Margareth Grillo
Vicente Neto
Repórteres
Presidente da Câmara dos Deputados e presidente estadual do PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves disputa pela primeira vez o Governo do Rio Grande do Norte. Traz o tom do discurso da conciliação e da união para superar grandes desafios. Na área da saúde, a proposta é reaparelhar os hospitais regionais e centralizá-los no atendimento de média complexidade. Ele defende, ainda, a união de esforços de todas as entidades e o Governo Federal para construir o Hospital de Trauma, projeto da administração atual que não saiu do papel . Diante do quadro de insegurança, o candidato analisa que é necessário um trabalho concentrado da Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Para Henrique Eduardo Alves é inconcebível que cada uma dessas entidades “falem linguagens diferentes” quando o foco da segurança é único.
A situação financeira do Estado é o quadro de maior preocupação. Ele chama atenção para o fato que o reequilíbrio financeiro ocorrerá a partir de uma parceria com o Governo Federal, renegociação do estoque de dívidas do Estado e a celebração de parcerias público privada. Se eleito, Henrique Eduardo garante implantar sistemas de meritocracia para avaliar a carreira dos servidores estaduais. “Precisaremos da compreensão dos aliados políticos porque a equipe de Governo precisa ser centrada na capacidade técnica e não nas indicações políticas”, avisa o candidato. Confira, abaixo, a entrevista concedida à TRIBUNA DO NORTE:
O Rio Grande do Norte vive uma crise econômica. Qual será a primeira providência do senhor, caso seja eleito governador?
A questão do Rio Grande do Norte é muito grave e ampla. Tenho uma preocupação com a governabilidade. E precisamos criar um ambiente de convivência institucional entre os entes do Estado e a sociedade civil. Temos que fazer uma mesa redonda de muita responsabilidade porque está em jogo não só o Governo, que hoje é um e amanhã será outro. Está em jogo o Estado, algo muito mais amplo. A Saúde, por exemplo. Tenho informações de que o repasse mínimo, do Governo do Estado para manter a rede básica de saúde pública na capital, é de R$ 40 milhões. Desse total, R$ 10 milhões são para pagar dívidas de fornecedores. Restam R$ 30 milhões. Mas, sabe quanto é o repasse do Governo do Estado para a SESAP? R$ 17 milhões. Ou seja, todo mês tem um buraco de R$ 23 milhões daquilo que necessitaria a saúde. Se você vai acumulando mês a mês, onde isso vai chegar? Essa é uma situação muito grave que envolve hoje todo Rio Grande do Norte.
De quem é a responsabilidade por essa situação desenhada pelo senhor?
Eu não quero aqui acusar A, B ou C. Não quero ficar olhando para o retrovisor e nem ficar culpando A, B ou C. Todos que são candidatos estão sabendo dessa dificuldade, desse desafio. Precisamos ter em mente olhar o futuro e procurar soluções. Nosso Estado, tem três caminhos para se organizar de maneira orçamentária, fiscal e econômica. Primeiro é parceria, tem que buscar parceria com o Governo Federa que deve ter um olhar diferenciado para um Estado que tanto contribui com riquezas, com vocações, com potencialidades para o crescimento do país. Segundo, é a renegociação do nosso estoque de dívidas, tem que ser alongado. O Estado não pode ficar pagando as dívidas que está pagando hoje, quando não tem um tostão para investimento.
A capacidade de investimento do Estado está comprometida.
Para você ter ideia, a nossa capacidade de investimento já foi de 7% ou 8%, hoje está em 4%. Ou seja, praticamente nulo, em um Estado que precisa investir para se desenvolver. E o outro ponto é a parceria público privada. Não há caminhos mirabolantes, nem promessas a serem feitas que não poderão ser cumpridas. Não dá para visar apenas o que o Estado arrecada, porque está hoje muito combalido e muito comprometido. São parcerias federais, renegociar o estoque da dívida, alongando para termos uma folga nos primeiros anos para se poder projetar e planejar os investimentos necessários, que virão com as parcerias público privada. Precisamos deixar de ver o empresário como aquele que quer só ganhar dinheiro. Não é assim. É fundamental a parceria do Estado com a iniciativa privada para que juntos possam, de forma planejada, com projetos responsáveis e consequentes, fazer com que o Estado possa retomar o seu desenvolvimento. É possível sim esse Estado tão rico ser realmente rico, tão forte pela sua estrutura, potencialidade, riqueza, ser um Estado que atenda as básicas necessidades do cidadão norte-rio-grandense.
Caso seja eleito, o senhor trabalhará com uma equipe local ou buscará equipes de fora do Estado, em um modelo usado pelos governos recentes de Minas Gerais e Pernambuco?
Veja bem, você precisa primeiro ter o diagnóstico. E esse diagnóstico tem que ser muito verdadeiro. O governador eleito em outubro terá tempo para fazer esse levantamento completo, tem acesso a todas as informações. Certamente a governadora Rosalba permitirá, para que possamos chegar em janeiro com as questões muito claramente definidas e começar a atuar. Aqui temos gente de qualidade, temos uma universidade que é um celeiro de inteligência, de experiência. Temos várias ramificações de pessoas que se prepararam, tanto na economia, como na política, sociológica, educacional. Temos quadros aqui de muito valor. Temos que estabelecer, primeiro: a não politização. Você não pode montar um governo apenas daqueles que, vencendo a eleição, se consideram no direito de fazer indicações políticas de qualquer jeito porque são correligionários. Essa mentalidade tem que acabar. Precisamos nos valer da meritocracia.
O senhor pretende implantar a meritocracia no serviço público estadual?
As pessoas tem que ser reconhecidas e valorizadas, isso vale para tudo. Qualquer profissão que você vai exercer, todos se sentem motivados se tiver ascensão funcional. O servidor público é a mesma coisa e hoje ele não tem a ascensão profissional). E qual a motivação que ele tem, se fica anos e anos no mesmo lugar? Se você não respeitar o servidor público, não valorizá-lo, a máquina não vai funcionar. Você até pode ter as melhores ideias, mas a máquina vai engrenar, não vai dar a velocidade que nós precisamos. Então acho que nós precisamos profissionalizar a gestão, uma gestão que tenha meritocracia como base. E aí farei um apelo a classe política que me apóia para que entenda que está na hora de mudar algumas mentalidades, que o nosso Estado ao longo do tempo foi assumindo e transferindo e isso não pode mais acontecer. Temos que ter uma gestão profissional, muito técnica, que tenha sensibilidade política, lógico, e aí cabe ao governador, para que isso possa realmente mostrar que o Rio Grande do Norte é capaz. Por que Pernambuco fez e a gente não faz? Porque o Ceará está fazendo e a gente não faz? Podemos fazer.
O senhor citou a crise na Saúde. O quadro é bem complexo, são várias demandas. Qual o projeto a ser encarado em primeiro lugar?
Você sabe qual o Estado que, proporcionalmente, tem mais hospitais públicos do Brasil? É o Rio Grande do Norte com 24 hospitais regionais e desses, se você for apurar, não há nenhum que se possa dizer que é um digno hospital estadual que oferece assistência completa, integral, como deve ser. Até porque está na Constituição que a saúde é direito do cidadão e dever do Estado, como também a segurança, habitação, educação. Então, a saúde pública vive esse caos que aqui lhe alertei. A solução é valorizar os hospitais regionais através de consórcio com os municípios. Não há outro caminho, o Estado sozinho não terá condição de fazer. O município sozinho não tem como contribuir. Então você estabelece consórcios, que até se começou a fazer, mas não progrediu. E através desse consórcio regional você dá a participação efetiva do Estado para viabilizar esses hospitais para que eles sejam dignos do nome que tem: hospitais regionais estaduais, ou seja, a cara do Estado atendendo ao cidadão. E deixar para o município, como também ainda a participação do Estado, a questão ambulatorial e emergencial. Esse desenho é o que você pode tentar construir.
Mas candidato, esse desenho feito pelo senhor envolve recursos e hoje o Estado vive uma crise econômica grave.
Eu não seria irresponsável de prometer e não cumprir. O que hoje desgasta a classe política e a experiência que eu tenho me obriga a ter essa seriedade, é você prometer porque é candidato e depois colocar desculpa para não fazer. A questão da saúde você faz dessa maneira, para a média complexidade, com os hospitais estaduais consorciados com os municípios. E aí terá que buscar uma parceria com o Governo Federal para nos ajudar a completar os recursos necessários e equipar, realmente, os hospitais. Não há outro caminho. E mais: precisa valorizar o servidor da Saúde, como também de outras secretarias, o desempenho, as metas cumpridas, o bom desempenho não apenas da gestão, como também dos profissionais. Acho que esse é o caminho para darmos uma saúde digna, que merece o cidadão norte-rio-grandense.
Há uma demanda, já de muitos anos, de um hospital de traumatologia para o Rio Grande do Norte. É possível?
Um grande pleito do hospital atrasado e que ainda não foi realizado. A governadora Rosalba tentou e não conseguiu, é exatamente o hospital de traumatologia para o Rio Grande do Norte, que pode ser em Natal ou Grande Natal, mas tem que ter. Esse é um compromisso que faremos e buscaremos recursos para fazer, mas é uma questão que o Estado não pode mais retardar.
Observando o palanque dos partidos que integram a sua aliança, o senhor defende a candidatura de Dilma Rousseff. O senador José Agripino Maia é aliado do presidenciável Aécio Neves. A vice-prefeita de Natal Wilma de Faria apoia Eduardo Campos. Como explicar isso ao eleitor?
Não é difícil. Essa é uma qualidade que eu agradeço a Deus ter me dado. Ele me deu a credibilidade, pela minha vida pública, de poder, nesta hora, unir tantos que lutaram em palanques diferentes no passado e hoje entendem que esta é a hora de unir o Rio Grande do Norte. As dificuldades que já coloquei aqui mostram a necessidade de unir esse Estado. Temos que somar inteligência, experiência, pessoas de boa fé, independente de onde estejam. E não é só aqueles que vão ganhar conosco a eleição. Tem também aqueles que até podem não estar conosco na campanha, mas por qualidade poderão amanhã estar no Governo, com espírito público, com ética, com compromisso com o Estado que tenha a se somar. Esse Estado não pode mais ficar no radicalismo do passado, em que metade puxava para cima e metade puxava para baixo. Era um radicalismo emocional, as pessoas conseguiam um voto aqui e acolá, mas depois para governar cadê a união? Cadê a interação, o compromisso, a solidariedade? Isso não pode mais acontecer. Neste caso em que você cita de vários partidos, não ocorre só aqui. As realidades estaduais superam a questão nacional. As realidades estaduais se impõem nessa montagem de palanques em cada Estado. Então seria para mim uma vantagem, e o destino até me beneficiando, se amanhã a minha candidata Dilma se eleger eu já teria, com certeza, um apoio que nos ajudaria a abrir as portas para o Rio Grande do Norte. Se por acaso vencer Aécio Neves eu terei no aliado José Agripino e no Rogério Marinho, do PSDB, as mesmas certezas de que teremos portas abertas e simpáticas ao Rio Grande do Norte. Se for Eduardo Campos temos a senadora Wilma, que eu espero que se eleja, para também abrir essas portas juntamente comigo, pela minha experiência e convivência. Trabalhei muitos anos em Brasília e, com este trabalho, abri portas para o Estado. O segmento evangélico tem um candidato que eu respeito muito, o pastor Everaldo, do PSC, que também está no nosso palanque. Então, isso é uma qualidade para o Rio Grande do Norte. Não há nenhum radicalismo para termos portas fechadas. Haverá sim, portas abertas para aqueles projetos que levaremos para buscar parcerias com o Governo Federal, que serão fundamentais para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.
O senhor estaria defendendo o fim de posições radicais na política potiguar?
Como um Estado tão rico é tão pobre? Tem a eólica que é o primeiro lugar do Brasil, tem a fruticultura que exporta para o mundo inteiro, tem minério, turismo, petróleo. Tem o aeroporto que não é ponto de chegada, mas ponto de partida para o desenvolvimento,, como esse Estado não tem o mínimo para oferecer ao cidadão. Como esse Estado é tão forte e deveria ser e e é tão fraco. Esse contraditório temos que enfrentar. E só enfrentaremos se o Estado entender que não cabe mais o radicalismo político. Eleição não é mais uma guerra onde as pessoas vão se matar uns aos outros. Quem ganha não era um vencedor, mas um sobrevivente, saia todo mutilado pelo radicalismo da campanha. Precisamos mudar essa mentalidade.
O candidato Robinson Faria, do PSD, vem dizendo que é o único candidato de fato de oposição, já que o Democratas, partido da governador Rosalba Ciarlini, está no palanque do senhor. O seu discurso de oposição se enfraquece por ter o DEM como aliado?
Veja bem, se isso é verdadeiro, respeito muito o meu colega Robinson Faria. Ele pode ficar tranquilo que teremos uma campanha de alto nível, no que depender de mim até pela relação que tenho com sua família toda. Nossos pais eram muito amigos. Hoje, ainda temos uma relação próxima de amizade. Mas ele (Robinson Faria) está sendo muito infeliz, ou injusto, ou desinformado ou desatento. Pode escolher uma das quatro opções. Porque o cunhado da governadora, o deputado Betinho Rosado, que comanda o Partido Progressista no Rio Grande do Norte, está aqui ou está lá (com Robinson Faria)? Se fosse essa a recomendação da governadora Rosalba o seu cunhado Betinho Rosado, deputado federal, teria todas razões para estar aqui (no palanque de Henrique Alves), mas está lá. Isso mostra que eu não tenho esse apoio, esse compromisso com o Governo Rosalba. Isso não é verdadeiro e está na hora do Rio Grande do Norte ter os seus políticos falando a verdade.
Mas, até ser candidato o senhor foi aliado da governadora Rosalba Ciarlini.
Mesmo que se possa não agradar, mas a verdade impõe respeito. Eu a respeito a governadora Rosalba como política, como mulher, não há nada que venha a denegrir sua imagem. Nossa discordância foi o modelo de governo, que não interagiu, não descentralizou. Não deu direito a voz e a vez dos seus aliados que queriam apenas construir na crítica, buscar caminhos novos e não conseguimos sequer um espaço para isso. Essa foi a razão principal de ter saído do governo. Queríamos ajudar, mas não estava havendo receptividade a nossas ponderações e advertências. Na hora que saímos do governo, assim e de forma respeitosa e respeitada pela governadora, não teria nenhum sentido hoje ter o apoio político do governo. Eu espero ser o governador de todo Rio Grande do Norte, de todos os norte-rio-grandenses, sem intolerância, sem mágoa com quem quer que seja. Eu quero o voto de todos, como cidadãos, até porque terei que ser governador de todos os norte-rio-grandenses.
O empresário Flávio Rocha chegou a dizer que há um ambiente hostil aos empresários no Rio Grande do Norte. Em caso de um governo seu, como será o relacionamento com o empresariado?
Uma licença ambiental no Rio Grande do Norte leva de 18 a 24 meses a ser concedida e todo financiamento hoje, seja Banco do Nordeste seja BNDES, todo ele está exigindo e corretamente a licença ambiental. Se você chega em Pernambuco ou no Ceará, você tira a licença ambiental em dois meses, três meses. Como vamos competir com o Estado com essa agilidade da questão ambiental? Saindo daí vem a burocracia dos processos em andamento, você encontra servidores desmotivados, um servidor público sem estímulo para crescer, até com atraso de salário. Você gera no Estado um clima de baixo estima.
O senhor fala de profissionalização da gestão. Qual o eixo a seguir nesse sentido?
A união que estou fazendo no Rio Grande do Norte vai me ajudar a ter a compreensão da classe política e eu me incluo. A modelagem precisa mudar, tem que se tornar menos política e mais técnica, menos política e mais operacional. Sei que terei a contribuição de todos que estão me ajudando a ganhar a eleição, me ajudarão a governar também. A meritocracia tem que ser a base inadiável do governo, onde você estimula o servidor a ocupar cargo de chefia e estimula toda máquina. Do jeito que está não adianta, você manda fazer, mas cadê a motivação, cadê a eficiência, a agilidade? Ou a gente compreende o momento novo que precisa ser enfrentado ou vamos repetir os mesmos erros do passado. É por isso que precisamos unir o Rio Grande do Norte. Para ser um Estado mais ágil, mais eficiente, valorizando mais seus quadros técnicos.
Qual a proposta do senhor para segurança pública?
Segurança pública será a prioridade número um do nosso governo. É hoje a maior agonia e aflição do norte-rio-grandense. E veja bem, como está vinculado, é uma das razões principais para o investimento aqui. Quando tem um investidor seja nacional ou internacional, quando pensa em diversificar seus investimentos, ele procura o Estado que tenha o maior nível de segurança. A segurança jurídica, logicamente, mas também do ponto de vista das pessoas viverem em paz, com tranqüilidade. A questão da segurança não é só armar o policial ou de mais e melhores equipamentos. Precisa ter um setor de inteligência eficiente, delegacias que promovam a auto estima do policial. Nas penitenciárias precisa respeito ao cidadão preso. Mas hoje não há condição para isso da forma como está. Veja que a polícia militar e civil tem linguagens diferentes, quando eles deveriam ter uma interação absoluta, convivência muito próxima. O policiamento ostensivo das ruas e os setores de investigação tem que trabalharem juntos. Hoje, eles falam linguagens absolutamente distintas, mas é porque não tem as informações que precisavam ter.
Mas como abordar todos os aspectos da segurança, nessa complexidade em um tempo curto?
Isso eu quero deixar claro. Primeiro item, além da prática, é a sensação da segurança. Hoje há sensação da insegurança, da impunidade. Precisa criar rápido um ambiente de segurança, buscando parceria da iniciativa privada e do governo federal. Esse é o caminho para tratar a segurança pública em caráter emergencial. Botar o policial na rua, presente na comunidade e, a partir daí, ter mais tempo de desenvolver políticas públicas para o setor com mais tranqüilidade.
A estiagem trouxe grandes problemas na área de abastecimento e para a agropecuária. Como enfrentá-los?
O Nordeste atravessa um problema sério. Esse ano a presidenta Dilma deu um tratamento melhor, inclusive com medidas aprovadas pelo Congresso Nacional, em relação a crédito, financiamento. Mas não resolve o problema porque ano que vem o Nordeste estará ameaçado de novo de estiagem. Estamos no terceiro ano e poderemos ir para o quarto ano. Essa é uma questão que nosso Estado tem que tratar com muita responsabilidade. Temos que interligar nossas bacias de recursos hídricos para que tenha compensações entre elas, em caso de necessidade. Segundo, esperar que a transposição do São Francisco venha a acontecer porque tornará os nossos rios perenes. Na hora que abre as compotas as águas virão. Enquanto isso não acontece, vamos tentar, via o programa de adutoras, a interligação das bacias. Garibaldi Filho já começou , levando água de onde tinha para onde não tinha. Teve um programa elogiado e aprovado. Interligando essas bacias você faz a compensação. E tem a chegada agora da barragem de Oiticica. Esperamos 50 anos e nós conseguimos, com o apoio de todos, tornar realidade. Precisamos buscar parceria com a iniciativa privada e o Governo Federal, não há outro caminho. Temos que ter consciência do desafio e pensar em alternativas que venham em parceria ajudar o Rio Grande do Norte.