A PALAVRA DO DIA-Os Tempos do Cumprimento das Profecias
CAPÍTULO 25: “Aniquilará A Morte Para Sempre”
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O capítulo 25 descreve em mais detalhes a destruição do mundo na Segunda Vinda do Senhor e o começo de Seu glorioso reinado. O Senhor preparará no Monte Sião um banquete de bênçãos para os justos e aniquilará a morte para sempre. Os justos reconhecerão o Senhor como seu Deus, e proclamarão “este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos”.
Os versículos 1 até 5 contêm um cântico de salvação profética na qual Isaías reconhece as mãos do Senhor na destruição dos injustos, no fortalecimento dos pobres e proteção dos justos. Aqui o profeta dirige-se ao Senhor como em uma oração.
O versículo 1 exulta: “Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei, e louvarei o teu nome, porque fizeste maravilhas; os teus conselhos antigos são verdade e firmeza”. A palavra hebraica traduzida como “maravilhas” significa “extraordinária, difícil de compreender”.[1]
No Novo Testamento, as maravilhas são atribuídas ao Senhor:
“E foram ter com ele no templo cegos e coxos, e curou-os.
Vendo, então, os principais dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e os meninos clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi…” (ênfases adicionadas).[2]
O versículo 2 continua: “Porque da cidade fizeste um montão de pedras, e da cidade forte uma ruína, e do paço dos estranhos, que não seja mais cidade, e jamais se torne a edificar”. O Senhor destruirá os injustos e suas cidades. Esta profecia prediz a destruição da Babilônia espiritual nos últimos dias, ou seja, o mundanismo, o orgulho, o pecado e a idolatria desenfreados no mundo de hoje.[3]
O versículo 3 declara: “Por isso te glorificará um povo poderoso, e a cidade das nações formidáveis te temerá”. O povo do Senhor, fortalecido por Ele, rende-Lhe louvor e glória. “Nações formidáveis”—aqueles que provocam medo e terror—reconheceriam a capacidade do Senhor de abençoá-los ou destruí-los.
No versículo 4, Isaías reconhece o cuidado e proteção do Senhor com os oprimidos: “Porque foste a fortaleza do pobre, e a fortaleza do necessitado, na sua angústia; refúgio contra a tempestade, e sombra contra o calor; porque o sopro dos opressores é como a tempestade contra o muro”. “Refúgio” é equivalente quiasmaticamente à palavra “muro”, esclarecendo o que Isaías quis dizer.
Palavras semelhantes aparecem em Doutrina e Convênios:
“E para que a reunião na terra de Sião e em suas estacas seja uma defesa e um refúgio contra a tempestade e contra a ira, quando for derramada, sem mistura, sobre toda a Terra.”[4]
Simplesmente ser pobre não será o suficiente para receber a misericórdia do Senhor. Em uma das revelações modernas, o Senhor condena os pobres que são iníquos:
“Ai de vós, homens pobres, cujo coração não está quebrantado, cujo espírito não é contrito e cujo ventre não está satisfeito e cujas mãos não cessam de se apoderar de bens alheios, cujos olhos estão cheios de cobiça e que não trabalhais com as próprias mãos!
“Mas bem-aventurados os pobres que são puros de coração, cujo coração está quebrantado e cujo espírito é contrito, pois eles verão o reino de Deus vindo em poder e grande glória para sua libertação; pois deles será a gordura da terra.
“Pois eis que o Senhor virá e, com ele, seu galardão; e recompensará a cada homem e os pobres regozijar-se-ão.”[5]
O versículo 4 contém um quiasma:
A: (4) Porque foste a fortaleza do pobre, e a fortaleza do necessitado, na sua angústia; refúgio
B: contra a tempestade,
C: e sombra contra o calor,
C: porque o sopro dos opressores
B: é como a tempestade
A: contra o muro.
“Refúgio” é equivalente a “muro”, indicando o sentido intencionado por Isaías. Palavras chaves neste quiasma dão dicas para entendermos a natureza do poder destrutivo predito.
O Versículo 5 sumariza a destruição dos injustos pelas mãos do Senhor: “Como o calor em lugar seco, assim abaterás o ímpeto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim o cântico dos tiranos será humilhado”. Compare o significado intencionado por Isaías anteriormente, no capítulo 18: “Porque assim me disse o Senhor: Estarei quieto, olhando desde a minha morada, como o ardor do sol resplandecente depois da chuva, como a nuvem do orvalho no calor da sega”.[6] Em ambos os casos, o significado é de que o calor da ira do Senhor aumentará contra os que não ouvirem Suas advertências. A frase “assim o cântico dos tiranos será humilhado” significa que os opressores não cantarão canções de vitória.
Os versículos 4 e 5 contêm dois quiasmas sobrepostos:
(4) Porque foste a fortaleza do pobre, e a fortaleza do necessitado, na sua angústia;
A: refúgio contra a tempestade,
B: e sombra
C: contra o calor;
D: porque o sopro dos opressores
D: é como a tempestade contra o muro.
C: (5) Como o calor em lugar seco, assim abaterás o ímpeto dos estranhos;
B: como se abranda o calor pela sombra
A: da espessa nuvem, assim o cântico dos tiranos será humilhado.
(4) Porque foste a fortaleza do pobre, e a fortaleza do necessitado, na sua angústia; refúgio contra a tempestade, e sombra contra o calor;
A: porque o sopro dos opressores
B: é como a tempestade contra o muro.
C: (5) Como o calor em lugar seco, assim abaterás o ímpeto dos estranhos;
C: como se abranda o calor
B: pela sombra da espessa nuvem,
A: assim o cântico dos tiranos será humilhado.
A comparação dos três quiasmas nos versículos 4 e 5 fornecem maiores esclarecimentos. “Calor” e “o sopro”, o enfoque do quiasma no versículo 4, são mais explicados no primeiro quiasma dos versículos 4 e 5 com as palavras “calor”, “o sopro”, “tempestade” e “calor”, as quais tem significados semelhantes. O segundo quiasma dos versículos 4 e 5 enfatizam duas ocorrências da palavra “calor” como seu enfoque, ressaltando sua importância na destruição vindoura. “Refúgio” compara-se com “muro” na declaração introdutória do quiasma no versículo 4, já a palavra “nuvem” é substituída como a declaração introdutória no lado descendente no primeiro quiasma dos versículos 4 e 5. Ao invés de ser um componente, a nuvem serve como um refúgio para abrandar o calor.
Começando no versículo 6 e seguindo pelo restante deste capítulo, Isaías refere-se ao Senhor na terceira pessoa, contrastando-se quando se refere a Ele na segunda pessoa, como o fez nos primeiros cinco versículos. Nos versículos 6 até 8, Isaías descreve os desenvolvimentos em Sião associados à Segunda Vinda do Senhor, que inclui “uma festa com animais gordos”, que significa um grande derramamento de bênçãos espirituais e temporais sobre os justos, e a remoção do véu das mentes das pessoas de todas as nações. Isaías explica, então, que a vitória de Cristo sobre a morte e a dor que sofreu serão reconhecidas e estimadas por todos os povos da Terra, em contraste ao pequeno número de pessoas que entenderam e estimaram Sua Expiação no tempo de Seu ministério terreno.
O versículo 6 descreve a festa a ser oferecida no monte Sião: “E o Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos uma festa com animais gordos, uma festa de vinhos velhos, com tutanos gordos, e com vinhos velhos, bem purificados”. “Vinhos velhos, bem purificados” significa que o suco extraído das frutas foi deixado em repouso em recipientes, sem ser toucado por um período de tempo, a fim de permitir que os resíduos pousassem no fundo, purificando o vinho. A “festa” terá tudo de melhor que o Senhor tem para oferecer em dons e bênçãos espirituais, estendidos a todos. “Neste monte” significa “nesta nação”, ou a terra de Sião. A conexão retórica na qual “monte” ou “montanha” é equivalente à “nação” aparece por todo o livro de Isaías, como foi descrito anteriormente.[7]
Estes acontecimentos são descritos em Doutrina e Convênios, parafraseando Isaías:
“E também para que tivésseis a honra de estabelecer o alicerce e de testificar quanto à terra na qual a Sião de Deus será edificada;
E também para que um banquete de coisas gordas fosse preparado para os pobres; sim, um banquete de coisas gordas, de vinho puro bem refinado, para que a Terra saiba que a boca dos profetas não falhará;
“Sim, uma ceia da casa do Senhor, bem preparada, para a qual todas as nações serão convidadas.”[8]
O versículo 7 esclarece a natureza dos dons espirituais que serão oferecidos do Monte Sião a todos os povos: “E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem”. Isto significa que o conhecimento dos céus e das coisas espirituais serão oferecidos a todos os povos, como se um véu tivesse sido removido de suas mentes. Revelações serão dadas a todos, começando no Monte Sião. Note novamente que “monte” significa “nação”.[9]
Versículos 6 e 7 contêm um quiasma:
A: (6) E o Senhor dos Exércitos dará neste monte
B: a todos os povos uma festa com animais gordos,
C: uma festa de vinhos velhos,
C: com tutanos gordos, e com vinhos velhos, bem purificados.
B: (7) E destruirá neste monte
A: a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem.
O quiasma descreve metaforicamente o grande banquete de dons espirituais que serão oferecidos no Monte Sião. Note que “neste monte” compara-se com “todas as nações” ou “todos os povos”.
O versículo 8 dá ainda mais detalhes, descrevendo os efeitos da Expiação de Cristo: “Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse”. “Aniquilará a morte para sempre” significa que a Expiação derrotará a morte para sempre. Todos que viveram ou viverão nesta Terra, sejam justos ou injustos, tendo ou não o conhecimento sobre o Salvador, levantarão na ressurreição. A declaração “enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos” indica que a influência da Expiação estende-se além da vitória do Senhor sobre a morte e do pagamento pelos nossos pecados. Qualquer forma de sofrimento humano pode ser incluída na Expiação se a aplicarmos em nossas vidas. O Senhor tirando o opróbrio de Seu povo significa que Ele proveu o meio para sermos purificados de nossos pecados. A frase final, “porque o SENHOR o disse”, é um testemunho pessoal de Isaías sobre a fonte divina deste conhecimento.
Os versículos 7 e 8 contêm um quiasma:
A: (7) E [o Senhor DEUS]
B: destruirá neste monte
C: a face da cobertura, com que todos os povos
C: e o véu com que todas as nações se cobrem.
B: (8) Aniquilará a morte para sempre,
A: e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse.
O Senhor Deus destruirá o véu que cobre toda a Terra e aniquilará a morte para sempre. O sujeito do verbo “destruirá” é “o Senhor DEUS”, que já foi identificado na declaração introdutória em colchetes.
A sentença “O Senhor DEUS” forma a declaração introdutória. Isto identifica Jeová (“DEUS” com todas as letras maiúsculas na versão João Ferreira de Almeida) como o Senhor que aniquilaria a morte para sempre e enxugaria as lágrimas de todos os rostos—Ele que sofreu no Jardim do Getsêmani e que foi sacrificado no Calvário proveu estas bênçãos incomparáveis à toda humanidade. Portanto, “O SENHOR o disse” afirma que foi Jeová que revelou estas coisas a Isaías—Ele que faria o sacrifício infinito por todos nós. O sacrifício do Senhor remove efetivamente toda dor, vergonha e culpa do penitente.
A vitória sobre a morte através do sacrifício expiatório e o enxugar as lágrimas, são temas recorrentes nas escrituras. Isaías, aqui no capítulo 25, foi o primeiro a usar estas palavras. Paulo, Abinádi, Aarão, Mórmon, e João, o amado, que estavam familiarizados com as palavras de Isaías, explicaram estas palavras.
Paulo disse:
“E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?”[10]
A “palavra que está escrita” encontra-se no versículo 8, escrito por Isaías.
Abinádi, um profeta nefita, apresentou-se acorrentado diante do iníquo rei Noé. Primeiro, ele citou o capítulo 53 inteiro de Isaías e depois explicou-o em detalhes. Abinádi falou:
“E assim rompe Deus as ligaduras da morte, havendo conquistado a vitória sobre a morte; dando ao Filho o poder de interceder pelos filhos dos homens.”[11]
Aarão, o irmão de Amon, explicou essa palavras de Isaías perante o rei dos Lamanitas:
“E tendo o homem caído, por si mesmo nada podia merecer; mas os sofrimentos e a morte de Cristo expiam seus pecados por meio da fé e do arrependimento e assim por diante; e ele rompe as ligaduras da morte, para que a sepultura não seja vitoriosa e para que o aguilhão da morte seja consumido na esperança de glória…”.[12]
Mórmon convidou os Lamanitas dos últimos dias a acreditarem em Cristo, aceitarem Seu evangelho, e serem salvos:
“Sabei que deveis ter conhecimento de vossos pais e arrepender-vos de todos os vossos pecados e iniquidades e crer em Jesus Cristo, que ele é o Filho de Deus e que foi morto pelos judeus; e que pelo poder do Pai se levantou novamente, pelo que conquistou a vitória sobre a sepultura; e também nele é consumido o aguilhão da morte.
E ele efetua a ressurreição dos mortos, por meio da qual o homem será levantado para comparecer perante o seu tribunal.”[13]
João, o amado apóstolo, declarou: “Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes vivas das águas; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima”.[14] Isto se refere novamente ao poder da Expiação sobre todo o sofrimento humano de qualquer tipo, além de remover a dor da culpa de nossos pecados. João reiterou: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.[15]
Isto é um aspecto profundamente importante da Expiação. Há conforto para todos nós, para todo tipo de sofrimento humano, se tivermos fé no Senhor Jesus Cristo.
O versículo 9 sumariza: “E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos”. “Senhor” foi traduzido na versão João Ferreira de Almeida da palavra hebraica Yahovah, ou Jeová. Este versículo enfatiza, novamente, que é Jeová, o Deus do Velho Testamento, o criador dos céus e da Terra, que viria, morreria sobre a cruz e ressuscitaria no terceiro dia para prover a vitória sobre a morte, e limpar todas as lágrimas. A identidade do Senhor Jesus Cristo era compreendida muito bem pelos Seus profetas e apóstolos dos tempos antigos.
Os versículos 10 até 12 descrevem a conquista de Moabe pelo Senhor. O versículo 10 declara: “Porque a mão do Senhor descansará neste monte; mas Moabe será trilhado debaixo dele, como se trilha a palha no monturo”. “Neste monte”, aqui, refere-se à nação de Moabe, em contraste com as ocorrências anteriores deste termo nos versículos 6 e 7, as quais se referem à Sião dos últimos dias. O termo “Moabe”, como foi usado aqui, é um exemplo da destruição dos equivalentes modernos deste adversário antigo de Israel.[16]
O conteúdo dos versículos 5 até 10 formam um quiasma:
A: (5) Como o calor em lugar seco, assim abaterás o ímpeto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim o cântico dos tiranos será humilhado.
B: (6) E o Senhor dos Exércitos dará neste monte
C: a todos os povos uma festa com animais gordos, uma festa de vinhos velhos, com tutanos gordos, e com vinhos velhos, bem purificados.
D: (7) E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem.
D: (8) Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse.
C: (9) E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.
B: (10) Porque a mão do Senhor descansará neste monte;
A: mas Moabe será trilhado debaixo dele, como se trilha a palha no monturo.
“Abaterás o ímpeto dos estranhos” complementa “Moabe será trilhado debaixo dele”, sugerindo que a destruição do homólogo de Moabe nos últimos dias poderia ser o começo da destruição dos iníquos antes da Segunda Vinda. “O Senhor dos Exércitos dará neste monte” contrasta-se com “a mão do Senhor descansará neste monte”; o primeiro “monte” é Sião, de onde grandes bênçãos espirituais derramar-se-iam até encher toda a Terra, já o segundo “monte” é Moabe ou seu equivalente moderno. A frase “Uma festa com animais gordos” é complementada por “eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará”, descrevendo as bênçãos de salvação aos justos seguidores do Senhor, bem como serve para mostrar o significado da festa metafórica. “E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos” complementa “aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos”, que formam o enfoque do quiasma. O quiasma explica como o Senhor destruirá o véu da iniquidade e cegueira espiritual começando por “este monte”, ou o Monte Sião; como Sua Expiação e sacrifício removem a culpa de Seu povo e vencem a morte; e como os injustos serão destruídos começando com a destruição do equivalente moderno de Moabe.
O versículo 11 descreve a visão de Isaías onde o Senhor destruía nações perversas: “E estenderá as suas mãos por entre eles, como as estende o nadador para nadar; e abaterá a sua altivez com as ciladas das suas mãos”. O Senhor destruirá seu orgulho, como também as riquezas e posses.
Os versículos 10 e 11 contêm dois quiasmas sobrepostos. No primeiro:
A: (10) Porque a mão do Senhor
B: descansará
C: neste monte;
D: mas Moabe será trilhado debaixo dele,
D: como se trilha a palha
C: no monturo.
B: (11) E estenderá
A: as suas mãos por entre eles, como as estende o nadador para nadar; e abaterá a sua altivez com as ciladas das suas mãos.
No quiasma sobreposto dos versículos 10 e 11:
A: (10) Porque a mão do Senhor descansará neste monte;
B: mas Moabe será trilhado debaixo dele, como se trilha a palha no monturo.
C: (11) E estenderá as suas mãos por entre eles,
C: como as estende o nadador para nadar;
B: e abaterá a sua altivez
A: com as ciladas das suas mãos.
No primeiro quiasma, a mão do Senhor “descansará neste monte” é comparada com “estenderá as suas mãos por entre eles”. O enfoque é “Moabe será trilhado debaixo dele” [a mão do Senhor] “como se trilha a palha no monturo”. Portanto, Moabe é equivalente a um monturo (lugar onde se coloca esterco) neste quiasma.
No quiasma sobreposto “Moabe será trilhado debaixo dele” é comparado com “e [o Senhor] abaterá a sua altivez”. Ao comparar estes quiasmas sobrepostos aprendemos que a altivez de Moabe é a razão pela qual foi comparada a um monturo.
O versículo 12 descreve a destruição de armamentos dos iníquos pelo Senhor: “E abaixará as altas fortalezas dos teus muros, abatê-las-á e derrubá-las-á por terra até ao pó”.
Néfi usou as palavras desta passagem para a queda e destruição de seu próprio povo: depois de haverem sido lançados no pó até deixarem de existir, as palavras dos justos ainda serão escritas.…” (ênfases adicionadas).[17]
Néfi usou palavras semelhantes para descrever os acontecimentos dos últimos dias: “…E todos os que lutarem contra Sião serão destruídos; e aquela grande prostituta que perverteu os caminhos retos do Senhor, sim, aquela grande e abominável igreja cairá por terra e grande será a sua queda” (ênfases adicionadas).[18]
A abominável igreja, a qual Néfi referiu-se é “a combinação de toda a influência do mal e poderes políticos, incluindo, mas não limitado, às igrejas apostatas, que se opõem ao Senhor, Sua verdadeira igreja e Seu povo do convênio nos últimos dias”.[19]
NOTAS
[1]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [LéxicoHebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 6382, p. 810.
[2]. Mateus 21:14-15.
[3]. Ver Isaías 14:4-11 e comentário pertinente.
[4]. Doutrina e Convênios 115:6.
[5]. D&C 56:17-19.
[6]. Isaías 18:4.
[7]. Ver Isaías 2:2, 14 e 2 Néfi 12:2, 14; Isaías 11:9; 13:2, 4; 30:25 e comentário pertinente.
[8]. D&C 58:7-9.
[9]. Ver versículo 6 e comentário pertinente.
[10]. 1 Coríntios 15:54-55.
[11]. Mosias 15:8.
[12]. Alma 22:14.
[13]. Mórmon 7:5-6.
[14]. Apocalipse 7:17.
[15]. Apocalipse 21:4.
[16]. Ver Isaías 59:16-19; 63:1-3 e comentário pertinente. Ver também D&C 133:46-51.
[17]. 2 Néfi 26:15.
[18]. 1 Néfi 22:14.
[19]. Bruce R. McConkie, 1966, Mormon Doctrine, 2nd Ed. [Doutrina Mórmon, 2ª Ed.], p. 137-138.
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