NATAL RN-‘Golpe do empréstimo’: PF cumpre dois mandados em Natal contra grupo suspeito de movimentar R$ 156 milhões


A Operação Fair Play, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (14) contra um grupo empresarial que movimentou aproximadamente R$ 156 milhões, com o “golpe do empréstimo” cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Natal.

Segundo a corporação, na capital potiguar, os agentes apreenderam documentos em dois endereços, nos bairros de Ponta Negra e Morro Branco, na Zona Sul da cidade. Não houve prisões, na capital potiguar.

As investigações são comandadas pela Polícia Federal do Amazonas. Também foram cumpridos mandados em ManausBoa Vista e Belém.

A justiça também determinou o bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas. A decisão judicial prevê o sequestro de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em posse dos investigados.

Investigação

 

Um inquérito da Polícia Federal investiga os crimes desde 2021. O órgão disse ter confirmado que a empresa investigada busca atrair, em especial, servidores públicos e aposentados.

De acordo com a apuração da PF, a empresa investigada fazia parte de um grupo empresarial que atuava em diferentes segmentos comerciais.

A Polícia Federal constatou que, em um período de dois anos, o grupo empresarial investigado movimentou, aproximadamente, R$ 156 milhões.

“Os sócios e representantes, por sua vez, apresentaram evolução patrimonial meteórica, enquanto ostentavam um alto padrão de vida em redes sociais, residindo em condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo veículos e embarcações também de luxo”, destacou o órgão.

Vítimas

 

As vítimas são servidores públicos que faziam empréstimos com desconto em folha e repassavam o dinheiro para uma empresa, que assumia um contrato com a promessa de vantagens e lucros.

Uma das vítimas do golpe em Natal, que pediu para não ser identificada, conta que trabalha como técnico em uma repartição pública federal de saúde e teve um prejuízo de R$ 32 mil.

O servidor fez um empréstimo consignado no banco, com desconto no próprio contra-cheque, e repassou o dinheiro a uma instituição financeira que assumiu um contrato com ele.

Em troca, recebeu promessas de rendimentos e lucros mensais até a quitação, meses depois, quando receberia o investimento de volta.

“Era exposto um contrato a nós, esse contrato dizia que esse procedimento junto ao banco era coberto por seguradora. Era registrado em cartórios aqui da capital e isso nos dava uma sensação de segurança”, afirmou.

O homem ainda recebeu uma parcela do valor prometido pela empresa, mas não conseguiu mais contatos com os suspeitos e percebeu que caiu em um golpe.

Operação

 

O nome da operação, Fair Play, faz alusão à conduta ética exigida na prática de esportes, que preza pela atuação em conformidade com as regras estabelecidas.

“A operação policial tem como objetivo revelar a atuação irregular de grupo empresarial no ramo de investimentos financeiros, fornecendo aos órgãos de controle e regulação subsídios para repressão administrativa, cível e penal”, ressaltou a PF.

As autoridades apuram desde crimes contra o sistema financeiro, contra a economia popular, lavagem de dinheiro a organização criminosa, dentre outros, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de prisão.

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