O RELIGIOSO NÃO ENTRA NO REINO DE DEUS,NEM DEIXA O OUTRO ENTRAR.
Chico Rodrigues (PSB-RR) escondeu dinheiro nas partes íntimas durante buscas da PF na casa do parlamentar. Colegiado abriu processos contra outros quatro senadores. Seis casos foram arquivados, e análise de representação contra Flavio Bolsonaro foi adiada.
Por Filipe Matoso, g1 — Brasília
14/06/2023 09h36 Atualizado há 14 minutos
A RELIGIOSIDADE É PIOR QUE A IMORALIDADE – LUCIANO SUBIRÁ
AVIVAMENTOIGREJAVIDA CRISTÃ 05/02/2020
A religiosidade é algo tão perverso, tão espiritualmente venenoso, que, ao observar o ensino do Senhor Jesus, entendemos que ela pode ser pior até mesmo do que a imoralidade. Sim, é isso mesmo que estou afirmando. E por quê? Porque, diferentemente dos demais pecadores, o religioso, por sua aparência de piedade, é um pecador vacinado contra o arrependimento!
Lemos na Bíblia que a perversa cidade de Sodoma teria se aberto ao ministério de Jesus e sua pregação de arrependimento, enquanto os judeus de seus dias, não.
E você, Cafarnaum: será elevada até o céu? Não, você descerá até ao Hades! Se os milagres que em você foram realizados tivessem sido realizados em Sodoma, ela teria permanecido até hoje. Mas eu lhes afirmo que no dia do juízo haverá menor rigor para Sodoma do que para você. Mateus 11.23-24
Cafarnaum, lugar onde Cristo operou tantos milagres, terá juízo mais rigoroso que Sodoma! Por quê? A explicação dada por Jesus é clara. Porque diante de milagres como os que Jesus operou, os piores pecadores de Sodoma tinham maior possibilidade de arrependimento. Pior do que um pecador (por mais terrível que seja) só mesmo um outro pecador que é vacinado contra o arrependimento. É isso que a religiosidade faz: bloqueia os pecadores contra o arrependimento. Ela promove um senso de justiça baseado na vida aparente que, por sua vez, o cega para a sua real condição espiritual.
Em outro momento, o Senhor Jesus afirmou que as prostitutas estão mais próximas do reino de Deus do que os religiosos dos seus dias.
E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele. Mateus 21:28-32
À semelhança dos fariseus dos dias de Jesus, nós pecamos hoje por nossa religiosidade. Aprendemos a falar e nos comportar com ares de bons cristãos e, com isso, encobrir nossa desobediência.
Dos dois filhos, quem demonstrou ser obediente? Aparentemente foi o primeiro, que respondeu afirmativamente ao chamado do pai. Porém, na prática, o filho obediente foi o segundo. Ainda que a princípio tenha se rebelado e dito que não faria o que o pai tinha pedido, depois, arrependido, foi e obedeceu. Jesus compara esses dois filhos a dois grupos de pessoas: os fariseus (o grupo religioso mais rigoroso dentro do judaísmo) e os pecadores (os coletores de impostos e prostitutas, que recebiam os piores rótulos sociais e espirituais naqueles dias). Jesus termina dizendo que o último grupo entraria no reino de Deus antes dos fariseus (os beatos e carolas da época).
Conclui-se então, que de nada adianta passar horas sentado na igreja, ouvindo a Palavra de Deus, agindo como quem diz sim a tudo que nosso Pai celestial nos pede, se depois não se faz o que ele nos ordenou. A aparência de obediência não está entre os pecadores; está entre os religiosos. Já a verdadeira obediência nem sempre está com eles.
Penso que, dentre os problemas do religioso, do que cultiva essa vida aparente de devoção exterior sem paixão interior, estão duas coisas terrivelmente danosas à sua relação com Deus: a justiça própria e o orgulho.
Falando da justiça própria, podemos destacar que Jesus endereçou a parábola do fariseu e o publicano que subiram ao templo para orar aos que confiavam em sua própria justiça (Lucas 18.9). Não temos justiça própria; imaginar que isso seja possível é um grande engano! A Palavra de Deus afirma que todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo de imundícia (Isaías 64.6). Nossa justiça nos é imputada por meio de Cristo.
No que diz respeito ao orgulho, sabemos que Deus não quer que ninguém se glorie. Essa é uma das razões pelas quais a Bíblia diz que somos salvos pela graça, e não por obras, para que ninguém se glorie (Efésios 2.8,9). Ou como Paulo disse aos coríntios: a fim de que ninguém se glorie na presença de Deus (1 Coríntios 1.29). E ainda: para que, como está escrito: Aquele que se glorie, que se glorie no Senhor (1 Coríntios 1.31). O orgulho e a vanglória serão evitados mediante contínuo quebrantamento e reconhecimento de quanto dependemos de Deus Para tudo, Sim, até para viver a vida cristã!
Texto extraído do livro “Até que Nada Mais Importe”
Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.
O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) — Foto: Adriano Machado/ Reuters
O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) — Foto: Adriano Machado/ Reuters
O Conselho de Ética do Senado abriu nesta quarta-feira (14) procedimento disciplinar contra o senador Chico Rodrigues (PSB-RR), que, em 2020, foi flagrado com dinheiro na cueca durante buscas da Polícia Federal na residência do parlamentar.
O pedido de abertura de processo foi apresentado pelos partidos Rede Sustentabilidade e Cidadania em 2020. As legendas pedem a cassação do mandato do parlamentar. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi sorteado relator do caso.
Desde que foi flagrado com dinheiro na cueca, Chico Rodrigues tem negado irregularidades e dito que agiu dominado “pelo pânico e pelo medo”.
A decisão de abertura do processo não envolveu análise de mérito, isto é, as acusações em si. Segundo o presidente do conselho, Jayme Campos (União Brasil-MT), a abertura significa a conclusão de que os pedidos cumpriram os requisitos regimentais para serem analisados.
Na mesma sessão, o Conselho de Ética decidiu abrir processos contra outros quatro senadores. Seis casos foram arquivados (veja mais detalhes abaixo).
A análise sobre a abertura de representação contra o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), por suposta ligação com milícias, foi adiada. Outra denúncia contra o parlamentar do Rio foi arquivada.
Processos abertos
Veja a seguir quais senadores, além de Chico Rodrigues, se tornaram alvos de processos no Conselho de Ética:
▶️ Styvenson Valentim (Podemos-RN)
O senador se tornou alvo de procedimento disciplinar no Conselho de Ética apresentado pela ex-deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP). Ela afirma que, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o senador “ironizou” incidente ocorrido com ela em 2021.
À época, a deputada disse ter acordado com marcas de sangue no chão de sua casa. Ela sofreu fraturas no rosto e na costela. A Polícia Civil concluiu que ela “caiu da própria altura”.
Na transmissão, Styvenson afirmou: “Aquilo ali, das duas uma. Ou duas de quinhentos ou uma carreira muito grande. Aí ficou doida e pronto… saiu batendo em casa”.
Joice acusa o senador de quebra do decoro parlamentar pela “prática dos delitos de calúnia e difamação contrários à honra e dignidade”.
O senador Dr Hiran (PP-RR) foi sorteado relator desse processo.
▶️ Jorge Kajuru (PSB-GO)
O senador Jorge Kajuru se tornou alvo de dois procedimentos disciplinares nesta quarta-feira.
O primeiro foi movido pelo senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), que acusa Kajuru de divulgar, em 2021, gravação clandestina com o então presidente Jair Bolsonaro com diálogos sobre uma decisão do STF que permitiu a instalação da CPI da Covid.
Na gravação, o então presidente xingou e ameaça agredir o senador Randolfe Rodrigues. Zenaide Maia (PSB-RN) será a relatora desse processo contra Kajuru.
O segundo procedimento foi apresentado pelo ex-senador Luiz Carlos do Carmo, que acusa Kajuru de divulgar informações falsas sobre parlamentares do estado de Goiás. Otto Alencar (PSD-BA) foi sorteado relator desse caso.
Presente à sessão, Kajuru pediu a palavra para fazer um “rápido desabafo” aos parlamentares, afirmando que em sua vida profissional foi condenado somente uma vez e que acredita que será “compreendido” pelo Conselho de Ética. “Ou a gente tem liberdade de expressão, ou a gente não tem”, afirmou.
▶️ Cid Gomes (PDT-CE)
O procedimento administrativo aberto contra o senador Cid Gomes foi apresentado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Ele pede que Gomes seja condenado por ofender a “honra de outro parlamentar”, devido a declarações feitas em 2019.
À ocasião, o senador comparou o deputado alagoano com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o acusou de ser uma pessoa com prática “toda voltada para chantagem”.
“Eduardo Cunha original está preso, mas está solto o líder do PP que se chama Arthur Lira, que é um achacador, uma pessoa que no seu dia a dia, a sua prática é toda voltada para chantagem, para a criação de dificuldades para encontrar propostas de solução”, afirmou Gomes à época.
Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi sorteado relator da denúncia contra Cid Gomes.
▶️ Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
O pedido contra Randolfe foi apresentado pelo então deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado por crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo.
Silveira acusa o senador de atentar contra a “instituição Presidência da República e diretamente ao Estado Democrático e de Direito”. Ele menciona entrevistas concedidas por Randolfe em 2021 sobre a CPI da Covid no Senado.
Nas declarações, o senador afirmou que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) era “ladrão de vacina” e de “dinheiro do povo”. Ele também fez convite a manifestações populares contra Bolsonaro.
“A democracia em nosso Brasil não resiste a este mandato de Jair Bolsonaro. Não resiste até chegar ao final deste mandato de Jair Bolsonaro. Ir para as ruas. Colocar fim a este governo, é uma tarefa sobretudo civilizatória para todas e todos nós”, disse à época.
Omar Aziz (PSD-AM) será o relator desse caso.
Pedidos arquivados
Na mesma sessão, foram arquivadas denúncias contra:
Davi Alcolumbre: denúncia arquivada foi apresentada por um cidadão, por suposto extravio de documentos públicos, prevaricação e improbidade administrativa
Jayme Campos: o antigo partido PROS apresentou representação por suposta agressão do senador a uma pessoa em Várzea Grande (MT) em 2020
Flavio Bolsonaro: denúncia foi apresentada pelo ex-deputado Alexandre Frota, por suposto crime de improbidade administrativa, peculato e associação criminosa
Humberto Costa (PT-PE): denúncia apresentada pelo deputado José Medeiros (PL-MT), por suposto acesso prévio a decisões judiciais
Damares Alves (Republicanos-DF): representação apresentada pelo PSOL, por ter adotado suposta prática “etnocida” e “racista” quando era ministra do governo Bolsonaro
Paulo Rocha (PT-PA), ex-senador: denúncia apresentada pelo deputado José Medeiros (PL-MT), por ter chamado o ex-presidente Jair Bolsonaro de “genocida”
ARTHUR LIRA
CHICO RODRIGUES
JAIR BOLSONARO
JAYME CAMPOS
PP
PSB
RENAN CALHEIROS
SENADO
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