Blog do Levany Júnior

NATAL RN-Júri condena três pessoas por morte de advogado em Natal

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Do G1 RN

Julgamento se estendeu até a madrugada desta
sexta (12) (Foto: Camila Torres/Inter TV Cabugi)

Três dos quatro acusados da morte do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, executado a tiros em maio do ano passado, foram condenados pelo júri popular que terminou já na madrugada desta sexta-feira (12) no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal. Lucas Daniel André da Silva, o Luquinha, e Expedito José dos Santos foram condenados a 14 anos de prisão em regime fechado Já Marcos Antônio de Melo Pontes, o Irmão Marcos, foi condenado a oito anos de reclusão, também no regime fechado.

O quarto acusado, o sargento da Polícia Militar Antônio Carlos Ferreira de Lima, não participou do julgamento por ter recorrido da sentença de pronúncia. A ação ainda não foi julgada, segundo o advogado de acusação, Manoel Fernandes Braga.

Daniel André da Silva, conhecido como Luquinha, confessou ser o autor dos disparos; Expedido José dos Santos, foi apontado como mandante do crime; e Marcos Antônio de Melo Pontes, o Irmão Marcos, teria dirigido o veículo no dia da morte.

O crime
Segundo as investigações, polícia e Ministério Público chegaram à conclusão que o autor dos disparos foi Lucas Danel André da Silva, conhecido como Luquinha. Ele teria recebido ordens de Expedido José dos Santos e do sargento da PM Antônio Carlos Ferreira de Lima, o Carlos Cabeção. O autor dos tiros também teria recebido apoio na fuga do dia do crime de Marcos Antônio de Melo Pontes, o Irmão Marcos, que teria dirigido o veículo que deu fuga aos acusados.

O crime foi investigado por uma comissão da Delegacia Especializada de Homicídios (Dehom), formada pelos delegados Roberto Andrade, Karla Viviane e Raimundo Rolim. A Polícia Civil concluiu que o assassinato do advogado Antônio Carlos está relacionado uma disputa por terras no município de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Na briga pelos terrenos estariam a vítima e o comerciante Expedito José dos Santos.

De acordo com a investigação, o advogado teria derrubado um muro construído irregularmente pelo comerciante. A desavença teria levado Expedito a entrar em contato com o policial militar Antônio Carlos Ferreira de Lima. Os delegados apontam Carlos Cabeção como articulador do crime. O PM teria acionado Lucas Daniel para executar o advogado. Luquinha admitiu que foi o responsável pelos disparos que mataram Antônio Carlos. O pedreiro Irmão Marcos teria dado apoio à fuga na noite do crime.

Prisões
O primeiro acusado a ser preso foi Expedido José dos Santos, detido em maio do ano passado. Na época o comerciante negou ter sido o mandante do crime, mas admitiu que o carro dele, uma Doblò, foi usado no crime e que ele mesmo, ao fugir para Fortaleza, no Ceará, tocou fogo no veículo com medo de se complicar. Em depoimento à Polícia Civil, o comerciante confirmou que o carro foi dirigido pelo réu Irmão Marcos na noite do crime.

Lucas Daniel André da Silva, o ‘Luquinha’
(Foto: Igor Jácome/G1)

O segundo a confirmar a participação de Irmão Marcos no crime foi Luquinha, que tambémconfessou ter sido o assassino do advogado. Ao G1, Lucas Daniel admitiu o crime e afirmou que matou o advogado a mando de Expedito para se vingar de Antônio Carlos. Luquinha foi preso em junho em um lava-jato no bairro Barro Vermelho, em Natal.

Ao ser apresentado como assassino do advogado, Luquinha disse que foi enganado pelo comerciante. “Ele me disse que o Antônio Carlos era um vagabundo que tinha derrubado um muro de um terreno dele e dado um prejuízo de mais de R$ 40 mil. Eu fui enganado. Se eu soubesse que era um advogado, um homem de bem, eu não teria feito isso”, contou na época.

O pedreiro identificado como Irmão Marcos também foi preso em junho enquanto trabalhava em uma obra na cidade de Ipanema, na região do Vale do Aço, em Minas Gerais. Em depoimento, ele confessou ter dirigido o veículo usado no crime e disse também que chegou a descer no bar e apontar o advogado para que Luquinha o executasse.

No mesmo mês a Polícia Civil prendeu o policial militar Antônio Carlos Ferreira de Lima. A defesa do PM negou o envolvimento de Carlos Cabeção no crime e argumentou que vítima e acusado eram amigos.

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