A Organização Mundial de Saúde (OMS) faz um alerta para o mundo sobre os riscos do amianto. Esse mineral, usado principalmente na fabricação telhas de fibrocimento, foi considerado comprovadamente cangerígeno. Respirar as fibras do amianto é o suficiente para desenvolver o mesotelioma (tumor maligno no tecido que envolve os pulmões) e a asbestose, ou “pulmão de pedra”, endurecimento do pulmão que leva à morte lentamente por perda de ar. As doenças relacionadas ao amianto são consideradas incuráveis e podem levar muitos anos para se manifestar.
O uso da fibra é uma catástrofe de saúde pública. A Organização Mundial de Saúde concluiu que o amianto causa mais de 100 mil mortes por ano no mundo. O mito do “uso controlado” foi derrubado por estudo da OMS, que afirma: não existem limites seguros para o uso do amianto. A única saída é o banimento e a substituição por outros materiais. Por isso, mais de 60 países já baniram totalmente essa matéria-prima.
O Brasil, no entanto, ainda não é um deles. Por aqui, os interesses econômicos e o lobby das indústrias têm prevalecido. Entidades que representam trabalhadores adoecidos e o Ministério Público do Trabalho se articulam para que o amianto seja banido e os trabalhadores não sejam mais expostos desnecessariamente a esse mineral cancerígeno, já que existem fibras não cancerígenas para substituí-lo.
Quem corre mais riscos?
Os mais atingidos são empregados e ex-empregados de fábricas que usam amianto como matéria-prima, assim como pessoas que trabalham na construção civil, transporte e manutenção de produtos com amianto. Mas também estão expostas todas as pessoas que têm algum contato com o amianto: familiares destes trabalhadores, vizinhanças de minas ou fábricas e o consumidor que adquire produtos com amianto.
O que fazer se você foi exposto?
Entre em contato com a APREAA – Associação Paranaense dos Expostos ao Amianto ou com o Observatório do Amianto, espaço de articulação construído pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná, pela Universidade Federal do Paraná – Hospital de Clínicas, pelo Hospital Erasto Gaertner, pela Secretaria Estadual de Saúde, pela Secretaria de Saúde de Curitiba e pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social – Superintendência Regional do Trabalho no Paraná.
Divulgue essa iniciativa e entre na luta pelo banimento do amianto.