De acordo com o procurador eleitoral Manoel Onofre Neto, o Ministério Público recebeu a denúncia sobre o caso e foi até a área para a averiguação. Ao chegarem ao posto, observaram que havia aproximadamente 100 carros em fila que percorria duas vezes o quarteirão do estabelecimento. Não havia, no entanto, adesivos nos veículos que dessem indícios sobre quem financiava o crime.
“É uma estratégia das próprias pessoas que se beneficiam com esse tipo de crime eleitoral. Eles já não adesivam os carros para não identificar o autor do crime”, explicou Onofre Neto.
Ainda de acordo com o procurador, os motoristas dos veículos que estavam na fila conseguiam abastecer com uma espécie de senha, que precisava somente ser dita ao frentista que procederia o abastecimento. “A senha é o nome de uma empresa e já estamos investigando a ligação dessa empresa com o crime que está caracterizado”, explicou Onofre Neto.
Com os indícios da irregularidade, foi preso o gerente do posto de combustíveis e dois frentistas. O proprietário do posto, contudo, não foi preso. “O proprietário não apareceu. Ligamos, ele desligou o telefone e não apareceu, confirmando os elementos que estavam sendo apurados”, avaliou o procurador.
Os funcionários do posto foram levados para o IFRN da Zona Norte de Natal, onde ficam à disposição da Justiça.