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MUNDO TEM JEITO ?George Soros passa império de R$ 122 bilhões para o filho Alex: saiba quem é e de onde vem a fortuna da família

onde vem a fortuna da família
Magnata de 92 anos se prepara para entregar o controle da Open Society Foundations para filho de 37 anos, que já preside o conselho das fundações
Por O Globo, com agências internacionais — São Francisco, Estados Unidos

12/06/2023 08h43 Atualizado 12/06/2023

George Soros e o filho AlexanderGeorge Soros e o filho Alexander Bloomberg
Alexander Soros não era o favorito para herdar o império bilionário do pai, George Soros. Mas a saída do meio-irmão mais velho, Jonathan, do conglomerado o colocou na linha de sucessão da Open Society Foudations (OSF), rede de filantropia do megainvestidor que apoia projetos ao redor do mundo.

Segundo a mídia americana, o bilionário e filantropo de 92 anos está em processo de transferir o controle da OSF para o filho, de 37. A revista “Forbes” estima que o patrimônio pessoal do magnata esteja em US$ 6,7 bilhões (R$ 32,7 bilhões). Já a OSF controla a maioria dos ativos administrados de Soros, avaliados em US$ 25 bilhões (R$ 122 bilhões).

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De acordo com o jornal americano “The Wall Street Journal”, Alexander (ou Alex, como é conhecido) tem limitada experiência em finanças, um Ph.D. em História e já presidia o conselho de administração das fundações da família.

Ele assumiu um cargo de tempo integral no conglomerado apenas em 2015, após a saída de Jonathan, e intensificou sua atuação a partir das eleições americanas de 2016. Durante o pleito, fez campanha para aumentar o comparecimento às urnas, especialmente no estado da Georgia, ao lado da ex-deputada democrata Stacey Abrams.

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Clemente Del Vecchio, de 19 anos, é o mais jovem bilionário do mundo, com uma fortuna de US$ 3,5 bilhões — Foto: Reprodução
Alexandra Andresen é uma das bilionárias mais jovens da lista da Forbes — Foto: Reprodução/Instagram
8 fotos
Ryan Breslow fundou a startup Bolt e ficou bilionário — Foto: Reprodução/Facebook
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Encontro com Lula
Alexander Soros foi eleito presidente do conselho da OSF em dezembro e, agora, lidera as atividades políticas agrupadas no chamado “super PAC”, uma estrutura que desembolsa fundos para as campanhas dos candidatos políticos em disputa.

Ele é o único membro da família que faz parte do comitê de investimentos do Soros Fund Management, a entidade que supervisiona os fundos filantrópicos, de acordo com o WSJ.

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O filho de Soros afirma que deseja se envolver mais na política do que seu pai. Ele apoia programas que incentivam eleitores latinos e afro-americanos a votar e pede aos legisladores democratas que interajam mais com eleitores.

Recentemente, reuniu-se com funcionários do governo Joe Biden; o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer; o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau; para pressionar por questões relacionadas à fundação da família.

— Temos que ser mais patrióticos e inclusivos. O fato de alguém votar em Trump não significa que esteja perdido ou seja racista — argumentou ele ao “WSJ”.

George Soros, em foto de julho de 2018. — Foto: Damon Winter/The New York Times
George Soros, em foto de julho de 2018. — Foto: Damon Winter/The New York Times

Aliás, Alex Soros não esconde que deseja, em particular, combater o possível retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2024. Afirma que vai continuar o histórico da família de apoiar políticos e pautas esquerda, em causas como direito ao voto e ao aborto, além de promover a democracia no exterior.

Embora avalie que ele e seu pai “pensem da mesma forma”, Alexander Soros afirmou ao jornal que é “mais político” que George.

— Eu adoraria ver o dinheiro não desempenhando um papel tão importante na política, mas enquanto a outra parte o fizer [por meio de contribuições], nós também teremos que continuar fazendo — disse ao jornal.

De onde vem a fortuna
A maior parte dos US$ 25 bilhões de dólares (R$ 122 bilhões) com os quais o fundo familiar está dotado será destinada à OSF nos próximos anos, e US$ 125 milhões (R$ 610 milhões) foram destinados a campanhas de candidatos esquerdistas.

George Soros nasceu na Hungria, de onde saiu aos 17 anos. Ele se formou na London School of Economics, enquanto trabalhava numa ferrovia e como garçom. Mais tarde, fez fortuna como magnata de fundos de hedge.

O bilionário administrou dinheiro de clientes em Nova York de 1969 a 2011. Em 1992, de acordo com a “Forbes”, ele investiu contra a libra esterlina e, supostamente, conseguiu lucrar US$ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões). Assim, ficou conhecido como “o homem que quebrou o Banco da Inglaterra”.

Odiado pelos ultraconservadores e frequentemente alvo de ataques com conotações antissemitas, George Soros começou a criar uma rede de fundações, a Open Society Foundations, na década de 1980, investindo em todo o mundo em prol de diversas causas, como reformas econômicas e judiciais, direitos das minorias, refugiados, liberdade de expressão e mudança climática.

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