Forças Armadas patrulham as ruas de Natal neste sábado (21); veja fotos
A Operação Potiguar II, realizada pelas Forças Armadas em Natal e região Metropolitana da capital potiguar, tem continuidade neste sábado (21). Centenas de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica ocupam pontos estratégicos, realizando patrulhamento e fiscalização de prevenção. Nesta sexta-feira (20), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, esteve na capital potiguar e afirmou que o governo federal “não vai admitir descontrole“.
De acordo com o Ministério da Defesa, foram disponibilizados 650 homens do Exército, Marinha e Aeronáutica nas ruas no primeiro dia da ação, ainda nesta sexta. Já para este sábado, 1,4 mil atuarão na região Metropolitana. E no domingo (22), 1.846 integrarão a operação.
O ministro explicou que as tropas não vão substituir nenhuma ação da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, mas sim auxiliar na manutenção da ordem com o objetivo de impedir novos ataques a ônibus, instituições ou prédios públicos.
Poucos ônibus
O retorno dos transportes coletivos às ruas de Natal, previsto para acontecer na manhã deste sábado (21) às 6h, ainda não foi totalmente efetivado.
A Polícia Militar informou ao G1 que, mesmo garantindo a realização de uma operação especial, a maioria das empresas está com os ônibus nas garagens.
Zona Oeste da cidade (Foto: PM/Divulgação)
Carro incendiado
Um veículo particular foi incendiado na madrugada deste sábado (21) na Zona Oeste de Natal, mesmo após o início da atuação das Forças Armadas na região Metropolitana da capital potiguar. Segundo a Polícia Militar, quatro homens teriam ateado fogo no carro. Ninguém foi preso.
Ataques
Até o momento, vinte e seis ônibus e micro-ônibus, cinco viaturas do governo do estado e das prefeituras, um caminhão, dois carros particulares, quatro delegacias e outros três prédios públicos foram alvos de criminosos. Não há informação de pessoas feridas. Os atentados, a maioria incendiários, foram registrados em dez municípios.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Caio Bezerra, está sendo investigado se os ataques têm relação com a crise no sistema penitenciário do estado. “Pessoas já foram presas”, afirmou, mas sem revelar a quantidade de detidos.
A maioria dos ataques aconteceu no mesmo momento em que a PM fazia a remoção de 220 presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. No local, 26 detentos morreram durante uma rebelião no final de semana. Destes, segundo o governo, 15 foram decapitados. Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal.