NATAL RN-“Acredito que o Alecrim possa brigar pelo título”


09 Dez 2015 - Esportes  Osvaldo Trigueiro Filho, novo presidente eleito do Alecrim F. C. para o biênio 2016/2017. Foto: Jean Fábio / Tribuna do Norte
09 Dez 2015 – Esportes
Osvaldo Trigueiro Filho, novo presidente eleito do Alecrim F. C. para o biênio 2016/2017.
Foto: Jean Fábio / Tribuna do Norte

Felipe Gurgel
Repórter de Esportes

O Alecrim dá posse nessa segunda-feira, ao novo presidente do clube, que vai comandar o Alviverde pelos próximos três anos.  E, o nome de consenso escolhido para assumir o posto foi o do pedagogo Oswaldo Trigueiro Filho. Para quem não conhece, ele vem de uma família de alecrinenses. Seu pai e seu irmão trabalharam no clube na década de 80 e ele mesmo já foi, além de conselheiro, responsável pelas categorias de base do Alecrim.

Jean fábioNovo presidente do Alviverde tomaposse amanhã e afirma que chegou o momento doclube retomar as conquistas do passado gloriosoNovo presidente do Alviverde tomaposse amanhã e afirma que chegou o momento doclube retomar as conquistas do passado glorioso

E, é com essa dedicação de quase 30 anos ao clube, que Oswaldo topou assumir a presidência do Alecrim. Nessa entrevista concedida a TRIBUNA do NORTE, ele fala sobre a responsabilidade de assumir o cargo, as parcerias para montar a equipe para o Estadual de 2016 e a necessidade que o clube tem que voltar a ser campeão para resgatar a torcida.

O nome que vinha aparecendo como possível presidente do Alecrim, era do empresário Francisco Valério. Você foi pego de surpresa com a escolha do seu nome para ser o futuro presidente?
Veja bem, nem tanto. Faz um mês, mais ou menos, que já estávamos trabalhando com a impossibilidade do Valério não assumir a presidência do clube. E, foi o mesmo que me convidou para ser o presidente e ele ser meu vice, o que aceitei prontamente, tudo em prol do Alecrim. Mas, o nome de consenso e o indicado seria mesmo o de Valério.

Quais os motivos dele não ter aceitado ser presidente e como foi definido o seu nome como candidato?
Valério tem algumas empresas e, com isso, a sua disponibilidade para atuar no Alecrim seria prejudicada. Visando fazer um bom trabalho, ele preferiu ficar na retaguarda e assim, eu fico mais na frente do clube, já que tenho um pouco mais de flexibilidade nos meus horários. E, quem está dentro do Alecrim, sabe que trabalhei muito pelo clube nesse ano e, por isso, nosso grupo tem muita legitimidade. Meu nome não aparecia de imediato, mas, de certa forma, também era de consenso.
Nessa temporada você trabalhou nas categorias de base do Alecrim?
Durante o ano trabalhei muito com os jovens das bases do Alecrim, tomando conta de tudo, desenvolvendo alguns projetos e  no primeiro semestre, fiquei muito próximo, também, do futebol profissional, apoiando, ajudando e participando.

Como a nova diretoria do Alecrim pensa em montar o time para o Estadual 2016?
O Mazinho, que foi jogador da seleção de futsal, tem uma parceria com o Alecrim e deve trazer de seis a oito jogadores com mais experiência para fazer parte do nosso time, formando uma espinha dorsal. Apensar de não termos alcançado os resultados que queríamos nas bases, conseguimos descobrir vários bons valores e eles devem fazer parte do elenco principal do Alecrim, cerca de 10 atletas. Vamos fechar o elenco com jogadores aqui da nossa região, para que possamos fazer uma boa competição. Acredito que o Alecrim possa brigar pelas primeiras posições e vagas na Copa do Brasil, série D, para que o clube não precise fechar as portas no segundo semestre.

No Estadual, o Alecrim mostrou força, chegando a disputar uma final de turno, contra o América e também disputando a Copa do Brasil. Isso é o início de uma retomada por briga de títulos?
Em 2014 também disputamos uma final de título, contra o Baraúnas, lá em Mossoró e, infelizmente, não conseguimos o resultado. Com o América foi diferente, por toda a estrutura que envolve uma equipe do peso da equipe americana. Isso mostra que o Alecrim vem tendo uma evolução nos últimos anos,  e a nossa meta é que em 2016, possamos entrar com mais força, mais garra e que o time saia dessa fila de títulos, que vai completar quase 30 anos.

A torcida do Alecrim está muito ansiosa por esse título estadual…

Com certeza. E um título desses vai trazer mais torcedores para o nosso clube. Recentemente, quando disputamos a série D e depois a série C, no Machadão, tínhamos um bom público nos jogos. Hoje, quando se tem jogo do Alecrim, são poucos torcedores presentes e isso é um reflexo direto dos anos sem títulos. Se o time consegue conquistar, seja um turno ou o título, isso passa confiança aos seus torcedores e eles acabam apoiando o clube nesses momentos.

Muitos se assustaram com a escolha do seu nome para presidente, mas você vem de família de alecrinenses, não é verdade?
O Alecrim é amor de família. No final da década de 70 e início dos anos 80, meu pai foi diretor das bases do clube. Em 85 e 86, meu irmão, Augusto César,  foi médico do time. Desde essa época, ainda adolescente, já vivia no Alecrim, sempre gostei do time. Me afastei um período, depois voltei como conselheiro. Após um tempo, deixei o clube e retornei em 2010, sempre tentando ajudar, para tentar fazer um Alecrim melhor.

A última parceria que o Alecrim fez, não terminou da melhor forma para o clube. Vocês estão tendo esse cuidado com essa nova parceria?
Isso é um ponto que  estamos conversando bastante. Temos que fazer algumas amarras, colocar em contrato alguns detalhes. A nossa parceria, hoje em dia, com o Mazinho, é bem diferente. Na época do Anthony Armstrong, ele praticamente se apossou do clube e a diretoria, junto com os conselheiros, não podiam decidir nada. Ele sempre dizia: ´quem paga sou eu!´ E por isso, não tínhamos espaço. Agora, as coisas estão diferentes. O Mazinho vai ficar no comando do futebol profissional, mas tudo sendo passado para a diretoria. Vamos continuar tendo o apoio do Valério, do Washington e Orlandinho. Estamos tomando certos cuidados, que não tivemos em momentos anteriores.

Como está a situação do Alecrim financeiramente? Estão conseguindo patrocínios para o Estadual?
Sempre é difícil conseguir patrocínio. Infelizmente, o empresariado do Rio Grande do Norte, não conseguiram visualizar o quanto é bom e barato promover suas marcas nos clubes.  Os investimentos são relativamente pequenos e o retorno de mídia é altíssimo, porque o time sempre está aparecendo, seja na televisão ou nos jornais, na internet estampando as marcas. Os empresários ainda tem receio e aversão e apostar no futebol. Lógico que temos dificuldades, mas temos alguns contatos e promessas boas e outras coisa já acertadas. Esperamos conseguir um bom volume de dinheiro, para fazer um bom campeonato. O Mazinho vai trazer jogadores e alguns patrocínios e isso vai facilitar o nosso trabalho.

Esses atletas que estão sendo trazidos pelo colaborador do Alecrim, é o clube quem vai assumir os salários?
Mazinho está trazendo algumas coisas. Ele vai colocar os jogadores deles no mercado e estamos apostando nisso para que possamos desenvolver um trabalho bom na próxima temporada.

Você trabalhou muito tempo nas bases do Alecrim e afirmou que pretendo promover até 10 jovens para o profissional. Como estão as categorias inferiores do time e qualidade dos atletas?
Nossa equipe fez bons jogos nos campeonatos de base, mas não alcançamos os resultados esperados. Mas, individualmente, temos bons valores, cerca de seis ou sete jogadores para formar o elenco. Desses, três já tem condições de fazer parte do time titular do Alecrim. Os outros, no decorrer do campeonato, com certeza vão brigar para ser titulares. Tenho atletas na faixa de 17, 18 anos, que são muito bons e , com certeza, vão dar bons frutos ao clube.

O Alecrim vai utilizar o Ninho do Periquito, em São Gonçalo, ou vão usar o Barrettão?

Nesse primeiro momento, iremos disputar os jogos no Barrettão. Mas, Washington teve uma conversa com o administrador do Ninho do Periquito e vamos ver se conseguimos fazer uma parceria para jogar lá. A possibilidade é grande de mandarmos nossos jogos do próximo Estadual no campo de São Gonçalo. Faltam apenas alguns detalhes para esse acerto. Iremos utilizar para treino e jogo. Temos todas as licenças em dia. O contrato que o Alecrim tinha com o Ninho, na verdade, era a Ecohouse. Com o fim da parceria do clube com a empresa, esse contrato foi desfeito. Por isso que estamos tentando fazer esse novo contrato.

De quanto vai ser a folha salarial do Alecrim?
No primeiro momento, seria na faixa de 80 a 100 mil reais. Mas, com as negociações que estamos mantendo, pode ser que esse valor suba, para disputarmos de forma mais forte uma vaga na final, na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste.

Já tem o nome do técnico, ou vai esperar o Mazinho chegar para decidir?
Temos três nomes em estudo. São dois com muita força e um terceiro correndo por fora. Dois são daqui da cidade e o outro é de  fora do Estado.

Eles vão trazer jogadores?
Não. Esse negócio de técnico trazer jogador é delicado. Sempre o treinador vai pedir algum jogador, é normal, mas o Alecrim vai ter uma boa parte dos nossos. Em relação a jogador, a diretoria de futebol e o Mazinho é que vão decidir.

A estreia do Alecrim no Estadual vai ser contra o América, às 9h30 de um domingo. A direção americana criticou o horário. Qual a opinião do Alecrim sobre esse novo horário do futebol?
A grande preocupação é  em relação a preparação dos atletas. Que horas eles vão ter que acordar para tomar café e ficar prontos para o jogo? São duas vertentes: se o jogo começa mais tarde, o calor complica mais. Mas, vai ser difícil para os dois, não só para o América, nem para o Alecrim.

O formato do Estadual lhe agrada?
Acho interessante. Para o próximo ano vai ter uma mudança muito boa, já que os dois últimos do primeiro turno não serão eliminados dessa disputa. Com isso, o clube vai poder fazer um contrato mais longo com os atletas. Eu pedi ao presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol, José Vanildo, que esses times continuassem na disputa. Se é um campeonato de pontos corridos, os clubes que fizerem menos pontos ao término do segundo turno, que deveriam deixar a competição e não logo no início.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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