Operação cumpre mandados de prisão contra policiais
09/10/2014 07h30 – Atualizado em 09/10/2014 07h59
Operação cumpre mandados de prisão contra policiais no Rio
Objetivo é prender 16 agentes, entre eles dois oficiais.
Grupo é suspeito de ter ligação com o tráfico, segundo secretaria.
Agentes da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, realizam, nesta quinta-feira (9), a Operação Ave de Rapina. O objetivo, como informou a Secretaria de Segurança do Rio, é cumprir 16 mandados de prisão contra policiais militares, entre eles dois oficiais, além de 32 de busca e apreensão.
Segundo a secretaria, a partir das investigações da SSINTE foi constatado o envolvimento de policiais militares lotados no 17º BPM (Ilha do Governador) com o tráfico de drogas na Ilha do Governador. A ação conta com o apoio operacional da Corregedoria Geral Unificada (CGU), da Polícia Civil e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO/IE).
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De acordo com as investigações, os policiais militares denunciados possuíam estreito laço com traficantes de drogas, em especial com o traficante Fernando Gomes de Freitas, conhecido como Fernandinho Guarabu, identificado como chefe de facção criminosa. Segundo as investigações, em certa ocasião, policiais militares do 17º BPM (Ilha do Governador), realizaram abordagem de um veículo com cinco criminosos. Foi encontrado no carro munição, granadas, fuzis e pistolas. No entanto, os policiais militares somente apresentaram três dos cinco traficantes, liberando dois chefes da quadrilha de Fernandinho Guarabu, mediante pagamento. Ainda segundo as investigações, os policiais ficaram em posse da munição, pistolas e fuzis, que foram posteriormente negociados com traficantes da mesma facção.
Segundo a secretaria, foi comprovado que na ocasião tanto o comandante do batalhão como o chefe do Serviço Reservado (P2) tiveram ciência do ocorrido e se beneficiaram financeiramente com o feito, sendo a quantia reservada ao comandante R$ 40 mil.
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