O estupro é considerado um dos crimes mais graves contra a pessoa, em crianças a descoberta sexual precoce e forçada rouba a inocência e a infância da vítima que fica com sequelas emocionais por toda a vida. Neste domingo (12), celebrado o Dia das Crianças, um dado alarmante chama a atenção para a necessidade de falar sobre o assunto, que ainda gera medo para as vítimas e que revolta a população.
Somente neste ano em Aracaju existem 184 casos sendo acompanhados pela Justiça, entre eles está aviolência doméstica, com 16% das ocorrências. Segundo informações da Delegacia Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Deacav), 24% do total de denúncias recebidas são de estupro contra menores de idade.
A delegada de Polícia Civil, Lara Schuster Batista, afirma que a maior parte dos casos de abuso sexual ocorre no próprio lar da vítima e é cometido pelo pai, padrasto, irmão ou qualquer outro parente. “Normalmente o abuso é cometido por quem a vítima confia e está acima de qualquer suspeita”, alerta. Ela também destaca a importância de prestar atenção na criança como mudança de comportamento, agressividade, pesadelo, interesse excessivo sobre assuntos sexuais, isolamento e dor ou inchaço nas áreas genitais.
“Os pais devem observar em todo o tempo o comportamento dos filhos. Porque é muito comum nas vítimas de abuso ou estupro que elas se sintam culpadas ou com vergonha em denunciar. Além disso, ainda tem o receio das ameaças que ela pode estar sofrendo”, orienta a delegada.
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Dados alarmantes
Em 2013, os casos de estupro contra crianças e adolescentes representou 38% dos casos registrados no (Deacav). Nesse mesmo período foram identificados 22 casos de agressão física, número que caiu para 3 neste ano.
A denúncia é a melhor forma de combater os crimes contra a inocência e isso pode ser feito através do Disque Denúncia 181ou pelo Disque Direitos Humanos 100.
O poder público disponibiliza ainda órgãos especializados em atender a esses tipos de ocorrência e a dar os encaminhamentos necessários como ao tratamento médico e psicológico específico como os Conselhos Tutelares espalhados por todos os municípios sergipanos e através da Promotoria de Justiça da Vara da Infância e da Juventude.