Embora fosse treinada, João Luiz – que era responsável pela amarração dos navios, dentre outras atividades – não conseguiu desviar do cabo e acabou sendo atingido. “Na atracação do navio, cabos são jogados até o cais e, a partir deles, um cabo mais grosso é colocado no cabeço [peça de ferro cilíndrica que fica no cais e serve para suportar o cabo que faz a amarração]. Um desses cabos se rompeu junto ao navio e veio como um chicote, batendo no trabalhador que estava no cais”, explicou Emerson Fernandes.
Peritos da Capitania dos Portos e do Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep/RN) estiveram no local e, por volta das 20h, o corpo do homem já havia sido recolhido.
“Em todos os meus anos de experiência com trabalho portuário, é a primeira vez que vejo uma situação de morte em um incidente como esse, com o rompimento de um cabo”, diz Emerson Fernandes. O diretor-presidente da Codern esclareceu que o cabo pertence a empresa proprietária da embarcação.
Por telefone, o comandante da Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte, capitão-de-fragata Alexander Neves de Assunção, informou que um inquérito foi aberto para apurar as causas do acidente em um prazo de 90 dias. “Amanhã [sábado] vamos entrevistar o imediato do navio para saber o que ocorreu”, disse.