NATAL RN-Doleiro afirmou ter enviado R$ 3 milhões em espécie a Natal
Segundo a Procuradoria Geral da República, Agripino teria conseguiu a liberação de recursos do BNDES para a OAS concluir as obras do estádio. Em troca, a construtora teria doado, oficialmente, R$ 500 mil para o Diretório Nacional do DEM no ano passado.
Os recursos sofriam entraves em razão de irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O pedido de investigação relaciona mensagens de celular trocadas entre executivos da OAS relatando que Agripino se reuniu com autoridades “para esclarecer o problema e apelar por solução que evite interrupção no fluxo de pagamentos e interrupção da obra”.
O pedido de investigação ainda registra depoimento em que o doleiro Alberto Youssef afirma ter administrado “caixa 2” para a OAS, intermediando repasse de doações eleitorais não declaradas para pagamento de propina. O doleiro afirmou ter enviado R$ 3 milhões em espécie a Natal. Numa das planilhas de Youssef, há registro da entrega de R$ 150 mil a alguém no Rio Grande do Norte, sem identificação da pessoa e do ano.
Na autorização da investigação, Barroso escreveu que a abertura do inquérito “pode trazer algum tipo de “constrangimento” a parlamentares, mas que os órgãos “devem ter a possibilidade de realizar as investigações quando verificado um mínimo de elementos indiciários”.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (7) abertura de inquérito para investigar o senador José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM, por suposta prática de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O pedido de inquérito foi feito pela Procuradoria Geral da República e resulta de investigações da Operação Lava Jato, que apura desvio de recursos e corrupção na Petrobras.
De acordo com o pedido, as investigações apontaram que o senador combinou pagamento de propina com executivos da OAS, uma das empreiteiras alvo da Lava Jato. O dinheiro teria sido desviado da obra do estádio Arena das Dunas, em Natal.
Ao G1, o senador José Agripino disse nesta terça-feira (6) que se colocará à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. “Apesar de achar essa acusação absolutamente absurda, descabida e inverídica, eu me colocarei à disposição do Judiciário para promover os esclarecimentos que forem necessários”, declarou. Por meio de nota, a assessoria da OAS afirmou que a empreiteira “nega as alegações”.
A “barra” está ficando pesada para José Agripino
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a abertura de inquérito para investigar o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN). A solicitação de investigação foi feita pela Procuradoria-Geral da República, que quer apurar suposta prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por parte do parlamentar.
O senador é suspeito de combinar o recebimento de propina com executivos da construtora OAS com valores desviados das obras de Arena das Dunas, estádio no Rio Grande do Norte que sediou jogos da Copa do Mundo de 2014.
Apesar de os indícios com relação à prática dos crimes por Agripino terem sido encontrados no curso das investigações na Lava Jato, em mensagens trocadas entre executivos da OAS, o caso não tem vinculação com o esquema de corrupção na Petrobras e, por isso, não ficou sob relatoria do ministro Teori Zavascki.
O senador Agripino Maia já é investigado desde março perante o STF por suspeita de ter cobrado propina de R$ 1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do Rio Grande do Norte. O parlamentar foi citado em delação premiada de um empresário do Estado. O caso está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia e tramita em segredo de justiça no Tribunal.
Doleiro Albert Yousseff afirma que enviou R$ 3 milhões para Natal. E agora José?
O doleiro Albert Yousseff afirmou que enviou R$ 3 milhões de reais em espécie para Natal. Está registrado no pedido de investigação contra o senador José Agripino Maia.
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