14/16, na parte V.

Breve síntese do capítulo 14.

Como amamos discutir opiniões a fim de que se prevaleça nossa sabedoria e poder de persuasão e não o amor que edifica. Queremos ser melhores do que nossos irmãos até no conhecimento bíblico como se meu conhecimento maior e mais eficaz me fizesse melhor do que o outro.

Eu amo a Bíblia e a defendo com unhas e dentes. Toda religião ou caminho para Deus que despreze a sua palavra é caminho do homem que orgulhosamente insiste em desprezar a salvação de Deus para assim conquistá-la.

O homem não conquista sua salvação, mas a recebe gratuitamente, de Deus, que lhe dando vida é capaz de responder ao chamado divino. No entanto, quando meu saber se torna um valor de comparação com meu irmão, então, eu também não estou entendendo nada de Deus e preciso por ele ser alcançado.

O amor tudo dá e nada exige de troca, nem de recompensa, nem fica esperando reconhecimento, aplausos, também não fica criando expectativas, mas se regozija em dar. Ele também não dá porque este é seu prazer e alegria, antes ele dá porque ele foi alcançado e tudo recebeu gratuitamente.

Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:

  1. INSTRUÇÕES PRÁTICAS (12.1-15.13) –continuação.

Dissemos que a devoção total a Cristo levará a servi-lo fielmente nos vários desafios que os cristãos enfrentam juntos. Veremos, pois, doravante até 15.13 essas exortações práticas.

Ele tratou de quatro assuntos, que estamos seguindo em nossa divisão proposta: A. A necessidade de consagração total (12.1-2) – já vimos; B. A vida no corpo de Cristo (12.3-21) – já vimos; C. As responsabilidades políticas e sociais (13.1-14) – já vimos;  e, D. Como tratar as controvérsias entre os espiritualmente fracos e os fortes (14.1-15.13) – começaremos a ver agora.

  1. Como tratar as controvérsias entre os espiritualmente fracos e os fortes (14.1-15.13).

Nessa passagem (de 14.1 a 15.13), Paulo tratou do relacionamento entre os cristãos fracos e os fortes. Muito dessa discussão tocava em questões que poderiam ter provocado facilmente a divisão entre os crentes judeus e gentios.

Ele começa dizendo que seria para acolhermos ao que é débil na fé. A atitude básica de um cristão para com um companheiro crente deve ser a de boas-vindas e acolhimento com base na atitude de Deus para conosco em Cristo (vs. 3; 15.7).

De fato, o cristão débil se encontra preso por uma consciência que ainda não foi completamente instruída pelo evangelho para desfrutar a liberdade cristã (vs. 2).

Discutir opiniões sobre questões relacionadas a comidas, bebidas e a guarda dos dias sagrados nem sempre são consensuais. Embora Paulo não visse essas controvérsias como insolúveis, ele considerava a questão subjacente da comunhão da igreja como mais urgente e fundamentalmente importante (cf. 12.5,10,16).

Os pontos em consideração aqui não pertencem à essência do evangelho, mas à força ou fraqueza relativa decorrente da fé de uma pessoa nesse evangelho. Nos pontos em que a essência do evangelho estava em risco, a resposta do apóstolo era diferente (p. ex., Cl 1.6-7; 3.1-5; Fp 32,18-19).

“Não se pode fazer coisa melhor do que mencionar o famoso epigrama atribuído a um certo Rupert Meldenius e citado por Richard Baxter.”[1]

“Nas coisas essenciais, unidade; em coisas não essenciais, liberdade; em todas as coisas, o amor.”

Paulo dá um exemplo forte para explicar os problemas decorrentes de opiniões com alimentos. Ele esclarece que alguém poderia comer de tudo, mas um outro que é mais fraco crê que somente pode comer alimentos vegetais. A condição de vegetariano não era exigida pelo Antigo Testamento, embora a prática vegetariana apareça nele (p. ex., Dt  1.12).

Tanto o que come e o que não come, não podem usar de sua liberdade para impor ao outro sua opinião. A tendência do forte é menosprezar as inibições do fraco como escravidão legalista, enquanto a tentação do fraco é condenar o forte por comportamento que pareça uma licença anárquica.

Os cristãos que adotam essas reações equivocadas devem se submeter à luz da aceitação graciosa de Deus tanto de fracos como de fortes.

Além disso, um companheiro crente é um servo de Deus (e não nosso), e responde somente a ele. Entretanto, não se trata aqui de uma negação da disciplina eclesiástica apropriada (A BEG recomenda nesse momento reflexão em seu excelente artigo teológico “Disciplina eclesiástica e exclusão”, 1Co 5).

Há outros que fazem distinções entre um dia e outro, mas há quem não faça nada disso. Provavelmente, uma referência ao minucioso calendário judaico dos dias santos. E improvável que Paulo tivesse mente aqui a observância do sábado.

Estivesse esse dia em vista, seria mais, natural para ele dizer: “Um considera o sábado mais sagrado do que os demais dias”. O importante aqui é que cada um tenha opinião bem definida e seja respeitado nisso, além de respeitar a opinião dos outros.

Nos vs. 6 e 7, Paulo faz um apelo ao que é compartilhado tanto por fracos quanto por fortes: o desejo de honrar o mesmo Senhor e não o de obrigar o outro a ter o mesmo proceder. O fato de ambos pertencerem a ele coloca as divisões de menor importância em perspectiva.

A lei fundamental que nos rege agora é que não mais vivemos para nós mesmos, antes somos todos do Senhor – vs. 7.

Somente Cristo é o Senhor (vs. 8) e o Juiz do seu povo. O grande preço que ele pagou para obter essa posição expõe a incongruência de crentes que julgam ou desprezam seus irmãos e irmãs.

Paulo se referiu a Is 45.23 como um lembrete de que os crentes, devem prestar conta de suas vidas ao Senhor como réus, e não como juízes.

Embora a própria consciência de Paulo tivesse sido liberta pelo ensinamento de Cristo (vs. 14; cf. Mc 7.18-19), ele admitia que nem todos os crentes gozavam de semelhante liberdade.

Ter consideração por esses cristãos (“andando segundo o amor fraternal”; 14.15) significava evitar um comportamento que pudesse magoá-los. O apóstolo incluiu duas recomendações especificas quanto a isso (14.15-16).

Por causa da tua comida, Paulo dizia, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu – vs. 15. No Antigo Testamento, “fazer perecer” quer dizer “ser eliminado da congregação da aliança” (p. ex., Dt 28.21,45,48,51,61,63).

Incentivar um crente fraco a violar a própria consciência era o mesmo que incentivá-lo a quebrar a aliança dele com Deus e, na sua própria mente, a se envolver em autodestruição.

Ao mesmo tempo, Paulo não permitia que os membros fracos impusessem tirania sobre a igreja (isto é, que forçassem os fortes a se submeterem a todos os seus escrúpulos e caprichos).

Os fortes são advertidos a ponderarem a importância do exercício da liberdade deles sob dois aspectos:

(1)     Valerem-se de sua liberdade pode trazer divisão e ruptura na igreja.

(2)     O reino de Deus (e, portanto, a nossa liberdade) não é uma questão de comida ou bebida, mas das bênçãos da graça (5.1-2).

Tendo em vista que a liberdade não é comida nem bebida, uma pessoa não pode perdê-la pela abstenção dessas coisas. O reino de Deus é mais do que comida e bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo e quem procede assim é tanto agradável a Deus como aos homens.

Embora somente Deus seja o nosso juiz (vs. 12), o impacto das nossas ações sobre as pessoas pode representar um papel vital na comunhão e do evangelismo.

Paulo nos exorta, em função disso, que devemos nos esforçar em promover a “paz” e a “edificação de uns para com os outros” de maneira ativa (vs. 19). Nisso, você precisa ser proativo e dar um passo na frente ao sentir o mínimo cheiro de confusão e desentendimentos movidos pela paixão do estar certo e cheio da razão.

Para os fortes, isso inclui tanto a preservação da comunhão com os fracos como o encorajamento destes na liberdade que é deles em Cristo. Se os crentes romanos tivessem esses propósitos em vista, a liberdade de comer e beber seria de boa vontade sacrificada em favor dos fracos. E o bem-estar do irmão fraco teria primazia sobre o prazer da carne e do vinho.

O apóstolo Paulo ainda advertiu o forte para que desfrutasse de sua liberdade de consciência na presença de Deus (embora se abstendo da prática dela em público), obviamente por amor a todas as almas pelas quais Cristo morreu.

Rm 14:1 Acolhei ao que é débil na fé,

                não, porém, para discutir opiniões.

Rm 14:2 Um crê que de tudo pode comer,

                mas o débil come legumes;

Rm 14:3 quem come

                não despreze o que não come;

e o que não come

                não julgue o que come,

                               porque Deus o acolheu.

Rm 14:4 Quem és tu que julgas o servo alheio?

                Para o seu próprio senhor está em pé ou cai;

                               mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster.

Rm 14:5 Um faz diferença entre dia e dia;

outro julga iguais todos os dias.

                Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.

Rm 14:6 Quem distingue entre dia e dia

                para o Senhor o faz;

e quem come

                para o Senhor come,

                               porque dá graças a Deus;

e quem não come

                para o Senhor não come

                               e dá graças a Deus.

Rm 14:7 Porque nenhum de nós

                vive para si mesmo,

                nem morre para si.

Rm 14:8 Porque, se vivemos,

                para o Senhor vivemos;

se morremos,

                para o Senhor morremos.

Quer, pois, vivamos ou morramos,

                somos do Senhor.

Rm 14:9 Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu:

                para ser Senhor tanto de mortos como de vivos.

Rm 14:10 Tu, porém, por que julgas teu irmão?

E tu, por que desprezas o teu?

                Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.

Rm 14:11 Como está escrito:

                Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim

                se dobrará todo joelho,

                e toda língua dará louvores a Deus.

Rm 14:12 Assim, pois,

                cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.

Rm 14:13 Não nos julguemos mais uns aos outros;

                pelo contrário, tomai o propósito

                               de não pordes tropeço

                               ou escândalo ao vosso irmão.

Rm 14:14 Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus,

                de que nenhuma coisa é de si mesma impura,

                               salvo para aquele que assim a considera;

                                               para esse é impura.

Rm 14:15 Se, por causa de comida,

                o teu irmão se entristece,

                               já não andas segundo o amor fraternal.

Por causa da tua comida,

                não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu.

Rm 14:16 Não seja, pois, vituperado o vosso bem.

Rm 14:17 Porque o reino de Deus

                não é comida

                nem bebida,

                               mas

                                               justiça,

                                               e paz,

                                               e alegria no Espírito Santo.

Rm 14:18 Aquele que deste modo serve a Cristo

                é agradável a Deus

                e aprovado pelos homens.

Rm 14:19 Assim, pois,

                seguimos as coisas da paz

                e também as da edificação de uns para com os outros.

Rm 14:20 Não destruas a obra de Deus

                por causa da comida.

Todas as coisas, na verdade, são limpas,

                mas é mau para o homem o comer com escândalo.

Rm 14:21 É bom

                não comer carne,

                nem beber vinho,

                nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar

                                [ou se ofender ou se enfraquecer].

Rm 14:22 A fé que tens,

                tem-na para ti mesmo

                               perante Deus.

Bem-aventurado é aquele

                que não se condena naquilo que aprova.

                               Rm 14:23 Mas aquele que tem dúvidas

                                               é condenado se comer,

                                                               porque o que faz não provém de fé;

                                                                              e tudo o que não provém de fé

                                                                                              é pecado.

Não confundamos, pois comidas e bebidas e coisas semelhantes no reino de Deus, antes ela consiste de justiça, de paz e de alegria no Espírito Santo.

Liberdade cristã: Até que ponto sou livre?[2]

A teologia reformada nasceu à sombra do legalismo católico e, por esse motivo, a liberdade cristã sempre foi para ela uma faceta importante. Essa ênfase se baseia no fato do Novo Testamento considerar a salvação em Cristo como libertação do pecado e da corrupção, e a vida cristã como uma vida de liberdade – Cristo nos libertou para a liberdade (Jo 8.32,36; Cl 5.1). No entanto, ao contrário de algumas sugestões atuais, essa libertação não representa, prioritariamente, um avanço sociopolítico ou econômico. Antes, é relacionada principalmente a três pontos específicos.

Em primeiro lugar, fomos libertados da lei mosaica como sistema de salvação. Justificados pela fé em Cristo, não somos mais condenados pela lei de Deus, mas graciosamente absolvidos com base no mérito de Jesus (Rm 3.19; 6.14-15; Cl 3.23-25). Isso significa que a nossa situação diante de Deus (a “paz” e o “acesso” em Rm 5.1-2) é inteiramente fundamentada no fato de havermos sido aceitos e adotados em Cristo. Não depende, nem jamais dependerá, do que fazemos e também nunca será colocada em risco pelo que deixamos de fazer. Enquanto estamos neste mundo, não vivemos pela perfeição, mas pelo perdão.

Essa verdade contradiz todas as religiões naturais, pois o instinto da humanidade decaída, como se observa em todas as formas de religião concebidas até hoje pelo mundo, é supor que o relacionamento correto com uma realidade suprema (considerada na forma de um Deus pessoal ou em outros termos) pode ser obtido e mantido mediante as disciplinas de observância da lei, dos rituais apropriados e do asceticismo. As diversas crenças que há no mundo prescrevem essas disciplinas como meios de obter a justificação – e Paulo observou que os judeus que não haviam aceitado a Cristo se valiam exatamente de tais práticas (Rm 10.3). A experiência de Paulo lhe mostrou a futilidade dessas tentativas. O desempenho humano fica sempre aquém do ideal, pois, por mais corretos que sejam os atos exteriores, o coração sempre abriga desejos impróprios e, ao mesmo tempo, não possui os anseios apropriados (Rm 7.7-11; cf. Fp 3.6), e é para o coração que Deus olha primeiro.

Quando buscamos a justificação diante de Deus pela observância da lei, a lei suscita, revela e condena o pecado que permeia a nossa constituição moral, tornando-nos conscientes da profundidade da nossa culpa (Rm 3.19; 1Co 15.56; GI 3.10). Assim, fica clara tanto a futilidade de se tratar a lei como uma aliança de obras e buscar a retidão por meio da mesma (GI 3.10-12; 4.21-31) quanto à desgraça daqueles que não sabem a que outro meio de justificação recorrer. Essa é a escravidão da lei da qual Cristo nos liberta.

Em segundo lugar, como cristãos, fomos libertos do domínio do pecado do 8.34-36; Rm 6.14-23). Fomos regenerados de modo sobrenatural e vivificados para Deus por meio da união com Cristo em sua morte e vicia renovada (Rm 6.3-11), o que significa que, agora, o nosso desejo mais profundo é servir a Deus pela prática da justiça (Rm 6.18,2 2). O domínio do pecado acarretava não apenas atos constantes de desobediência, mas também uma falta continua de elo pela observância da lei que, por vezes, se transforma em ressentimento e ódio da lei. Agora, porém, transformados em nosso coração, motivados pela gratidão por termos sido aceitos por meio da graça imerecida e vivificados pelo Espírito Santo, podemos servir “em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Rm 7.6). Isso significa que as nossas tentativas de obedecer agora são alegres e integradas como nunca antes, pois deixaram de ser dominadas pelo pecado. Também nesse sentido fomos libertos da escravidão.

Em terceiro lugar, como cristãos, fomos libertos da superstição que considera intrinsecamente maus a matéria e o prazer físico. Opondo-se a essa ideia, Paulo insistiu que temos liberdade de desfrutar todas as coisas criadas e os prazeres que estas oferecem como boas dádivas de Deus (1Tm 4.1-5), desde que não violemos a lei moral nem perturbemos o nosso próprio bem-estar espiritual e o de outros 6.12-13; 8.7-13). Ao renovar essa ênfase, os reformadores fizeram frente a diversas formas de legalismo medieval.  

Em quarto lugar, como cristãos, estamos livres das regras que outros acrescentam aos ensinamentos das Escrituras com referência a questões de fé e culto. Sujeitar a nossa consciência a esses acréscimos humanos às Escrituras – ou, pior ainda, sujeitar-se por obediência cega a esses requisitos – é uma violação da liberdade de consciência que Deus concede (cf. CFW 20). Quinto, como cristãos nós fomos libertados da justiça própria na qual comparamos o nosso comportamento com o comportamento das outras pessoas nos julgamos ser muito melhores aos olhos de Deus. Sexto, como cristãos fomos libertados da ânsia de arranjar as muitas leis por ordem de importância. Para fazer isso, temos de introduzir mais leis – leis que nos digam quais leis são mais importantes. Assim, por volta do final do período do Antigo Testamento havia seiscentas e treze diferentes regras ou leis além das explicações sobre elas.

No entanto, em certos sentidos, os cristãos ainda não foram completamente libertos por Deus. Por exemplo, apesar de estarmos livres do domínio e da condenação do pecado, não estamos livres de sua presença e influência. Enquanto vivermos neste mundo, estaremos sempre sujeitos a tentações (1Tm 6.9), seremos seduzidos pelo desejo de pecar que continua existindo dentro de nós e ao nosso redor (Rm 7.14-25; Cl 5.17) e enfrentaremos forças demoníacas (1Co 7.5; 1Tm 4.1; Ap 16.14). Nossa liberdade individual da presença do pecado aguarda a nossa libertação deste corpo mortal e a nossa liberdade total da presença do pecado aguarda a volta de Cristo e a restauração de todas as coisas nos novos céus e nova terra (Ap 21.1-5).

Também não temos permissão para exercer a nossa liberdade de maneiras prejudiciais. Por exemplo, como Paulo deixa claro ao tratar de questões controversas como o consumo de alimentos sacrificados a ídolos (Rm 14; 1Co 8), os cristãos têm a obrigação de não exercitar sua liberdade de maneiras que levem outros cristãos a cair em pecado. Além disso, Deus não nos libertou da obediência à lei. Apesar dessa obediência não nos tornar merecedores da salvação e de nossa transgressão da lei não nos condenar, a lei continua sendo o nosso guia moral. O próprio Jesus afirmou que a lei continuava em vigor para todos os cristãos (Mt 5.17-1 9), e Paulo chegou a chamá-la de “lei de Cristo” (GI 6.2).

p.s.: link da imagem original:

Contagem regressiva: Faltam 131 dias para 20/04/16 (Inicio: 05/05/15). Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti. (Is 26.3).

A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.

http://www.jamaisdesista.com.br

 

[1] Extraído de um texto do site Monergismo, em 13/12/2015, 7h20, falando de um livro de John Stott – CRISTIANISMO EQUILIBRADO: http://www.monergismo.com/textos/advertencias/cristianismo_equilibrado.htm

[2] Artigo Teológico da Bíblia de Estudo de Genebra relativo ao capítulo 14 de Romanos.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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