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Em menos de 15 dias, litoral do RN registra mortes de 9 tartarugas e 5 golfinhos
Biólogo explica que motivo pode estar relacionado com a maior quantidade lixo no mar e período reprodutivo de algumas espécies.
Por g1 RN e Inter TV Cabugi
06/01/2024 13h11 Atualizado há um dia
Golfinho encontrado morto na praia de Graçandu — Foto: Divulgação
Golfinho encontrado morto na praia de Graçandu — Foto: Divulgação
Pelo menos nove tartarugas e cinco golfinhos foram encontrados mortos no litoral do Rio Grande do Norte em menos de 15 dias. O dado é do Projeto Cetáceos, da Universidade Estadual do RN (UERN), que monitora toda a costa potiguar. Outras três tartarugas encalharam e foram resgatadas nesse período.
A maioria das ocorrências foram registradas em praias de Natal e da Região Metropolitana, como Ponta Negra, Búzios, Redinha, Graçandu e Pitangui, e uma outra em Enxu Queimado, na cidade de Pedra Grande.
O número é considerado um “pico anormal”, de acordo com o coordenador do projeto Cetáceos, o biólogo Flávio Lima, mas há justificativas que explicam um aumento desse tipo de episódio neste período do ano.
Segundo Flávio Lima, dois dos motivos que podem ter contribuído para a morte desses animais são: o aumento de lixo no mar e a aproximação de algumas espécies da costa por conta do período reprodutivo.
Tartaruga que encalhou foi resgatada e está sob cuidados do Projeto Cetáceos — Foto: Divulgação
Tartaruga que encalhou foi resgatada e está sob cuidados do Projeto Cetáceos — Foto: Divulgação
“É o período reprodutivo para algumas espécies, como para as tartarugas marinhas, que se aproximam mais da costa para reprodução. E há também aumento de pessoas na praia, produzindo, infelizmente, ainda uma grande quantidade de lixo”, explicou.
No sistema digestivo de uma das tartarugas mortas, os veterinários encontraram plásticos e tampinhas de garrafa. “Esse lixo, infelizmente, os animais não destinguem do alimento, como é no caso da tartaruga”, disse.
As ocorrências foram registradas do dia 24 de dezembro até este sábado (6). Apesar do aumento de ocorrências nessa época do ano, o coordenador do projeto Cetáceos considera que esse número atual está acima da média.
“Nós estamos com uma anormalidade dessa quantidade em tão pouco tempo. Nós temos um controle diário do controle de animais, e estamos com um pico anormal nesse período”, disse.
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