Nesse jogo, com ou sem blefe, a “mão” de cada treinador, para esse duelo, surge com vários coringas que podem ser a chave para um “royal flush” (principal mão numa vitória de poker).
No caso do América, mandante do jogo, o caminho para o “royal flush” passa necessariamente pelos pés do zagueiro Flávio Boaventura, xerife da defesa americana, do meio campo Cascata, cérebro do time e fator de desequilíbrio alvirrubro no meio campo do seu time, e do atacante Max, artilheiro do Brasil na temporada, com 15 gols e vice goleador do Estadual, com oito gols.
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No lado do ABC, a forma encontrada por Josué Teixeira para fazer com que o Alvinegro conquiste o título do segundo turno de forma antecipada, conta com a participação do zagueiro Leandro Amaro, autor de quatro, dos últimos cinco gols abecedistas na competição, o meia Erivélton, que parece ter encontrado seu espaço no time e do atacante Kayke, artilheiro do Estadual com 11 gols. “Vamos buscar esse gol. No primeiro turno consegui marcar e sempre tenho essa felicidade de marcar contra o América. Ano passado, na série B, pelo Atlético/GO, também fiz contra eles e a expectativa é muito boa, para esse final para o ABC. Não penso em artilharia, e sim em poder ajudar a equipe e acho que o Max também pensa assim”, disse Kayke.
Os treinadores, experientes, sabem que em clássico, tudo pode acontecer e, por isso, pregam respeito ao adversário, mas sempre afirmando que suas equipes, mesmo com objetivos distintos dentro da competição, vão buscar a vitória desde o primeiro minuto de partida.
“O ABC é time grande, de grande torcida e temos que vencer qualquer adversário, ainda mais no clássico. Queremos entrar em campo e vencer, para termos a vantagem definitiva nas finais, de poder decidir no Frasqueirão. Respeitamos a equipe do América, por tudo que já conquistou, pelo treinador que tem, o elenco e a torcida deles. O América tem a grandeza deles e o ABC só é grande porque existe o América. Não adianta me preocupar como joga o adversário. Meu time vai a campo para vencer”, afirmou Josué Teixeira, técnico do ABC.
Roberto Fernandes, que vai disputar seu 11º clássico, acredita que o jogo vai ser bastante disputado e que o ataque vai ser o principal objetivo das duas equipes. “Vai ser um clássico aberto, com as duas equipes buscando a vitória. O ABC vem jogando de forma ofensiva e o América de mesma forma. Fiz vários jogos com apenas um volante e isso é uma vocação ofensiva. A tendência do clássico é de que vai ser bom de assistir, porque os dois vão buscar a vitória. O América, para continuar com chances e o ABC quer ser campeão”, finalizou.